
No ano de 1927 uma das irmãs de Chico Xavier adoece. Doloroso processo obsessivo abateu Dona Maria da Conceição. João Cândido Xavier, pai de Chico, manda chamar um seu amigo, o Sr. José Hermínio Perácio, espírita, para tratar da filha doente. Após alguns passes, água fluidificada e a leitura do Evangelho Segundo o Espiritismo, Dona Maria inicia a melhora.
No dia 8 de julho naquele mesmo ano de 1927, o Sr. José Perácio realiza uma sessão mediúnica na residência do Senhor João Cândido Xavier,sob o amparo de Jesus e sob a luz da prece, tendo como médium a esposa do Sr. José Perácio, Dona Carmem, a quem entregamos aqui, a palavra:
"... Em reunião do dia 8 de julho de 1927, ouvi de um amigo espiritual para que o Chico tomasse o lápis a fim de experimentar a psicografia; transmiti a recomendação e o Chico obedeceu imediatamente, recebendo de maneira muito rápida várias páginas que foram assinadas por um Amigo Espiritual. Ficamos todos muito contentes com o fato, sendo que daí a dois dias, voltávamos para nossa casa, em Maquiné. Chico acompanhou-nos para ficar em nossa companhia alguns dias na fazenda e, aí, na primeira reunião mediúnica que efetuamos após a chegada, no momento das orações, com aquela humildade que sempre o acompanhou, perguntou se podia fazer parte de nossas preces, o que, naturalmente, foi permitido, com muita alegria para mim e para meu companheiro. Durante a reunião, enquanto estávamos pedindo, em oração ao Senhor, pela conservação das melhoras de nossa irmã, que havíamos deixado em Pedro Leopoldo, ouvi uma voz suave e doce, tão cativante, que logo reconheci não pertencer a qualquer criatura encarnada. A voz declarava ser "Emmanuel", amigo espiritual do Chico. Depois de começar a ouvi-lo, surgiu à minha visão mediúnica uma bela entidade, com vestes sacerdotais, apresentando aura brilhante e, através da luz que irradiava, eu podia ver seu rosto, calmo, tranqüilo e sorridente. Depois de identificar-se como amigo espiritual do jovem ali presente conosco, recomendou-me: "- Irmão, fale ao Chico para tomar papel e lápis."
Imediatamente providenciamos a busca desse material sob forte emoção. Alguns instantes depois, Chico passou a receber uma mensagem; terminada a psicografia, vimos que essa mensagem orientava a continuação do tratamento de sua irmã e era assinada pela mãe do Chico, Dona Maria João de Deus, que tantas vezes lhe aparecera através da vidência mediúnica e com ele conversado. Numa de nossas reuniões dos primeiros tempos do Centro Espírita Luiz Gonzaga, em Pedro Leopoldo, foi mostrado um quadro fluídico que, na época, nenhum de nós entendeu: mediunicamente, vi que do teto estava "chovendo" livros sobre a cabeça do Chico e sobre todo nosso grupo. Mais tarde, quando foi publicado "Parnaso de Além-Túmulo, vim a saber, através de um espírito amigo, que a visão fora criada por Emmanuel que desejava avisar-nos, simbolicamente, quanto à missão que o Chico viria a desempenhar, recebendo livros do Mundo Espiritual. Posso dizer que o quadro da "chuva de livros" foi maravilhoso. Decorridos quase 40 anos (1965), guardo-o ainda em minha visão como se tudo isso tivesse acontecido ontem..."
Como vimos, em 8 de julho de 1927 inicia-se o mediunato de FRANCISCO CÂNDIDO XAVIER e que, até hoje, 1999, 72 anos depois, continua ininterrupto, não obstante as vicissitudes e as provações do querido medianeiro da luz.
DO LIVRO: Chico Xavier - O Homem, o Médium, o Missionário
AUTOR: Antônio Matte Noroefé
http://www.ger.org.br/
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