Leia as mensagens com o coração e reflita . Que elas possam fazer o bem a pelo menos uma pessoa que por aqui passar.

Jesus o Grande Mestre.

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terça-feira, 23 de janeiro de 2018

Não resistir ao mal

Em uma passagem do Evangelho, Jesus afirma que não se deve resistir ao mal.
O significado dessa assertiva certamente não é o de deixar que o mal cresça e se aprofunde, onde quer que se apresente.
Malgrado Sua bondade e Sua doçura, Jesus muitas vezes usou de energia para combater o mal.
Por exemplo, ao Se posicionar contra o comércio no recinto do templo.
Ou nas oportunidades em que lamentou a hipocrisia reinante em Sua época.
Ele também foi claro ao afirmar que se deve orar e vigiar.
Ou seja, cuidar para que o mal não penetre na própria vida, em especial por intermédio dos pensamentos e sentimentos.
Nesse contexto, parece coerente interpretar não resistir como não valorizar o mal.
Quando se valoriza algo, ele cresce em importância.
Quem vive assombrado por certo vício torna-se escravo dele.
A pessoa que se mortifica a cada palavra mal posta fragiliza a si própria.
Passa a se considerar indigna por cometer alguns equívocos, pela desmedida importância que lhes empresta.
Sem dúvida, é necessário vigiar para não cair em tentação.
Manter-se atento para não se perder em variados vícios.
Contudo, não é conveniente viver alarmado pela perspectiva do erro.
Se um pensamento surge na mente, a melhor forma de torná-lo importante é lutar contra ele, com desespero.
Isso implica reconhecê-lo como uma poderosa e real ameaça ao próprio bem-estar.
O mesmo vale em relação à vida em sociedade.
Se alguém comete um erro, prestar excessiva atenção nesse equívoco lhe dá um realce todo especial.
Em sua natural falibilidade, os homens se equivocam.
Entretanto, também acertam bastante.
Todos têm muitas virtudes que podem ser trabalhadas.
Mesmo os que inspiram antipatia têm o seu valor.
Caso se preste muita atenção em suas fissuras morais, deixa-se de perceber suas virtudes.
O que se valoriza, invariavelmente, cresce em importância.
Se você optar por identificar e apreciar o bem que há no próximo, terá mais facilidade para gostar dele.
Tal não significa ignorar defeitos, quando existam, e mesmo se prevenir contra seus efeitos.
Mas apenas não resistir a eles, no específico sentido de não colocar muita força emocional nesse processo.
Quem erra também acerta, eis um fato.
Se você tem maus pensamentos, também os tem bons.
Quando surgir em seu mundo íntimo algo desagradável, perceba a presença daquele pensamento ou sentimento.
Depois, com tranquilidade, deixe que ele se vá, como um visitante passageiro e indesejado.
Se você errar, reconheça a ocorrência, mas não se sinta perdido ou pervertido.
Assuma de forma serena as consequências do que fez e as repare.
E trate de seguir em frente, valorizando e vivendo o bem que há em você e no próximo.
Redação do Momento Espírita.
Em 02.10.2009.

Não sei...


Algumas pessoas passam pela vida perguntando se vale a pena tanto sofrimento...
Se tanta correria vai nos levar a algum lugar, nesse curto tempo de uma vida.
Se o desamor e a miséria, que nos rodeiam, merecem nosso esforço por algo, ou alguém, ainda hoje.
Se a vida que temos nos levará a sentirmos mais paz e alegria, algum dia.
Muitas são as nossas dúvidas, quando desprovidos de conhecimentos maiores.
Diversas inquietudes nos movimentam a mente que se encontra sem um porto seguro.
A incredulidade cria forças frente aos desatinos que se presencia a todo instante.
Por vezes, temos a impressão de que deve existir algo mais positivo, mas não registramos claramente, ainda.
Sentimos ter recurso valioso, em nosso interior profundo, mas vivenciamos tudo, automaticamente, no exterior.
E, por esse não entendimento da vida e do tempo, nos equivocamos.
Em muitas oportunidades, amamos apenas aos que nos amam, e deixamos às margens de nosso querer, outros que caminham ao nosso lado...
Auxiliamos a quem nos auxilia, e nem observamos os que choram suas necessidades em nosso caminho...
Oferecemos aos nossos filhos o melhor que sabemos, temos, e podemos, e ignoramos a criança faminta que pede um pão...
Tantas dúvidas permeiam nossos dias na Terra...
*   *   *
Somente quando a vida nos leva a reflexões maiores, passamos a compreender o seu real sentido.
Aprendemos que a realidade que somos e vivemos, é uma grande oportunidade de crescimento interior.
Nada de bom ou de ruim nos chega por mero acaso, desde que acaso não existe nos planos Divinos.
Aprendemos que o sofrimento é lição para a alma se aprimorar, na grande e libertadora escola da vida.
Que a solidariedade nos faz mais felizes ao vermos a alegria no olhar do irmão atendido.
Que nosso gesto de carinho para quem sofre nos inunda de sentimentos até então desconhecidos.
Que a oração que elevamos aos céus nos deixa mais leves e satisfeitos com a vida que temos.
*   *   *
Compreender o real sentido da vida nos leva a sair de nós mesmos e seguir ao encontro do outro.
A exigirmos menos de tudo o que nos cerca e a darmos mais do que possuímos.
A valorizarmos o que antes não percebíamos e a deixar de lado o que nada nos acrescenta.
A nos preocuparmos mais com o que fazemos e menos com o que os outros fazem.
E, a percebermos que o que fazemos na vida e da vida, é responsabilidade nossa. Aquilo que o outro faz é problema dele.
Enfim, a entendermos, mais e melhor, as palavras da grande poetisa, Cora Coralina, quando registra:
Não sei... Se a vida é curta ou longa demais pra nós, mas sei que nada do que vivemos tem sentido se não tocamos o coração das pessoas.
Muitas vezes basta ser colo que acolhe, braço que envolve, palavra que conforta, silêncio que respeita, alegria que contagia, lágrima que corre, olhar que acaricia, desejo que sacia, amor que promove.
E isso não é coisa de outro mundo, é o que dá sentido à vida.É o que faz com que ela não seja nem curta, nem longa demais, mas que seja intensa, verdadeira, pura... enquanto durar.
Redação do Momento Espírita,
com transcrição de versos da poesia 
Não sei,
de Cora Coralina, disponível no site
 
http://www.tempodepoesia.name/naosei_cc.htm
Em 23.9.2016
.

quarta-feira, 3 de janeiro de 2018

Uma visita de amor

As três crianças chegaram ao anoitecer. Tristes, traziam nos semblantes as dores choradas por horas.
De mãos dadas, adentraram o que lhes seria, a partir de então, o novo lar.
A mãe havia partido no dia anterior, no rumo do Mundo Espiritual.
O Diretor da Instituição as recebeu e tentou acarinhá-las, desejoso de compensar-lhes o aconchego perdido.
Porque estivessem tomadas todas as camas, ele cedeu a sua para que as três pudessem dormir, naquela noite.
Ele próprio se acomodou, de forma improvisada, no mesmo quarto.
Adormeceram as crianças, abraçadas, num intuito de uma a outra darem proteção.
Na madrugada, algo despertou aquele homem. Abriu os olhos e percebeu um grande clarão próximo à cama dos pequenos.
Tentou erguer-se mas não conseguiu. Uma forma feminina, no meio da luz intensa, lhe disse: Não se mexa. Fique aí. As crianças estão bem.
E deteve-se, especialmente, ao lado do menor dos garotos. O mais desalentado daquele trio.
Durante algum tempo ali permaneceu. E o Diretor, cansado, acabou por adormecer outra vez.
Quando a manhã sorriu, entrando jovial pela janela, ele despertou os meninos.
Enquanto auxiliava o menorzinho a se vestir, percebeu que ele estava muito quieto. Depois, em certo momento, perguntou:
Senhor, minha mãe veio me visitar ontem à noite. O senhor viu?
O Diretor aconchegou a si o pequeno e consentiu:
Sim, meu filho. Eu vi.
*   *   *
A morte não destrói os afetos, nem os relacionamentos.
Os que abandonam o corpo prosseguem, de onde se encontram, a velar pelos que permanecem na Terra.
Amores profundos se perpetuam e onde quer que haja um coração dorido de saudade, o ausente amado se faz presente.
Ninguém está só, no mundo, embora a pobreza dos sentidos nem sempre nos permita o registro dos amados.
Contudo, quando à mente nos assoma a imagem de quem realizou a grande viagem; quando a lembrança dos amores, repentinamente, nos emociona; quando a saudade embala recordações... acreditemos: os amores estão próximos.
São suas presenças que acionam nossos registros mentais e motivam esses quadros doces e acalentadores.
Quando isso ocorrer com você, feche os olhos, sinta o perfume do amor beijar-lhe a face, e agradeça a Deus pela dádiva do reencontro.
Depois, amenizada a saudade, enxugue o pranto, sorria e prossiga nas lutas, aguardando no tempo o reencontro definitivo, quando as sombras da morte igualmente o abraçarem.

 Redação do Momento Espírita, com história do cap. A
visita da mãe a um órfão, do livro O estranho e o extraordinário,
de Charles Berlitz, ed.Best Seller.
Em 29.7.2013.

quarta-feira, 18 de setembro de 2013

Valores do corpo e do espírito


Viver no mundo é estar em contato permanente com o desejo de ter coisas, pessoas, riquezas.
 Nos shoppings e meios de comunicação, o apelo é sempre para comprarmos mais, consumirmos mais, acumularmos mais.
 O que fazer, já que somos treinados, desde pequenos, para desejar conforto, prazeres, bens? Como escapar a esse verdadeiro fascínio que as coisas materiais exercem sobre nós e nos tornam escravos do trabalho e do dinheiro? Havia um homem muito rico, um milionário cujas terras pareciam não ter fim.
Certa noite, ele olhava para a extensão de suas propriedades e alegrava-se profundamente. Via os imensos campos, os trigais maduros, os celeiros cheios, as moedas que enchiam os cofres.
 Ele pensava: Tenho tanta coisa que já nem cabe nos depósitos. Amanhã mandarei derrubar estes celeiros e construirei outros maiores.
E o homem dizia para si mesmo: Alegra-te, minha alma, pois tens riquezas para muitos anos. Descansa, come, bebe, diverte-te.
O que esse homem não sabia é que naquela mesma noite morreria. Suas terras, riquezas e todos os seus bens materiais ficariam para trás.
A história desse homem rico é adaptação de uma parábola contada por Jesus.
Era uma ocasião em que o Mestre queria ensinar que não devemos nos fixar excessivamente nas coisas materiais, pois elas são temporais, passageiras.
Ensinava Jesus que os verdadeiros valores são os do Espírito. Esses continuam conosco: seguem com a nossa alma quando a morte chega. Por isso eles devem ser a nossa principal fonte de atenção.
O mundo exerce um enorme fascínio sobre as pessoas. Ao nascermos, esquecemos nossa verdadeira origem: a natureza espiritual. E mergulhamos em um ambiente onde quem é mais esperto e competitivo leva a melhor.
Para piorar, somos julgados pelo modo de vestir, pelo lugar em que moramos, pelo tamanho da conta bancária.
Muitas vezes desejamos escapar dessa lógica perversa, mas como fazer isso?
Alguns mais radicais acreditam que a solução é fugir do mundo, escapar das regras sociais, viver como ermitão, longe de tudo e de todos.,
É uma opção extrema, mas não é a solução. A vida em sociedade lapida os nossos relacionamentos. Isolar-se é fugir.
No relacionamento com as pessoas é que podemos ver quem realmente somos. Viver em isolamento é uma artificialidade.
Coragem real é expor-se às situações e tornar-se vencedor. Por isso, para escapar da atração das coisas materiais a solução é o equilíbrio. Trabalhar sim, mas sem se tornar escravo. Acumular o suficiente para o sustento do corpo, mas sem ceder à ganância.
Desejar as coisas boas, mas sem exageros.
Uma frase resume tudo isso: viver no mundo e não para o mundo.
E a fórmula para manter os pés no chão é bem simples: basta lembrar que um dia deixaremos roupas, joias, imóveis, dinheiro.
Tudo ficará aqui na Terra.
E, ao morrermos, a pergunta então será: O que levamos com a nossa alma? Que exemplos deixaremos? Que boas lembranças nossos amigos e parentes terão de nós? Acredite: isso, sim, é essencial.

Redação do Momento Espírita. Em 17.6.2013.

sexta-feira, 6 de setembro de 2013

Semeando Luz.

A vida se assemelha a um campo, onde as sementes lançadas sempre encontram um terreno fértil para a germinação.
Somos todos semeadores a espargir sementes, a lançar os germes dos frutos que logo mais colheremos. Todo o bem, o belo, o correto e o justo que resultam de nossas ações, são as sementes que lançamos nas estradas da vida.
Não de outra forma, os disparates, os desequilíbrios, as injúrias e fofocas também terão destino certo em nosso caminhar.
Todas as sementes lançadas terão seu tempo de germinação.
 Cabe ao semeador o dever intransferível de colher seus frutos, de proceder à colheita devida.
Por justiça Divina, será sempre das nossas obras, do nosso proceder o resultado que colheremos na lavoura que nos cabe.
Assim, se hoje colhemos frutos amargos, seja nas dificuldades ou carências, ou ainda em injustiças e traições, são essas as sementes que lançamos um dia e hoje frutificaram dessa forma. Inevitavelmente colhemos aquilo que anteriormente ofertamos para a vida.
E, por lógica e justiça Divinas, amanhã será a colheita das sementes que hoje espargimos.
Dessa forma, é natural que as mãos agora sangrem com os espinhos que estamos a colher.
São apenas os reflexos de nossas ações inconsequentes do ontem.
Porém, amanhã será o momento de colher as sementes que estamos espalhando, nestes dias, nos caminhos da vida.
Por isso, lembremos: se a colheita é obrigatória, a semeadura é livre.
Sejamos daqueles que passam pela vida a espalhar luz, a semear o bem, a difundir bondade e justiça.
A nós cabe fazer o melhor que está ao nosso alcance.
Frente àqueles que produzem confusão e espalham desavenças, mantenhamos a paz interior, ajudando-os com bondade.
Eles são os enfermos que ignoram a doença que os devora.
Amanhã a vida se encarregará de despertá-los em processo doloroso, assim como ocorre com todos os que se permitem deixar levar pelas ilusões do mundo.
A nós, cabe a oportunidade de auxiliar sempre e nos compadecermos continuamente dos maus e dos males que engendram.
Não desanimemos ante as dificuldades das provas.
Nada que nos ocorra é fruto da injustiça ou do acaso.
Consideremos que se estamos sofrendo os reflexos de um passado delituoso, nos devemos rejubilar por não mais compactuar com tal procedimento.
Amanhã, logo mais, teremos a feliz oportunidade de colher os resultados do nosso proceder saudável e lúcido.
Permanecer no bem, mesmo que ao derredor se multiplique o desequilíbrio, o erro e o mal.
 Este é o nosso dever.
Não nos esqueçamos de que o Pai celestial acompanha nossos esforços e devotamento com imenso amor, oferecendo os recursos para nosso êxito no empreendimento de iluminação e libertação pessoal. Avancemos cantando a mensagem do amor imortal, semeando luzes nas estradas da vida, colaborando para que o reino de Deus logo se faça entre nós.
 Esse reino de paz, de felicidade pelo qual há tanto tempo estamos aguardando.

 Redação do Momento Espírita. Em 3.8.2013.

domingo, 28 de julho de 2013

Medo da solidão


Você já sentiu medo alguma vez, na vida?

É comum ouvirmos as pessoas confessando o sentimento de algum tipo de medo.
Seja medo de ficar só, medo da morte, medo da solidão e outros mais.
Dentre as várias nuanças do medo, vamos destacar o medo da solidão, que é muito comum na sociedade moderna.
Diz um grande pensador, que a solidão do homem da metrópole não é a solidão que o rodeia, mas a solidão que o habita.
Há pessoas que se sentem sós mesmo estando rodeadas de gente.
Por essa razão, percebemos que o problema não é externo, mas da intimidade do ser.
E por que é que se sente só, mesmo não se estando a sós? Talvez a solidão se instale na alma porque encontra nela um vazio propício a agasalhá-la.
Se não houvesse espaço, é bem possível que ela ali não fizesse morada. Mas, afinal, como é que podemos preencher esse vazio e espantar a solidão? A fórmula é bem simples.
É tão simples que talvez por isso mesmo ninguém acredite na sua eficácia.
Há mais de dois milênios ouvimos falar dela, portanto, não se trata de nenhuma descoberta recente.
Estamos falando da caridade, como a prescreveu Jesus.
Se abandonássemos o nosso estreito mundo e buscássemos o contato com nossos irmãos carentes e infelizes, por certo preencheríamos o vazio em nossa intimidade, de tal forma que a solidão não encontraria ali espaço para se acomodar, embora tentasse.
E isso acontece de forma tão natural que, ao nos envolvermos com os sofrimentos alheios, tentando aliviá-los, esquecemos de nós mesmos e isso causa uma satisfação muito salutar.
Quem ainda não experimentou essa terapia, tente. Vale a pena! E não custa nada, a não ser o investimento da vontade firme e da disposição de vencer a solidão.
E nesse caso, o campo é muito vasto.
É fácil encontrar alguém que precise de você. Seja um doente solitário num hospital, uma criança num orfanato, uma pessoa idosa abandonada pela família, uma mãe que precise de ajuda para cuidar dos filhos, um pai desesperado com os filhos cuja mãe faleceu, um estômago vazio para saciar, um corpo tiritando de frio para agasalhar e assim por diante...
Não é outra a razão pela qual Jesus recomendou o amor ao próximo como condição para quem deseja conquistar o reino dos céus que, como
Ele mesmo afirmou, está dentro de cada um de nós.

                              * * *
 Se você está triste porque perdeu seu amor, lembre-se que há tantos que não têm um amor para perder.
 Se você está triste porque ninguém o ama, lembre-se que o amor é para ser ofertado e não para ser exigido.
Se para você a vida não tem sentido, oferte-a a alguém, dedicando-se aos infelizes que lutam por um minuto a mais de existência física.
E se lhe faltam as forças necessárias para lutar contra a solidão, abra o seu coração ao Divino Pastor e peça-Lhe para que o ajude nessa empreitada.
Lembre-se sempre que foi o próprio Cristo que assegurou:
Aquele que vier a mim, de forma alguma eu lançarei fora.

 Redação do MomentoEspírita.
Em 20.10.2011.

terça-feira, 2 de julho de 2013

O Rio


O rio corre em direção ao mar. Durante o seu percurso, ele ganha velocidade, até o momento em que se defronta com algumas curvas, que o fazem diminuir o ímpeto de encontrar o grande oceano. Quando passa por esses obstáculos da natureza, encontra pedras grandes em seu leito, que lhe rasgam a superfície e lhe modificam o curso e o ritmo natural. Assim, entre barreiras e percalços, ele segue a sua trajetória com uma só certeza: a de que encontrará o mar, ganhando a liberdade e alegria almejadas. A vida de todos nós se assemelha ao curso de um rio. Estamos constantemente traçando planos, buscando um oceano de sonhos e realizações, seja no âmbito pessoal ou profissional. Inúmeras vezes deparamo-nos com obstáculos que nos impedem de seguir adiante da forma inicialmente planejada. É o momento em que a vida nos mostra que precisamos trabalhar, em nós mesmos, inúmeras virtudes, entre elas a fé, a resignação e a paciência. Manter viva a crença de que somos capazes de alcançar nossos objetivos, apesar de todas as curvas e pedras que encontrarmos no caminho, torna-nos fortes o suficiente para continuar adiante. Não há fronteiras para quem sabe o que deseja e possua a persistência para buscar. Se os desvios na trajetória nos trazem dor e tristeza, acreditemos que, mais adiante, a tão almejada felicidade será alcançada. Não nos apeguemos a essas dores passageiras. Entendamos que elas fazem parte da caminhada, rumo ao objetivo final. Assim como as pedras modificam o curso e a velocidade dos rios, pode ser que os percalços do caminho nos deixem cicatrizes e nos façam esperar mais tempo para alcançar nossos mais profundos sonhos. Mas, quando exercitamos a paciência e carregamos a certeza de que as metas finais serão alcançadas, essas cicatrizes deixam de ter importância. Apenas contarão uma história. A porta da real felicidade exige sacrifícios. São justamente essas lutas que conduzirão a alma à imensa ventura. Para atravessarmos essa porta, basta que mantenhamos firme a vontade e que não enfraqueçamos diante das lutas, confiando que estamos amparados pelo amor Divino. Jesus nos propôs coragem e bom ânimo diante de tudo o que sofrêssemos. O desalento e o desânimo perante os momentos críticos indicam inclinação à derrota. À frente de toda dificuldade que nos apareça, trabalhemos no sentido de superá-la com alegria. Diante de toda dor que nos alcance, realizemos o nosso esforço de modo a suplantá-la, mantendo a chama da esperança de tempos melhores adiante. Se tivermos que sofrer e chorar, o façamos confiantes de que Deus vela e que mais dia menos dia, nossos dramas serão resolvidos, se perseverarmos na ação feliz do bem até o fim. Sem dúvida, Jesus é aquele que nos veio ensinar a extrair o lado bom e útil de todo sofrimento que nos seja imposto.

Redação do Momento Espírita, com base no cap.29,
do livro Quem é o Cristo, pelo Espírito Francisco de Paula Vítor,
psicografia de J. Raul Teixeira, ed. Fráter.
Em 23.07.2012

quarta-feira, 5 de junho de 2013

Hoje eu posso escolher


Hoje levantei cedo pensando no que tenho a fazer antes que o relógio marque meia-noite. É minha função escolher que tipo de dia vou ter hoje.

Posso reclamar porque está chovendo ou agradecer às águas por lavarem a poluição.

Posso ficar triste por não ter dinheiro ou me sentir encorajado para administrar minhas finanças, evitando o desperdício.

Posso reclamar sobre minha saúde ou dar graças por estar vivo.

Posso me queixar dos meus pais por não terem me dado tudo o que eu queria ou posso ser grato por ter nascido.

Posso reclamar por ter que ir trabalhar ou agradecer por ter um trabalho.

Posso sentir tédio com o trabalho doméstico ou agradecer a Deus pela oportunidade da experiência.

Posso lamentar decepções com amigos ou me entusiasmar com a possibilidade de fazer novas amizades.

Se as coisas não saíram como planejei, posso gastar os minutos a me lamentar ou ficar feliz por ter o dia de hoje para recomeçar. O dia está na minha frente esperando para ser vivido da maneira que eu quiser. E aqui estou eu, o escultor que pode dar forma às ideias e utilidade às horas. Tudo depende só de mim. Nesta mensagem atribuída ao saudoso Charlie Chaplin, astro de Hollywood, que encantou o mundo no tempo do cinema mudo, encontramos motivos de reflexões. Sem dúvida, a vida é feita de escolhas... O tempo todo estamos fazendo escolhas, elegendo o que fazer e o que não fazer, o que pensar e o que não pensar, em que acreditar e em que não acreditar. A vida está sempre a nos apresentar opções. E as escolhas dependem exclusivamente de nós mesmos. Não há constrangimento algum. Somos senhores absolutos da nossa vontade, no que diz respeito às questões morais. Se é verdade que às vezes somos arrastados pelas circunstâncias, é porque optamos anteriormente por entrar nesse contexto. Assim, antes de optar por qualquer das opções que a vida nos oferece, é importante pensar nas consequências que virão em seguida. Importante lembrar que não estamos no mundo em regime de exceção. Todos estamos na Terra para aprender. E as lições muitas vezes são mais simples do que pensamos. Não imaginemos que as coisas e circunstâncias desagradáveis só acontecem para nos atingir. Elas fazem parte do contexto em que nos movimentamos junto a milhares de pessoas que vivem na Terra conosco.

               * * *

Olhe, em seu jardim, as flores que se abrem e nunca as pétalas caídas.

 Contemple, em sua noite, o fulgor das estrelas e nunca o chão escuro.

 Observe, em seu caminho, a distância já percorrida e nunca a que ainda falta vencer.

 Retenha, em sua memória, risos e canções e nunca os seus gemidos.

 Conserve, em seu rosto, as linhas do sorriso e nunca os sinais da mágoa.

 Guarde, em seus lábios, as mensagens bondosas e esqueça as maldições.

 Conte e mostre as medalhas de suas vitórias e encare as derrotas como uma experiência que não deu certo.

 Lembre-se dos momentos alegres de sua vida e não das tristezas.

 A flor que desabrocha é bem mais importante do que mil pétalas caídas.

 E um só olhar de amor pode levar consigo calor para aquecer muitos invernos.

Seja otimista e não se esqueça de que é nas noites sem luar que brilham mais forte nossas estrelas.

 Redação do Momento Espírita, com base em texto atribuído a Charlie Chaplin e em mensagem de autoria desconhecida. Em 08.03.2010.

segunda-feira, 20 de maio de 2013

Quando eu morrer.

 
Vez ou outra acontece. Lembramos que um dia abandonaremos o corpo de carne e partiremos para outra realidade.

É nesses momentos que recordamos de elaborar testamento, repartindo o que vamos deixar, entre aqueles que ficarão.

As vontades assim expressas, quase sempre criam disputas familiares, que chegam a se prolongar por anos.

Quanto maiores forem as posses daquele que se foi, a tendência é aumentar a disputa se, entre os contemplados, não existe entendimento, afeto.

Houve um homem, no entanto, que pensando em sua morte, elaborou vontades muito precisas.

Pensou em seu funeral e o que ele poderia significar para o mundo.

Ele era um líder e dizia que não desejava ser idolatrado, mas sim ouvido.

A sua era a luta por direitos humanos e em nome dela, foi preso 10 vezes, nada o demovendo do seu ideal de igualdade entre os homens.

Foi na igreja onde ele era pastor, que falou a respeito da sua morte: “Freqüentemente eu penso naquilo que é denominador comum e derradeiro da vida: nessa alguma coisa que costumamos chamar de ‘morte’.

Freqüentemente penso em minha própria morte e em meu funeral, mas não em sentido angustiante.

Freqüentemente pergunto a mim mesmo o que gostaria que fosse dito então.

 Eu deixo aqui com vocês, esta manhã, a resposta...

Se vocês estiverem ao meu lado, quando eu encontrar meu dia, lembrem-se de que não quero um longo funeral.

 E se conseguirem alguém para fazer o ‘discurso fúnebre’, digam-lhe para não falar muito.

 Digam-lhe para não mencionar que eu tenho um Prêmio Nobel da Paz: isto não é importante!

 Digam-lhe para não mencionar que eu tenho trezentos ou quatrocentos prêmios: isto não é importante!

 Eu gostaria que alguém mencionasse aquele dia em que Martin Luther King tentou dar a vida a serviço dos outros.

Eu gostaria que alguém mencionasse o dia em que Martin Luther King tentou amar alguém.

Quero que digam que eu tentei ser direito e caminhar ao lado do próximo.

 Quero que vocês possam mencionar o dia em que... tentei vestir o mendigo, tentei visitar os que estavam na prisão, tentei amar e servir a Humanidade.

Sim, se quiserem dizer algo, digam que eu fui um arauto: um arauto da justiça, um arauto da paz, um arauto do direito.

Todas as outras coisas triviais não têm importância.

Não quero deixar atrás nenhum dinheiro.

 Eu só quero deixar atrás uma vida de dedicação! E isto é tudo o que eu tenho a dizer:

Se eu puder ajudar alguém a seguir adiante

 Se eu puder animar alguém com uma canção

Se eu puder mostrar a alguém o caminho certo

Se eu puder cumprir meu dever cristão

 Se eu puder levar a salvação para alguém

Se eu puder divulgar a mensagem que o Senhor deixou...

Então, minha vida não terá sido em vão." O Reverendo Martin Luther King Junior lutou pelos direitos dos negros nos Estados Unidos. Foi Prêmio Nobel da Paz em 1964.

Todas as vezes que foi preso, que sofreu atentados à bomba, que sua casa, esposa e filhos foram ameaçados, respondeu com amor.

Dizia que a resposta ao ódio devia ser o amor e continha os seus seguidores para que não reagissem. Morreu assassinado, conforme previra.

Em seu túmulo, está a prova de que tinha convicção da vida além desta vida.

 E que partiu, embora de forma tão brusca, com a alma em paz pela certeza do dever cumprido.

 O epitáfio diz:

“Enfim livre, enfim livre!

 Graças a Deus Todo-poderoso sou finalmente livre!”

Foram estas palavras que usou para concluir o seu mais famoso discurso, intitulado Eu tenho um sonho, em que traduziu o ideal da liberdade e da igualdade entre todos os homens.

 Oxalá todos os que abraçamos uma religião, possamos ter essas idéias lúcidas a respeito da vida e da morte. Nesse dia, o mundo será muito melhor.

Texto da Redação do Momento Espírita,

com base no discurso de Martin Luther King Junior: Quando eu morrer.

segunda-feira, 15 de abril de 2013

Honestidade


A humanidade cada vez mais demonstra preocupação com questões transcendentes da vida.

A consciência de que viver não se resume a aspectos materiais se dissemina pela sociedade.

Fala-se em entrar em contato com a própria essência, em desenvolver a espiritualidade.

Independentemente de filiação a determinada corrente religiosa, a ampla maioria afirma acreditar em uma força superior.

Isso revela as criaturas buscando identificar a razão de sua existência.

Como tudo no universo encontra-se em constante metamorfose e aprimoramento, conclui-se que o progresso é uma das finalidades da vida.

O anseio pelos aspectos sublimes da existência demonstra justamente as criaturas em pleno processo evolutivo.

Mas é importante recordar que a evolução dá-se de modo cadenciado.

Na natureza não ocorrem saltos. As espécies não se transformam repentinamente.

Determinadas etapas devem ser vencidas para ser possível atingir-se a fase seguinte.

É como a construção de uma casa: ninguém inicia pelo acabamento.

Faz-se necessário antes providenciar sólida estrutura.

O mesmo ocorre com o psiquismo das criaturas.

A identificação com as faixas superiores da vida pressupõe o domínio de aspectos básicos do viver.

A harmonia e a paz são o resultado de vivências nobres do espírito.

Tais conquistas não são improvisáveis e nem surgem de um momento para o outro.

Assim, ao preocupar-se com questões transcendentes, não esqueça coisas elementares.

A honestidade é justamente uma das primeiras virtudes a serem conquistadas por quem deseja a paz e a felicidade.

O céu não é um local determinado no espaço, mas um estado de consciência, de harmonia com as leis divinas.

Mas não é possível harmonizar-se com tais leis sem o rigoroso atendimento dos próprios deveres. Ser honesto implica demonstrar lealdade em todos os aspectos da existência.

O homem honesto realiza as tarefas que lhe cabem, com ou sem testemunhas.

Ele não inventa desculpas para avançar sobre o patrimônio do vizinho.

Infelizmente, nossa sociedade vive uma grande crise ética.

Ao tempo em que demonstram indignação com a desonestidade alheia, os indivíduos são com freqüência desleais em seus negócios particulares.

Muitas vezes, quem reclama dos políticos não paga corretamente seus impostos.

Inúmeros estudantes bradam contra a falta de ética de governantes e empresários, mas colam nas provas e copiam as tarefas dos colegas.

Esse gênero de conduta sinaliza apenas hipocrisia.

Como afirmou Jesus, é necessário dar a César o que é de César.

Ao agir honestamente, ninguém faz mais do que a obrigação.

Mas não há como desenvolver harmonia espiritual se nem a honestidade ainda foi assimilada.

É paradoxal fazer caridade sem pagar as próprias contas.

A torpeza dos outros não lhe serve de desculpa.

Antes de preocupar-se com a ausência de ética alheia, analise seu modo de viver.

Pense se você tem condições de assumir tudo o que faz e diz.

Pense nisso! A lealdade irrestrita é uma recompensa em si mesma, pois confere dignidade e auto-respeito.

Assim, se você deseja viver em paz, seja honesto.

Afinal, a conquista da paz pressupõe poder observar o próprio proceder sem remorso ou vergonha.

 Texto da Equipe de Redação do Momento Espírita.

segunda-feira, 8 de abril de 2013

Carta de adeus

O jovem de dezenove anos, internado em um hospital de grande capital do nosso país, aguardava a morte, em seu leito de dor.

Instalado em uma enfermaria, junto a outros doentes, tão graves quanto ele, olhou para os lados e se sentiu terrivelmente só.

Os familiares o viriam visitar, logo mais. Mas, ele ficou a pensar que talvez eles não chegassem a tempo de encontrá-lo ainda com olhos abertos para este mundo.

Alongou o braço até a mesinha próxima, tomou de um pedaço de papel, um lápis e com muito esforço, escreveu:

Pai, sinto muito. Sinto muito mesmo, mas está em tempo do senhor saber a verdade que nunca nem desconfiou. Vou ser breve e claro, bastante objetivo.

Travei conhecimento com meu assassino aos quinze ou dezesseis anos. É horrível, não é, pai? Sabe como nos conhecemos? Através de um cidadão elegante, muito bem vestido e bem falante. Ele nos apresentou.

De início, tentei recusar o que me era oferecido. Contudo, o cidadão mexeu com os meus brios. Falou que eu não era homem. Não é preciso dizer mais nada, não é, pai?

Ingressei no mundo do tóxico, o meu assassino.

No começo passava mal. Depois vinha o devaneio e a seguir, a escuridão. Não fazia nada sem o tóxico estar presente. Logo, veio a falta de ar, os medos, as alucinações. Mas, em seguida, a euforia do pico.

Eu me sentia mais gente do que as outras pessoas. O meu amigo inseparável, o tóxico, sorria. Sorria...

Sabe, pai, quando a gente começa acha tudo ridículo e muito engraçado. Até Deus eu achava ridículo. Hoje, no leito do hospital, reconheço que Deus é o mais importante de tudo no mundo. Tenho certeza de que, sem a ajuda Dele, eu não estaria tendo forças para escrever esta carta.

Pai, tenho só dezenove anos. Sei que não tenho a menor chance de viver. É muito tarde para mim. Entretanto, tenho um último pedido a fazer para o senhor.

Diga a todos os jovens que o senhor conhece o que me aconteceu. Diga a eles que, em cada porta de escola, em cada cursinho de faculdade, em qualquer lugar há sempre alguém que poderá lhes mostrar o seu futuro assassino e destruidor de suas vidas: o tóxico.

Por favor, papai, faça isso, antes que seja tarde demais para eles.

Perdoe-me pelo que estou lhe fazendo sofrer. Perdoe-me por fazê-lo sofrer pelas minhas loucuras. Eu mesmo já sofri demais.

Adeus, meu pai.

Ele acabou de escrever a carta, com dificuldade a colocou sobre a mesinha. Tentou respirar mas já não conseguiu. O lápis escorregou da mão para o chão. Pendeu a cabeça para o lado e morreu.

                     * * *
 Ser feliz é uma escolha. A vida se renova a cada momento.

Ninguém está destinado ao sofrimento. Ele é simplesmente o resultado da ação negativa. Não a sua causa.

 Importante que o ser se envolva com o programa Divino e se conscientize de que é senhor do seu destino.

 Quem se desvaloriza e se desmerece, quem se entrega à ociosidade, traça para si mesmo caminhos de infelicidade.

 Como pais e educadores, cerquemos os nossos jovens, as nossas crianças com o algodão do afeto, a gaze protetora da educação e o veludo insubstituível da crença em Deus, que alimenta as vidas e as enriquece.

 Redação do Momento Espírita,
com base em uma carta de autoria desconhecida.
 Em 17.10.2011.

Os pais envelhecem


Talvez a mais rica, forte e profunda experiência da caminhada humana seja a de ter um filho.

 Plena de emoções, por vezes angustiante, ser pai ou mãe é provar os limites que constituem o sal e o mel do ato de amar alguém.

Quando nascem, os filhos comovem por sua fragilidade, seus imensos olhos, sua inocência e graça.

Basta vê-los para que o coração se alargue em riso e cor. Um sorriso é capaz de abrir as portas de um paraíso.

Eles chegam à nossa vida com promessas de amor incondicional. Dependem de nosso amor, dos cuidados que temos. E retribuem com gestos que enternecem.

Mas os anos passam e os filhos crescem. Escolhem seus próprios caminhos, parceiros e profissões. Trilham novos rumos, afastam-se da matriz.

O tempo se encarrega da formação de novas famílias. Os netos nascem. Envelhecemos. E então algo começa a mudar.

Os filhos já não têm pelos pais aquela atitude de antes. Parece que agora só os ouvem para fazer críticas, reclamar, apontar falhas.

Já não brilha mais nos olhos deles aquela admiração da infância e isso é uma dor imensa para os pais.

Por mais que disfarcem, todo pai e mãe percebe as mínimas faíscas no olho de um filho.

 É quando pais idosos, dizem para si mesmos: Que fiz eu? Por que o encanto acabou? Por que meu filho já não me tem como seu herói particular?

Apenas passaram-se alguns anos e parece que foram esquecidos os cuidados e a sabedoria que antes era referência para tudo na vida.

Aos poucos, a atitude dos filhos se torna cada vez mas impertinente. Praticamente não ouvem mais os conselhos.

A cada dia demonstram mais impaciência. Acham que os pais têm opiniões superadas, antigas.

Pior é quando implicam com as manias, os hábitos antigos, as velhas músicas. E tentam fazer os velhos pais se adaptarem aos novos tempos, aos novos costumes.

Quanto mais envelhecem os pais, mais os filhos assumem o controle. Quando eles estão bem idosos, já não decidem o que querem fazer ou o que desejam comer e beber. Raramente são ouvidos quando tentam fazer algo diferente.

Passeios, comida, roupas, médicos - tudo passa a ser decidido pelos filhos.

E, no entanto, os pais estão apenas idosos. Mas continuam em plena posse da mente. Por que então desrespeitá-los?

Por que tratá-los como se fossem inúteis ou crianças sem discernimento?

Sim, é o que a maioria dos filhos faz. Dá ordens aos pais, trata-os como se não tivessem opinião ou capacidade de decisão.

E, no entanto, no fundo daqueles olhos cercados de rugas, há tanto amor. Naquelas mãos trêmulas, há sempre um gesto que abençoa, acaricia.

                         * * *
A cada dia que nasce, lembre-se, está mais perto o dia da separação. Um dia, o velho pai já não estará aqui.

O cheiro familiar da mãe estará ausente. As roupas favoritas para sempre dobradas sobre a cama, os chinelos em um canto qualquer da casa.

Então, valorize o tempo de agora com os pais idosos. Paciência com eles quando se recusam a tomar os remédios, quando falam interminavelmente sobre doenças, quando se queixam de tudo.

Abrace-os apenas, enxugue as lágrimas deles, ouça as histórias (mesmo que sejam repetidas) e dê-lhes atenção, afeto...

Acredite: dentro daquele velho coração brotarão todas as flores da esperança e da alegria.


 Redação do Momento Espírita.
 Disponível no CD Momento Espírita, v.13, ed. Fep.
 Em 10.07.2009.

sexta-feira, 8 de março de 2013

O Erro


Quem é que nunca fez nada de errado?
 Naturalmente, todos nós, algumas vezes na vida, cometemos erros, seja intencionalmente ou não. O erro faz parte do aprendizado. Por trás de todo erro está a ignorância, o orgulho, ou o egoísmo. O ignorante erra por desconhecer, o orgulhoso por se julgar mais importante do que as demais pessoas e o egoísta por pensar somente em si. O que caracteriza o erro não são os padrões sociais ou as diretrizes éticas estabelecidas, mas sim suas conseqüências sobre o indivíduo e a sociedade. O que torna algum gesto desacertado são os seus efeitos malignos. Erramos quando nossos atos ferem alguém. Quando invadimos o direito à felicidade do próximo. Quando destruímos, ao invés de construir. Numa palavra, erramos sempre que geramos sofrimento para os outros ou para nós mesmos. Por estar vinculado ao sofrimento, vemos que o erro não é um bom negócio. Entretanto, se formos sábios, saberemos tirar frutos dele. De uma forma muito especial, Deus sempre cuida para que, dos nossos equívocos, tiremos algo de bom. Isto acontece por meio da Lei de Causa e Efeito, que faz com que todo o bem, como todo o mal realizado retorne ao seu realizador. No campo dos sofrimentos isto se chama expiação. Mas para tornar o processo menos penoso, podemos recorrer ao arrependimento e à reparação. Arrepender-se é, portanto, o primeiro passo na correção de um desatino. Existem pessoas que só se arrependem dos seus erros quando estão colhendo as conseqüências. Quanto mais demoramos a nos arrepender, mais sofremos. O arrependimento deve provocar um desejo de reparação, que consiste em fazer o bem a quem se havia feito mal. Mas nem todas as faltas implicam em prejuízos diretos e efetivos. Quer dizer, nem sempre teremos de expiar, ou sofrer. Nesses casos, a reparação se opera fazendo-se o que deveria e foi negligenciado. Cumprindo deveres desprezados, missões não preenchidas. Quem tem sido orgulhoso, buscará tornar-se humilde. O rude procurará ser amável. O ocioso passará a ser útil e o egoísta, caridoso. Costuma-se dizer que errar é humano. Nós poderíamos inverter o raciocínio dizendo que corrigir erros é que é humano, pois o homem não pode desprezar a sua fantástica capacidade de racionalização ao persistir em atitudes que somente o infelicitam. Reconhece-se, então, o homem de bem pela capacidade com que ele substitui seus defeitos por virtudes superiores.

                                              * * *
 Os efeitos dos nossos atos se estendem, muitas vezes, para além da existência atual. Isso explica os sofrimentos atuais, cujas causas não se encontram no presente. Várias vezes estamos recebendo hoje os efeitos de nossos atos de vidas passadas. Nenhum Espírito atinge a perfeição, sem antes reparar os erros do seu caminho evolutivo. Por isso, hoje é o dia de fazer o melhor!

 Redação do Momento Espírita
 Disponível no CD Momento Espírita, v. 1, ed. Fep. Em 11.01.2010.

sábado, 2 de março de 2013

União verdadeira

Um homem sentado ao lado do caixão daquela que fora sua companheira por muitos anos, olhava o corpo inerte com o coração amargurado e triste.

 Mergulhado em pensamentos profundos, começou a perceber que em sua mente se desenhavam formas belas e brilhantes, leves e agradáveis que lhe traziam alento ao coração.

 Diante de tanta beleza ousou perguntar quem eram aquelas formas.

 Elas lhe responderam que eram as palavras que ele poderia ter dito à esposa.

 Ah, fiquem comigo! - implorou o homem. Apesar de cortarem meu coração como um punhal, fiquem comigo, pois agora ela está fria e eu estou me sentindo tão sozinho. 

Mas elas responderam com firmeza:

 Não, não podemos ficar porque não temos existência. Somos apenas luz que nunca brilhou. E, dizendo isto, desapareceram de sua tela mental.

 O homem continuou triste e pensativo. De repente, outras formas se lhe desenharam na consciência. Eram formas terríveis, amargas e sem vida.

 Quem são vocês, formas horrendas? Perguntou ele espantado.

 Nós somos as palavras que ela ouviu da sua boca a vida inteira.

 O homem gritou estremecido: Saiam daqui, me deixem só!

 Mas elas permaneceram ali, em silêncio, desenhando-se constantemente em sua memória.

                                    * * *
 Quantos de nós, desatentos, deixamos passar muitas oportunidades de acender luzes em nossa consciência, no convívio diário com aqueles a quem dizemos amar.

 As palavras gentis e belas, as frases bem elaboradas fazem parte do nosso vocabulário, sim, mas não para os de casa.

 Raramente nos dirigimos ao esposo ou esposa, filhos ou demais familiares, com o mesmo respeito com que nos dirigimos aos amigos, clientes ou colegas de trabalho.

 Mas os anos passam... E um dia, também nós estaremos diante do caixão de um ser querido que se despede da existência física.

 Também em nossa memória desfilarão as palavras mais proferidas no convívio diário...

 Também em nossa mente se desenharão os gestos mais comuns do cotidiano...

 E o nosso coração sentirá alegria ou tristeza de conformidade com as nossas ações mais constantes.

 Assim, comecemos hoje mesmo a tratar nossos entes caros de forma gentil e carinhosa para que nossas palavras não nos tragam amargura e remorso amanhã.

                                   * * *
Todas as palavras amargas que você deixa de dizer são escravas suas, obedecendo-lhe a vontade.

 Mas aquelas que você disser fazem de você um escravo, pois não as conseguirá apagar da consciência, nem evitar os dissabores que irão causar.

 Por essa razão, vale a pena falar somente o que nós também gostaríamos de ouvir com alegria. Agindo assim, jamais nos arrependeremos.

 Redação do Momento Espírita
 com base no cap. Lembrete, adaptação de Laura E. Richards
de O livro das virtudes, v. II, de William J. Bennett, ed.Nova Fronteira.
 Em 01.06.2009.

A Última carta

Um amoroso pai de família, dias antes de ser hospitalizado, enviou, pela Internet, uma carta a seus filhos, com a seguinte mensagem:

 Filhos amados.

 Quando as coisas estiverem difíceis, abram bem os olhos e busquem o céu.

 Vejam como é imenso.

 Olhem a natureza e percebam como ela é incrivelmente linda, em cada detalhe.

 Olhem as cidades, seus prédios, os carros e notem tudo o que a vontade do homem já foi capaz de produzir.

 Sintam que cada um de vocês faz parte da Criação de Deus.

 Que cada um integra a própria natureza.

 E que cada um também tem de construir e de alterar um pouco de sua própria cidade.

 Percebam que vocês, aqui e agora, fazem parte de uma sociedade que constrói um mundo novo.

 Apesar da sensação de pequenez diante da grandeza do Universo e, embora, por vezes, vocês se sintam sozinhos e sem forças, na verdade, cada um é importante e necessário na sinfonia da vida.

 O amor e a alegria de vocês produzem uma energia única, capaz de transformar o meio em que vivem e as pessoas que os cercam.

 Cada um pode levar mais luz ao caminho que palmilha, por intermédio de seu sorriso e de seu trabalho.

 E assim, pode iluminar outras vidas e enternecer outros seres.

 Não esperem que o mundo, que os outros façam algo por vocês.

 Respirem fundo e pensem: "O que eu posso fazer pelo mundo?

 O que posso fazer pelos outros?"

 Nunca esqueçam que cada um colhe aquilo que plantou.

 Que os espinhos que hoje nos ferem as mãos são o resultado de uma semeadura equivocada do passado, próximo ou não.

 Se desejam uma estrada ladeada de flores, é preciso que elas sejam semeadas desde agora, por cada um de vocês.

 Acreditem: Deus está presente em tudo e em toda parte.

 Um dia a própria ciência humana, ainda tão limitada, será capaz de admitir e de comprovar essa valiosa verdade.

                        * * *
 Embora seu corpo físico não tenha resistido à doença que subitamente o atingiu, as palavras de amor e de fé daquele pai ainda ecoam no coração daqueles que o amam.

 Foi sua última carta. 

Uma mensagem estimulando seus amores ao caminho do bem, na direção do Criador.

                         * * *
 A fragilidade de nossa existência corpórea não nos permite ter certeza de que nossos olhos se abrirão na próxima manhã.

 Não sabemos quando será o nosso momento de partir para o outro plano da vida.

 Talvez ele tarde, talvez não.

 Quem sabe se as palavras que dissemos há pouco não foram as últimas desta existência?

 Como saber se o até logo com que nos despedimos de nossos amores, minutos atrás, não foi o último adeus que esta vida nos ofereceu? 

Por isso, despeça-se sempre com palavras de carinho e de otimismo.

 Aproveite todas as oportunidades que tiver para transmitir mensagens positivas a quem quer que seja.

 Dê bons exemplos e seja coerente em suas atitudes.

 Diga àqueles que lhe são caros, sempre que possível, o quanto os ama e como eles são importantes para você.

 Um dia, mais cedo ou mais tarde, inevitavelmente, a partida será real e então, as lágrimas serão decorrentes da saudade e não do arrependimento pelas oportunidades desperdiçadas.

 Redação do Momento Espírita,
com base na mensagem redigida por Elias Siqueira Saliba a seus filhos,
recebida via Internet. Em 22.08.2011.


sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

Apenas um lembrete...


Lembre-se que você é um Espírito imortal vivendo breve experiência num corpo físico.

 Lembre-se que seu corpo é feito de matéria e, como tal, sofre o desgaste natural como tudo o que é matéria. Mas esse desgaste não atinge o Espírito.

 Assim, quando você perceber que a sua pele está enrugando, lembre-se de que esse é um fenômeno que não alcança o Espírito.

 Enquanto a sua pele enruga, seu Espírito pode ficar ainda mais radiante e mais iluminado.

 Você não pode deter os segundos, nem evitar que se transformem em anos.

 Não pode impedir que o seu cabelo caia ou se torne branco, mas isso não deve ser motivo para levar embora a vitalidade da sua alma imortal.

Sua esperança jamais poderá estar atrelada à sua forma física, pois o ser pensante que você é, é o mais importante e sobreviverá por toda a eternidade.

 Sua força e sua vitalidade independem da sua idade.

 Seu Espírito é o agente capaz de espanar a poeira do tempo.

 Lembre-se de que você não é um corpo que tem um Espírito, é um Espírito temporariamente vivendo num corpo físico.

 Chegará o dia que você encontrará uma linha de chegada e perceberá que logo à frente há outra linha de partida...

A vida é feita de idas e vindas... Partidas e chegadas.

 Um dia você terá que abandonar esse corpo, mas jamais abandonará a vida...

 Lembre-se que cada dia é uma oportunidade de viver e viver bem.

 Se acontecer de cometer um engano, não detenha o passo, siga em frente pois logo adiante encontrará outro desafio...

A vida é feita de desafios... Vencemos uns, somos vencidos por outros, mas não podemos deter o passo.

 E o maior de todos os desafios é vencer a si mesmo, usando a razão para não se deixar dominar por vícios e prazeres excessivos e prejudiciais.

 Importante é não perder tempo vivendo de lembranças amargas e fotografias pela metade, amarelas e empoeiradas...

 O dia mais importante é o dia de hoje... E hoje você tem a oportunidade de reescrever a sua história... Conhecer novas paisagens... Colecionar imagens de cores vivas.

 Lembre-se que você é um Espírito feito de luz e a luz sempre pode suplantar as trevas... por mais densas que sejam. O importante é que jamais detenha o passo...

 Se as forças físicas não lhe permitem mais correr como antes, ande depressa.

 Se algo o impedir de andar depressa, caminhe lentamente, mas siga em frente.

 E, se por algum motivo, não puder mais caminhar sem apoio, use bengalas, muletas, cadeira de rodas. Mas vá em frente...

E se, um dia, você não puder mais movimentar seu corpo para continuar andando, voe com o pensamento.

Seu pensamento nada e ninguém poderá deter.

Você é livre para pensar, para aprender, para alcançar os céus em busca de esperança e paz.

 O essencial é que você não pare nunca...

Deus não criou você para a derrota. Deus criou você para a vitória, para a felicidade plena. E essa conquista é a parte que lhe cabe.

 Este é apenas um lembrete pois, um dia, um Sublime Alguém já nos disse tudo isso e nós esquecemos.

Esquecemos que Ele saiu do corpo mas jamais saiu da vida...

O Seu suave convite ainda paira no ar: Quem quiser vir após Mim, tome a sua cruz, negue-se a si mesmo, e siga-Me.

Esquecemos que Ele afirmou com convicção e firmeza: Nenhuma das ovelhas que o Pai Me confiou se perderá.

 Eu sou uma de Suas ovelhas e você também é. Não importa a que religião você pertença. Não importa a que religião eu pertença.

 Somos as ovelhas que o Criador confiou ao Sublime Pastor da Galileia, para que Ele nos ensine o caminho que nos conduzirá à felicidade plena.

                                   * * *

 Este é apenas um lembrete... que você pode até desconsiderar...

 Mas uma coisa é certa: você não deixará de existir, como Espírito imortal que é e não evitará os percalços e as lições da caminhada, porque você, você é filho da Inteligência Suprema do Universo...

Pense nisso!

 Redação do Momento Espírita.
 Disponível no cd Momento Espírita, v. 11 e no livro Momento Espírita, v. 5, ed. Fep. Em 06.03.2012.

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

Amar a quem



Dia desses surpreendemos duas senhoras a conversar. E seu diálogo nos atraiu verdadeiramente a atenção.

Indagava uma à outra porque ela se envolvia tanto com campanhas para as crianças carentes assistidas por uma determinada entidade filantrópica.

Ora, respondeu a outra, porque disponho de tempo, porque as crianças precisam, porque gosto de me envolver com tarefa assistencial.

 Mas, continuou a primeira, essa instituição não é da nossa religião.

 A resposta da dama que se dedicava de corpo e alma ao trabalho de assistência foi rápida: Mas são nossos irmãos.

 A primeira ainda prosseguiu com sua argumentação, enquanto nos afastávamos do local a pensar.

 Estranha forma de nos dizermos cristãos. Transformando-nos em pessoas sectárias, fechadas.

 Esquecidas de que o Mestre nos recomendou: Amai-vos uns aos outros.

 Ele mesmo, durante sua estada entre os homens, teve oportunidade, por mais de uma vez, mostrar que não importava a nacionalidade, a doutrina política, a crença religiosa, o cargo e a cor da pele. Por isso mesmo, Ele tomou o samaritano como exemplo do homem bom que atende o caído na estrada, sem nada lhe indagar.

Fala à samaritana, no poço de Jacó, convidando-a à mudança de rumo e transformando-a numa disseminadora das luzes da Boa Nova.

Falando a respeito do centurião a quem cura o servo à distância, comenta: Jamais vi tamanha fé em Israel!

 Convida Mateus, um coletor de impostos, para ser um dos Apóstolos. Visita Zaqueu, o publicano, e socorre a equivocada Maria de Magdala, amparando também a mulher adúltera.

 Jesus viajou pelas terras da Judéia, da Galiléia e da Samaria. E afirmou: Nenhuma das ovelhas que o Pai me confiou se perderá.

 Como podemos agir de forma diversa, estabelecendo limites no auxílio, condicionados à crença religiosa?

 Então não somos todos filhos do mesmo Pai? Ele não nos criou crentes desta ou daquela doutrina. Criou-nos Seus filhos.

 Todos partidos do mesmo ponto, da simplicidade e da ignorância, e com idêntico objetivo: a perfeição.

 Não nos armemos uns contra os outros, mas nos amemos.

 Façamos o bem a quem esteja próximo, sem distinção alguma.

 E, se pudermos, estendamos a nossa ação a quem esteja distante, mesmo que não pertença à nossa raça, que tenha nascido em outro País, que habite outros Estados.

 Meditemos que, quando as súplicas sinceras chegam ao bondoso Pai, Ele não pergunta como cremos, onde estamos.

 Conforme nos ensinou Jesus, tudo o que pedirmos a Ele em Seu nome, nos será concedido.

 Da mesma forma que recebemos tanto bem do Criador, saibamos distribuir igualmente a todos.

Mesmo porque as questões de cor, nacionalidade, credo político ou religioso são questões transitórias, que duram uma vida rápida, passageira, considerando-se o Espírito imortal.

                            * * *
O bem é tudo o que estimula a vida, produz para a vida, respeita e dá dignidade à vida.

 Quando não puder fazer o bem, pense nele.

Valorize o bem que você possa fazer e faça-o quanto possa e onde esteja.

Texto da Equipe de Redação do Momento Espírita.

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