Leia as mensagens com o coração e reflita . Que elas possam fazer o bem a pelo menos uma pessoa que por aqui passar.

Jesus o Grande Mestre.

Image and video hosting by TinyPic Jesus Cristo, Yeshua ben-Yoseph "A Cada Um Será Dado De Acordo Com Suas Obras "

Seguidores

Mostrando postagens com marcador Redação Momento Espírita. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Redação Momento Espírita. Mostrar todas as postagens

domingo, 21 de outubro de 2012

O Livro Luz

A história não é muito diferente de tantas outras que trazem como pano de fundo o sofrimento...

Não importa o país, ou a língua que se fale, os sentimentos têm uma linguagem única.

  Era inverno e a noite caía rápida e fria...

Aquele homem desesperado caminhava triste e só...

No peito, a dor da separação promovida pela morte da esposa querida, dilacerava-lhe as fibras mais sutis dos sentimentos...

A prova amarga do adeus vencera-lhe. E ele, que sonhava com a felicidade de um matrimônio feliz e com um futuro adornado pela presença dos filhos, não passava agora de trapo humano, solitário.

  As noites de insônia e os dias de angústia minaram-lhe as forças.

  Faltava ao trabalho e o chefe, reto e ríspido, o ameaçava despedir.

  A vida para ele não tinha mais sentido, para que teimar em ficar vivo? Pensava.

Sem confiança em Deus, resolvera seguir o caminho de tantos outros, ante a fatalidade... iria suicidar-se.

Paris, a cidade luz, estava envolta no manto escuro da noite, e um vento gelado açoitava sem piedade.

  Seguiu, a passos lentos, pelas ruas desertas e se deteve um momento a contemplar o rio Sena...

Talvez a correnteza o levasse dali e silenciasse, em suas águas escuras e profundas, o seu pensamento aturdido...

  Sim, essa seria a solução, pensou.

Dirigiu-se como um autômato até a ponte Marie, quase apagada pela forte serração e, ao apoiar a mão direita na murada para atirar-se, sentiu que um objeto molhado caiu aos seus pés.

Surpreendido, distinguiu um livro que o orvalho umedecera...

Tomou o volume nas mãos e caminhou, um tanto irritado, procurando a luz quase apagada de um poste vizinho, e pode ler no frontispício: "esta obra salvou-me a vida. Leia-a com atenção e tenha bom proveito." Vinha assinado por um homem.

Mesmo um pouco indeciso, resolveu ler aquela obra que, por suposto, havia salvado a vida de alguém que pretendera, como ele, por termo à própria vida.

Já nas primeiras páginas encontrou motivos para viver e lutar, suportar com resignação e coragem os reveses da vida e refazer a esperança.

  Leu o volume com dedicada atenção e resolveu presenteá-lo a quem lhe havia propiciado aquele tesouro.

  Era abril de 1860... e, numa manhã fria como tantas outras na cidade de Paris, o professor Rival recebe em sua residência uma certa encomenda cuidadosamente embrulhada.

Abriu, e encontrou uma carta singela com os seguintes dizeres: "com a minha gratidão, remeto-lhe o livro anexo, bem como a sua história, rogando-lhe, antes de tudo, prosseguir em suas tarefas de esclarecimento da humanidade, pois tenho fortes razões para isso.

" Em seguida o autor da carta narra a história que acabamos de contar.

Allan Kardec, pseudônimo do ilustre professor francês Hippolyte Leon Denizar Rival, abriu a obra e leu em seu frontispício: "esta obra salvou-me a vida. Leia-a com atenção e tenha bom proveito." E, logo após a primeira assinatura de A. Laurent, dizia:

"Salvou-me também. Deus abençoe as almas que cooperaram em sua publicação" assinado: Joseph Perrier.

Kardec, aconchegando o livro ao peito, entendeu a sublime missão que lhe cabia como codificador da Doutrina Espírita, mensageira de consolo e esperança para a humanidade sofrida.

Essa obra que conseguiu, com suas páginas de luz, deter aqueles dois homens às portas do suicídio, veio à lume no dia 18 de abril de 1857, e é intitulada "O Livro dos Espíritos".

Equipe de Redação do Momento Espírita,
história adaptada do livro "Espírito da Verdade, cap. 52 - Há um século.

Uma linda prova de amor


O amor tem dimensões ilimitadas. Tudo pode. Tudo realiza. Tudo empreende.

O verdadeiro amor é capaz dos maiores sacrifícios, para o bem estar do ser amado.

  Num mundo em que se ouve falar muito em buscar a própria felicidade, em alcançar sonhos pessoais, sem pensar em mais ninguém, a história daquele casal idoso é exemplar.

  Eles viviam felizes, há muito tempo. Não tinham filhos.

  Certo dia, quando a senhora estava na cozinha, um acidente aconteceu e ela se viu envolta em chamas.

O marido atendeu aos seus gritos e, no intuito de a salvar, acabou por ser também atingido pelo fogo.

  As chamas o envolveram, queimando-lhe os braços, mas permitindo-lhe libertá-la do fogo.

  Quando os bombeiros chegaram, pouco restava da casa. A ambulância levou o casal ao hospital.

  Ambos, por seu estado grave, foram internados no Centro de Terapia Intensiva.

Quando o marido foi liberado, buscou o quarto da sua esposa. Ela estava deitada e logo que o viu, manifestou o seu desespero.

Não desejava mais viver, dizia. O fogo atingira todo o seu rosto e ela estava deformada.

Sou um monstro!

Disse ao marido. Ele se aproximou do leito e falou:

Minha amada, na tragédia que sofremos, meus olhos foram atingidos. Estou cego.

  Por isso, não se preocupe. Para mim, você continuará linda, como sempre foi.

A imagem que tenho guardada em minha mente é a que terei na memória, para o resto dos meus dias.

  Deus é muito bom. - completou ela - Você não precisará contemplar a minha deformidade.

  Abraçaram-se. Choraram.

Mais algum tempo e ei-los de retorno ao novo lar. Uma pequena e acolhedora casa.

  Ela passou a ter para com o marido cuidados especiais, considerando a sua deficiência visual.

Era toda atenção, delicadeza. Uma nova seiva de vida parecia circular em suas veias. E todo dia, recebendo aquelas manifestações de amor, ele dizia:

Como eu te amo!

Ela reencontrara razão para continuar a viver e se sentir feliz.

Vinte anos depois, em uma madrugada, ela abandonou o corpo, rumo à Espiritualidade.

  Amigos solícitos auxiliaram nas tratativas para o sepultamento.

  O marido compareceu sem os óculos escuros e sem sua bengala, andando firme.

Debruçou-se sobre o corpo da amada, com quem compartilhara os dias por tantos anos, beijou-a inda uma vez e tornou a expressar:

  Como és linda. Como eu te amo!

  Um amigo mais próximo manifestou a sua surpresa. O que acontecera: Algum milagre lhe devolvera a visão, naquele momento de dor?

Não, respondeu o homem. Nunca tive problema visual. Assim disse, para que pudéssemos continuar a viver, sem traumas para ela.

Acreditando que eu não podia enxergar as seqüelas do fogo em seu rosto, pudemos viver felizes por mais 20 anos.

  Felizes e apaixonados, um ao outro servindo em significativos gestos de amor.


  O amor é a mais poderosa expressão do sentimento.

 É de essência divina, por facultar a sublimação dos sentimentos. Quando esplende no coração, se faz dínamo gerador de energias propiciadoras de vida, fertilizando os seres.

  Não foi por outra razão que Jesus o transformou no mandamento maior, aquele de mais alto significado, que abrange todas as aspirações e ideais da criatura humana.

Redação do Momento Espírita,
com base em história de autor desconhecido e no cap. 3 do livro Garimpo de amor,
do Espírito Joanna de Ângelis,
psicografia de Divaldo Pereira Franco, ed. Leal.

sexta-feira, 21 de setembro de 2012

A verdade


Você já pensou algum dia no poder da verdade? Ou você pensa que a verdade chega sempre tarde, quando a injustiça já se consumou?

Quando foi coroado rei da Pérsia, Dario mandou dar uma grande festa para todos os seus súditos, espalhados em cento e vinte e sete províncias.

Terminada a festa, adormeceu, mas foi despertado pelas vozes alteradas de três rapazes que discutiam acerca do que seria a coisa mais forte do Mundo.

  Em vez de admoestá-los, ficou a escutá-los.

Decidiram que cada um escreveria uma frase dizendo o que era a coisa mais forte e colocariam os papéis debaixo do travesseiro do rei. Pela manhã, o rei e os príncipes da Pérsia julgariam qual a opção mais sábia.

No dia seguinte, na sala dos julgamentos, leu-se a primeira frase: "O vinho é o mais forte."

Aquele que escrevera a frase, considerou que o vinho tem muita força. Tanta que pode transformar em tolos os homens mais grandiosos.

O rei poderoso e a criança ignorante se igualam sob sua força. Coloca nuvens na memória e torna discussões sem valor porque tudo cai mesmo no esquecimento.

A segunda frase dizia: "O rei é o mais forte."

A justificativa do autor foi de que o rei tudo manda e é obedecido. Envia soldados à guerra, condena pessoas à morte ou lhes concede o perdão.

Todos os súditos o obedecem e ele faz o que lhe agrada. É apenas um homem, mas por ele os soldados cruzam montanhas, derrubam muralhas, atacam torres e depois de conquistado o país, trazem os frutos para ele.

A terceira frase afirmava: "Acima de tudo, a verdade prevalecerá."

O jovem que a escreveu falou: "A verdade é mais forte que todas as coisas.

O rei pode ser perverso, o vinho é perverso. Os homens podem ser maus. Todos eles perecerão. Mas a verdade é eterna.

É sempre forte. Nunca morre. Tampouco é derrotada. Faz o que é justo. Não pode ser corrompida.

Não necessita do respeito das pessoas para existir. É grandiosa e soberana sobre todas as coisas.

" E Dario julgou que o terceiro jovem era o mais sábio, dizendo-lhe que pedisse o que quisesse.

  O jovem era um judeu e lembrou ao rei que ele deveria cumprir a promessa de reconstruir Jerusalém.

Que ele deveria reconstruir o Templo, conforme compromisso assumido no dia em que subiu ao trono.

E o rei da Pérsia cumpriu a promessa.

Esta história se baseia em eventos descritos no Primeiro Livro de Esdras, na Bíblia.

O jovem sábio judeu se chamava Zorobabel. Ele foi um líder do povo judeu na época de seu retorno do exílio na Babilônia, cerca de 520 a.C.

Autor: Equipe de Redação do Momento Espírita com base no cap. A verdade vencerá, de Ella Lyman Cabot, de O livro das virtudes, v. I, de William J. Bennett, ed. Nova Fronteira

Jovens e jovens


A juventude, os jovens de modo geral, têm sido assunto constante nos noticiários atuais.

Fala-se das jovens adolescentes que engravidam prematuramente...

De jovens perdidos no lodaçal dos vícios...

  De jovens que põem fogo em índios e mendigos...

De jovens tresloucados, que se arrebentam em acidentes violentos nas competições ilegais, chamadas "rachas."

Quando lemos ou ouvimos tais informações, ficamos chocados com tantos desatinos e logo imaginamos o que será do futuro da Terra, se a juventude está perdida.

Todavia, os olhos e ouvidos interessados podem ler ou ouvir vez que outra, uma tímida notícia de jovens que se dedicam com fervor ao bem geral.

  São jovens cientistas premiados pelos esforços dedicados em busca de melhor qualidade de vida para enfermos anônimos...

Jovens que se entregam de corpo e alma às artes, exaltando o bem e o belo.

Com habilidade extraem sons melodiosos dos teclados...

  Com graciosidade cantam, dançam, fazem acrobacias nas quadras esportivas...

Jovens saudáveis que dedicam o tempo a distrair e alegrar pessoas idosas e enfermas enclausuradas em velhanatos...

Adolescentes que se chocam com a miséria do próximo e envidam esforços para lhes minorar o sofrimento...

Tantos são os jovens que são arrimo da família. Que trabalham de sol a sol na lavoura, regando com o próprio suor a terra generosa de onde retiram o sustento...

Jovens médicos que, com mãos hábeis, fazem cirurgias extraindo tumores dos corpos, sem deixar vazio o coração dos pacientes desesperados.

  Jovens que, apesar de conquistarem a fama, não se permitem a promiscuidade nem se prestam a promover produtos que incitam aos vícios ou aos desregramentos na área da sexualidade.

Jovens que falam do Cristo e buscam viver Seus ensinos..

  Como podemos perceber, há jovens e jovens...

Se o bem fosse mais divulgado, certamente seria imitado e adotado como postura por tantos jovens indecisos, inseguros, que acabam se decidindo pela maioria, ou pelo que pensam ser a maioria.

Assim, tenhamos a certeza de que a juventude não está perdida e que o futuro já está acontecendo hoje, com essa força juvenil saudável e entusiasta, capaz de derrubar as estruturas apodrecidas da sociedade em que vive e fortalecer os costumes sadios e promissores vigentes.

Pense nisso!

Ser jovem é não ter cumplicidade negativa com o passado. É não se deixar contaminar pelos hábitos viciados de outras gerações.

Ser jovem é viver com entusiasmo, semeando alegria com discernimento.

  A juventude é a primavera da vida, e jovem sem entusiasmo é como uma flor sem perfume, que tende a ser derrubada pelos primeiros ventos do inverno.

  Portanto, o jovem para ser feliz, deve erguer bem alto a bandeira da solidariedade, da fraternidade e da verdadeira liberdade, que é a paz da consciência tranqüila.

  Autor: Redação do Momento Espírita.

segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Glória de Deus


O salmista Davi escreveu, em seu cântico 18: Os céus publicam a glória de Deus e o firmamento anuncia a obra das Suas mãos.

Contemplando-se a noite estrelada, pode-se ter ideia do que desejou expressar o salmista.

Não há quem não se sinta tocado em sua intimidade, e se deixe extasiar pela beleza de uma noite bordada de estrelas.

Tantas são as maravilhas do Universo que somente nos levam a reconhecer a existência de uma Inteligência Superior à humana.

E é esse mesmo Deus que, como artista, colore os céus no cair da tarde, salpica de cores as flores e estende o tapete verde na pradaria, como uma imensa colcha de retalhos, bordada em motivos variados.

Como esteta, capricha nos detalhes das escarpas que apontam para cima, como se esmera nos contornos das rochas, recortando montanhas, vales e planícies.

Qual um exímio químico transforma terra e água em seiva e açúcar.

No milagre que se chama Vida, toma uma simples semente e faz surgir a árvore generosa, plena de galhos, folhas, flores e saborosos frutos.

Sábio, concedeu instinto aos animais para a perpetuação e conservação da espécie.

Por isso se observa a vespa preparar cuidadosamente o local para colocar seus ovos, pois o instinto lhe diz que ela não viverá para ver a sua prole.

Com sua técnica de dar inveja a qualquer entomologista, ela imobiliza um gafanhoto e ao seu redor põe os ovos.

Morre em seguida. As larvas, ao nascerem, têm o alimento assegurado.

É o instinto que guia o joão-de-barro a construir sua casa com a porta para o lado oposto ao vento do inverno, jamais se enganando. E assim protege seus filhotes do terrível frio, que poderia matá-los.

E enquanto dotou os animais com o instinto, que é uma nota melódica monótona, concedeu ao homem o raciocínio, que é uma sinfonia completa.

Tem razão o salmista ao proclamar que a Lei do Senhor é perfeita, que os Seus preceitos são retos e deleitam o coração.

Um dia transmite esta mensagem ao outro dia, e uma noite comunica-a a outra noite.

Não é uma palavra nem uma linguagem, cuja voz não possa perceber-se. O seu som estende-se por toda a Terra e as suas palavras até às extremidades do mundo, e nada se pode subtrair do seu calor.


A Sabedoria Divina se descobre em todos os detalhes da Criação.


Para a filtragem conveniente dos raios solares para a Terra, a Providência Divina edificou usinas de ozônio a 40 e 60 quilômetros de altitude.

Assim, em todos os tempos a beleza, junto à ordem, constituem um dos traços marcantes da Criação.


Redação do Momento Espírita, com base em conferência proferida por Divaldo Pereira Franco, intitulada Deus, em 20.03.1974. Disponível no CD Momento Espírita, v. 16, ed. Fep. Em 22.11.2010.

Gestos que salvam vidas


A chuva caía fina e gélida na tarde quieta. Longe, na estrada, um carro parou. Era pequeno e meio velho.

Um rapaz saltou, levantou o capô e se pôs a mexer em tudo que viu.

O fazendeiro, de onde estava, pensou: Coitado. Pelo jeito, não entende de mecânica.

Vestiu sua capa de chuva e caminhou até a estrada. O jovem estava muito nervoso, mexia no carro, voltava, tentava dar a partida, passava as mãos pelos cabelos.

Quer ajuda?

O rapaz parecia preste a chorar.

É a bobina. - Diagnosticou o fazendeiro, depois de uma boa olhada.

Buscou seu cavalo, rebocou o carro até o seu celeiro e, com seu próprio carro, foi à cidade comprar uma bobina nova.

Estranhou que, ao chegar à loja, o rapaz não quisesse entrar. Deu-lhe o dinheiro necessário e disse que tinha vergonha, por estar molhado.

Algum tempo depois, com o carro funcionando, pronto para partir, a esposa do fazendeiro insiste para que fique para o jantar.

Não era hábito convidar estranhos para adentrar a casa. Contudo, aquele rapaz parecia aflito, meio perdido. Poderia, talvez ser seu filho.

Ele quase não comeu. Continuava preocupado, ansioso. A chuva se fez mais forte. O casal preparou o quarto de hóspedes e pediu que ficasse.

Na manhã seguinte, suas roupas estavam secas e passadas. Ele se mostrava menos inquieto. Alimentou-se bem e despediu-se.

Quando pegou a estrada, aconteceu uma coisa estranha. Ele tomou a direção oposta da que seguia na noite anterior. Isto é, voltou para a capital.

O casal concluiu que ele se confundira na estrada.

O tempo passou. Os dias se transformaram em semanas, meses e anos. Então, chegou uma carta endereçada ao fazendeiro:

Sr. McDonald, Não imagino que o senhor se lembre do jovem a quem ajudou, anos atrás, quando o carro dele quebrou.

Imagine que, naquela noite, eu estava fugindo. Eu tinha no carro uma grande soma de dinheiro que roubara de meu patrão.

Sabia que tinha cometido um erro terrível, esquecendo os bons ensinamentos de meus pais.

Mas o senhor e sua mulher foram muito bons para mim. Naquela noite, em sua casa, comecei a ver como estava errado.

Antes de amanhecer, tomei uma decisão. No dia seguinte, voltei ao meu emprego e confessei o que fizera.

Devolvi todo o dinheiro ao meu patrão e lhe implorei perdão.

Ele podia ter me mandado para a prisão. Mas, por ser um homem bom, me devolveu o emprego. Nunca mais me desviei do bom caminho.

Estou casado. Tenho uma esposa adorável e duas lindas crianças. Trabalhei bastante.

Não sou rico, mas estou numa boa situação.

Poderia lhe recompensar generosamente pelo que o senhor fez por mim naquela noite. Mas não acredito que o senhor queira isso.

Então, resolvi criar um fundo para ajudar outras pessoas que cometeram o mesmo erro que eu. Desta forma, acredito poder pagar pelo meu erro.

Que Deus o abençoe, senhor, e a sua bondosa esposa, que me ajudou ainda mais do que o senhor sabia.

Enquanto o casal lia, os olhos se encheram de lágrimas. Quando acabaram, a esposa colocou a carta sobre a mesa e citou versículos do capítulo 25 do Evangelho de Mateus:

Era peregrino e me recolheste. Tive fome e me destes de comer. Tive sede e me destes de beber.

Estava nu e me vestistes. Estava enfermo e me visitastes. Estava no cárcere e me fostes ver.

Em verdade, todas as vezes que fizestes isto a um destes meus irmãos mais pequeninos, a mim o fizestes.

Redação do Momento Espírita, com base no cap. O visitante da noite, de Hartley F. Dailey, do livro Histórias para aquecer o coração dos pais, de Jack Canfield, Mark Victor Hansen, Jeff Aubery, Mark & Chrissy Donnely, ed. Sextante e Evangelho de Mateus, cap. 25, vers.35, 36 e 40. Em 29.03.2010.

quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Tola inveja


A inveja é um sentimento inferior que se traduz pelo desejo da pessoa ser o que o outro é, ou possuir o que o outro detém.

É comum se invejarem as pessoas ricas, famosas, as que têm poder. Invejam-se reis, artistas, empresários de sucesso.

O que não se analisa, nem se cogita é que a riqueza, a fama e postos de comando têm um preço.

Vendo as personagens que invejamos desfilarem nas páginas das revistas ricamente ilustradas, ou nas imagens televisivas, constatamos somente a parte boa, positiva.

As pessoas famosas, entretanto, não conseguem ter vida particular e nem realizar coisas simples, que desejariam.

Para saírem à rua, necessitam de esquemas de segurança, disfarces, horários próprios, uma série de cuidados.

Vivem em mansões ou palácios, mas não têm o direito de andar pelas ruas, olhando vitrines, descontraídas.

Não podem sentar num banco de jardim público, comer pipocas e ficar olhando o ir e vir das pessoas, numa tarde de sol morno.

Viajam em jatos particulares, têm uma agenda disputada, compromissos infindáveis e não conseguem um minuto de paz.

 Onde quer que estejam, fotógrafos, repórteres se encontram à espreita para fotografar, criticar, mostrar ao público.

Frequentam lugares sofisticados e caros, onde se sentem sempre como se estivessem em uma vitrine, observadas por todos.

Quando não, perseguidas por uma legião de fãs que tudo querem ver, saber, conhecer, disputar.

Se adoecem, não têm direito à privacidade. Detalhes dos exames realizados, do diagnóstico, tudo é do interesse do público.

Dramas familiares, que desejariam ficassem guardados entre as paredes do lar, logo se tornam de domínio público. Já pensamos como se sentiram aqueles que, porventura, tiveram apresentados a público a filha que se envolveu com drogas, ou o filho que se prostituiu?

Nos momentos de luto e dor, nem podem expressar toda a sua verdadeira dor, porque as câmeras de TV os estão focalizando, os microfones estão a postos para tudo registrar, captar.

Talvez prezassem ficar em silêncio e a sós, velando o corpo do afeto que partiu. Contudo, não lhes é permitido. Elas não se pertencem. A sua vida é do interesse da sociedade. Todos querem ver, falar, opinar, tocar.

Antes de invejarmos a vida do outro, o cargo, o poder, a riqueza, pensemos se teríamos condições de suportar e pagar o preço que é exigido.

Porque a fama, a riqueza, o poder não são meras circunstâncias na vida. São provações ou expiações para o Espírito reencarnado. Tanto quanto o anonimato, a pobreza, a subalternidade.

Todas são etapas de crescimento e de progresso e cada um, onde esteja, delas se deve utilizar com sabedoria, extraindo toda a experiência que oferecem.


Cada um de nós está colocado no lugar exato. Ninguém que esteja recebendo o que não merece.

Enquanto nos colocamos na posição de invejosos, sonhando e desejando ardentemente o que os outros usufruem, nos esquecemos de valorizar o que possuímos e o que somos.

Esquecemo-nos das bênçãos da família que nos sustenta afetivamente, do emprego que nos permite aprendizado e nos garante o salário da honra.

Esquecemos do amor de Deus que, todos os dias, posiciona o sol, dispõe a chuva, alimenta os campos e reproduz os grãos.

Amor divino que se estende para todos, ricos e pobres, famosos e anônimos, poderosos ou subalternos.


Redação do Momento Espírita com base em conferência de Raul Teixeira,
proferida em 22.08.1999, no IV Simpósio Paranaense de Espiritismo, em Curitiba, Paraná.
Em 23.01.2009.

sábado, 30 de junho de 2012

O filho que ficou em casa



O ensino mediante parábolas foi um precioso recurso utilizado por Jesus em Seu ministério de amor

. Essas pequenas histórias contêm profundos ensinamentos que o leitor ou o ouvinte gradualmente percebe.

  Os séculos passam, mas as grandes lições não envelhecem, pois retratam a eterna luta da alma humana para libertar-se do primarismo evolutivo.

  A Parábola do Filho Pródigo é uma dessas belas lições.

  Como toda parábola, ela comporta diversas leituras, sempre ricas de ensinamentos.

O enfoque pode ser na generosidade do pai, sempre disposto a acolher com alegria o filho que se perdera.

Ou nas dores que o desfrutar das paixões provoca.

  Mas um ponto interessante para reflexão reside no comportamento do filho que ficou em casa.

Em um primeiro momento, ele parece mais equilibrado do que o seu irmão.

  Satisfeito com a disciplina da casa paterna, não se entusiasma com a perspectiva de festas e desfrutes.

Enquanto o denominado filho pródigo ganha o mundo, ele permanece vivendo de forma equilibrada.

  Entretanto, esse equilíbrio é colocado à prova quando seu irmão retorna, sofrido e humilhado.

Então, em vez de se alegrar com o retorno do companheiro de folguedos infantis, ele se indigna.

  Recusa-se a entrar em casa e a participar da festa.

Instado pelo pai a retificar o comportamento, dá mostras de rancor ao falar de sua prolongada obediência, a seu ver sem recompensas.

O filho que ficou em casa representa uma parcela muito significativa da Humanidade.

Trata-se das pessoas bastante focadas em viver sem escândalos, mas também sem generosidade.

Elas se esmeram em cumprir regras, em fazer o que parece correto, em termos pessoais ou sociais.

Contudo, o seu viver não tem bondade.

Porque conseguem domar algumas paixões, criticam asperamente quem a elas sucumbe.

  Muitas chegam a desejar a dor e a desgraça para aquele que comete pequenos deslizes ou se permite viver de forma desregrada.

Essas pessoas, em sua severidade, não entendem o essencial das leis divinas.

Essas leis não existem para cercear todos os passos das criaturas.

Elas são um roteiro de liberdade e felicidade.

  Uma vida digna e profícua é resultado da internalização dos códigos divinos.

Mas essa internalização é incompatível com um coração rancoroso e ressequido.

É preciso bondade e leveza para uma correta compreensão da Lei de Amor que rege os mundos.

Embora com necessidade de experiências diversas, todos os homens são irmãos e se assemelham, em sua essência.

Para viver em paz, urge identificar-se com o próximo e ser feliz com a felicidade dele.

A vida trata de providenciar as reparações e as lições necessárias.

O papel dos homens consiste no auxílio mútuo e na vivência da fraternidade.

Pense nisso.

Autor: Redação do Momento Espírita

O que é a verdade?



O que é a verdade?

Contam as lendas que a verdade foi enviada por Deus ao mundo em forma de um gigantesco espelho.

  E quando o espelho estava chegando sobre a face da Terra quebrou-se, partiu-se em inumeráveis pedaços que se espalharam por todos os lados.

As pessoas sabiam que a verdade era o espelho, mas não sabiam que ele havia se partido.

E por essa razão, as que encontravam um dos pedaços acreditavam que tinham nas mãos a verdade absoluta, quando, na realidade, possuíam apenas uma pequena parcela.

E quem deterá a verdade absoluta?

A verdade absoluta só Deus a possui e vai revelando ao homem na medida em que este esteja apto para conhecê-la.

Assim é que os inventores, os cientistas, os pesquisadores, vão descobrindo a cada século novas verdades que se acumulam e fomentam o progresso da Humanidade.

É como se fossem juntando os pedaços do grande espelho e conseguissem abranger uma parte maior.

  Assim, a verdade é conquistada, graças aos esforços dos homens e não numa revelação bombástica sem proveito para quem a recebe.

  Ademais, depois que a verdade é descoberta, ninguém pode encarcerá-la, nem guardá-la só para si.

Quem experimenta o sabor da verdade não mais permanece o mesmo. Toda uma evolução nele se opera e uma transformação radical e libertadora é inevitável.

Por vezes, a nossa cegueira não nos deixa vê-la, mas ela está em toda parte, latente, dentro e fora do mundo e é, muitas vezes, confundida com a ilusão.

  Retida na consciência humana, é, a princípio, uma chispa que as forças do autoconhecimento e do autoaperfeiçoamento transformarão em uma estrela fulgurante.

A verdade emancipa a alma e a completa. Infinita, vitaliza o microcosmo e expande-se nas galáxias.

  Vibra na molécula, agiganta-se no espaço ilimitado, e encontra-se ao alcance de todos.

É perene e existe desde todos os tempos e sobreviverá ao fim das eras.

A verdade é Deus. E para penetrá-la faz-se necessário diluir-se em amor como os grãos de açúcar em um cálice de água em movimento.

Só agora podemos compreender o motivo pelo qual Jesus calou-Se quando Pilatos lhe perguntou: O que é a verdade?

* * *
                                                      
A verdade é luz que se expande.

Aquece sem queimar e vivifica sem produzir cansaço.

A meditação facilita-lhe o contato, a oração aproxima o homem da sua matriz e a caridade propicia a vivência com ela.

A humildade abre a porta para que adentre no coração do homem e a fé facilita-lhe a hospedagem nos sentimentos.

Autor: Redação do Momento Espírita, com base no cap. 7, do livro A um passo da imortalidade, pelo Espírito Eros, psicografia de Divaldo Pereira Franco, ed. Leal.

terça-feira, 15 de maio de 2012

Cuidados de Deus





O hábito de reclamar é muito difundido.
Em toda parte, as criaturas reclamam.
Filhos em relação aos pais, cônjuges entre si, patrões e empregados, vizinhos, amigos e meros conhecidos.
Reclamões não faltam.
Já pessoas genuinamente gratas são um tanto raras.
Quem presta atenção no que falta costuma não notar o que tem.
Esse mau hábito é especialmente triste em se tratando da Divindade.
Porque Deus é o Senhor do Universo.
Dele procedem todas as bênçãos e oportunidades.
Ele cria todos os Espíritos e lhes viabiliza existências incontáveis a fim de que se aprimorem.
Cerca-os dos mais ternos cuidados.
Providencia-lhes corpos, vidas e amores.
Inclusive cuida de boicotar seus desatinos mais graves, para que não se compliquem em excesso. Entretanto, curiosamente, os homens ainda se sentem no direito de reclamar do Eterno.
Imaginam ter direito a mais do que recebem.
Desejam tranquilidade, riqueza, poder, fama e beleza.
Contudo, nesse querer fantasioso, esquecem-se de notar e agradecer o muito que recebem.
Olvidam a bênção dos tempos de paz, nos quais podem perseguir seus sonhos.
Não valorizam a família na qual nasceram. Os pais que lhes cercaram os primeiros passos de cuidados.
As escolas nas quais foram matriculados.
Os professores que os instruíram.
A saúde do corpo, a existência em um país pacífico, os amigos...
Acham natural possuir tantos tesouros.
Ocorre que nem todos podem desfrutar simultaneamente dos mesmos dons.
A vida na Terra constitui uma estação de aprendizado.
Nela, as experiências variam ao Infinito.
Há os que experienciam a saúde, enquanto outros vivem a enfermidade.
Os com facilidades materiais e os de vida mais modesta.
As posições se alternam no curso dos séculos.
O papel de cada homem é ser digno e fraterno na posição em que se encontra.
Utilizar os tesouros que recebeu da vida, a fim de crescer em talentos e virtudes.
E, especialmente, entender que o próximo é um irmão de caminhada.
Ele também deseja ser feliz e viver em paz.
É igualmente um filho de Deus.
Tendo isso em mente, urge repensar os próprios hábitos.
Identificar os inúmeros cuidados recebidos de Deus.
Ser grato por todos eles e cessar de reclamar por bobagens.
Quanto à gratidão, ela tem uma forma muito especial de se manifestar.
Consiste no amparo ao semelhante em estado de sofrimento ou abandono.
A bondade para com o próximo é uma forma de gratidão que o homem pode oferecer ao seu Criador.

Pense nisso.

Redação do Momento Espírita. Em 14.05.2012.

domingo, 22 de abril de 2012

Um Amor Especial



Quando Jéssica veio ao mundo, trazia a cabeça amassada e os traços deformados, devido ao parto difícil vivido por sua mãe.
Todos a olhavam e faziam careta, dizendo que ela se parecia com um jogador de futebol americano espancado.
Todos tinham a mesma reação, menos a sua avó. Quando a viu, a tomou nos braços, e seus olhos brilharam. Olhou para aquele bebê, sua primeira netinha e, emocionada, falou: “linda.”
No transcorrer do desenvolvimento daquela sua primeira netinha, ela estaria sempre presente. E um amor mútuo, profundo, passou a ser compartilhado.
Quando a avó recebeu o diagnóstico, anos depois, de mal de alzheimer, toda a família se tornou especialista no assunto. Parecia que, aos poucos, ela ia se despedindo. Ou eles a estavam perdendo.
Começou a falar em fragmentos. Depois, o número de palavras foi ficando sempre menor, até não dizer mais nada.
Uma semana antes de morrer, seu corpo perdeu todas as funções vitais e ela foi removida, a conselho médico, para uma clínica de doentes terminais.
Jéssica insistiu para ir vê-la e seus pais a levaram. Ela entrou no quarto onde a avó nana estava e a viu sentada em uma enorme poltrona, ao lado da cama.
O corpo estava encurvado, os olhos fechados e a boca aberta, mole. A morfina a mantinha adormecida.
Lentamente, Jéssica se sentou à sua frente. Tomou a sua mão esquerda e a segurou. Afastou daquele rosto amado uma mecha de cabelos brancos e ficou ali, sentada, sem se mover, incapaz de dizer coisa alguma.
Desejava falar, mas a tristeza que a dominava era tamanha, que não a conseguia controlar. Então, aconteceu...
A mão da avó foi se fechando em torno da mão da neta, apertando mais e mais. O que parecia ser um pequeno gemido se transformou em um som, e de sua boca saiu uma palavra: “Jéssica.”
A garota tremeu. O seu nome. A avó tinha 4 filhos, 2 genros, uma nora e seis netos. Como ela sabia que era ela?
Naquele momento, a impressão que Jéssica teve foi que um filme era exibido em sua cabeça. Viu e reviu sua avó nos 14 recitais de dança em que ela se apresentou.
Viu-a sapateando na cozinha, com ela. Brincando com os netos, enquanto os demais adultos faziam a ceia na sala grande.
Viu-a, sentada ao seu lado, no natal, admirando a árvore decorada com enfeites luminosos.
Então Jéssica olhou para ela, ali, e vendo em que se transformara aquela mulher, chorou.
Deu-se conta que ela não assistiria, no corpo, ao seu último recital de dança, nem voltaria a torcer com ela pelo seu time de futebol.
Nunca mais poderia se sentar a seu lado, para admirar a árvore de natal. Não a veria toda arrumada para o baile de sua formatura, ao final daquele ano. Não estaria presente no seu casamento, nem quando seu primeiro filho nascesse.
As lágrimas corriam abundantes pelas suas faces. Acima de tudo, chorava porque finalmente compreendia como a avó havia se sentido no dia em que ela nascera.
A avó olhara através da sua aparência, enxergara lá dentro e vira uma vida.
Então, lentamente, Jéssica soltou a mão da avó e enxugou as lágrimas que molhavam o seu rosto.
Ficou de pé, inclinou-se para a frente e a beijou.
Num sussurro, disse para a avó: “você está linda.”
Se desejas ensinar a teu filho o que é o amor, demonstra-o. Não lhe negues a carícia, a atenção, a palavra.
O que faças ou digas é hoje a semeadura farta de bênçãos que o mundo colherá, no transcurso dos anos dos teus rebentos.
E o mundo te agradecerá, por teres sido alguém que entregou ao mundo um ser que saiba amar, de forma incondicional e irrestrita.


Texto extraido do site http://www.momento.com.br

terça-feira, 10 de abril de 2012

Verdadeiras Jóias

Narra uma lenda romana do século II antes de Cristo que uma matrona romana de nome Cornélia tinha dois filhos.
  Certo dia, chamou os meninos que brincavam no jardim e lhes disse que naquele dia deveriam receber a visita de uma amiga para jantar. Ela era muito rica e viria para lhes mostrar suas jóias.
Quando a mulher chegou, ambos os irmãos arregalaram os olhos ao ver os anéis que trazia nos dedos, os braceletes, as correntes de ouro que contornavam seu pescoço e os fios de pérolas que cintilavam nos seus cabelos.
Olharam para sua mãe que trajava uma túnica branca, sem adereços, e na cabeça trazia somente suas tranças enroladas.
Um servo trouxe uma caixa e a colocou sobre a mesa. E ante a surpresa dos meninos, a mulher lhes mostrou rubis vermelhos como sangue, safiras azuis como o céu, esmeraldas verdes como o mar, e diamantes que luziam ao sol. O menorzinho sussurrou para o maior: "seria tão bom se nossa mãe pudesse ter algumas dessas pedras ou dessas jóias.
" Olhando com quase piedade para Cornélia, a ilustre visitante lhe indagou:

"É verdade que você não tem jóias? Será verdade que você é assim tão pobre?"

Sem pestanejar, a anfitriã respondeu:

 "de forma alguma. Tenho jóias muito mais valiosas que as suas!" Os irmãos Tibério e Caio se entreolharam. Seria possível que sua mãe possuísse jóias e eles não soubessem? Acaso teria ela um cofre secreto? Seriam suas jóias de tamanho valor que ela não as usasse, temendo ladrões? Mas Cornélia se aproximou dos dois filhos, abraçou-os sorrindo e falou: "estas são as minhas jóias. Não são muito mais preciosas do que as suas pedrarias?
" São verdadeiramente jóias preciosas os filhos que nos chegam. Alguns pedras brutas para lapidação, outros já deixando perceber o fino trabalho da ourivesaria dos tempos, da lapidação das várias vidas. Quantos de nós nos apercebemos de tal riqueza? Quanta vez preferimos ilusões do mundo a estar com nossos pequenos?
Quantas vezes preferimos colocar-nos ante a televisão, permitindo que os anos se sucedam e nossas preciosidades cresçam sem o cuidado e o carinho de que necessitam!
E haverá algo mais precioso do que o sorriso de uma criança? De um abraço generoso? De suas carícias com as mãozinhas tépidas em nossos rostos?
Atendamos aos nossos pequenos, jóias raras que Deus nos confiou por breve tempo. Não percamos oportunidades de estar com eles, de senti-los, de amá-los.
Porque de todos os tesouros do Universo, o amor é o mais valioso e duradouro.
Você sabia que Cornélia era mãe de Tibério e Caio Graco, que se tornaram estadistas em Roma?
E quando o povo romano erigia estátuas em honra dos irmãos, nunca esquecia de prestar tributo à mulher que os ensinara a ser sábios e bons?

Redação Momento Espírita,

quarta-feira, 4 de abril de 2012

Pedro

Não és tu um dos companheiros deste homem?
Indagou uma serva.

Estás enganada, não sou. Não vieste socorrer o teu Mestre? Indagaram outras pessoas junto a um braseiro.

Que Mestre? Nunca fui discípulo deste homem.

 
É este!... É bem o discípulo que nos atacou à espada, entre as árvores do Horto, gritou um soldado.

Estás enganado amigo! Vê que isso não seria possível.

                                                   * * *
Esta é uma das passagens mais conhecidas sobre Pedro: o fato de ele ter negado Jesus.

O ser humano, infelizmente, ainda guarda a parte negativa das pessoas, não percebendo o que há de bom em cada uma delas.

Simão era o seu nome. Bar Jonas, por ser filho de Jonas.

Era um simples pescador do Lago da Galiléia. De estatura mediana, mas extremamente forte, de barbas endurecidas pelos ventos e tempestades.

Após conhecer o Mestre Nazareno, dedicou-Lhe toda atenção, acolhendo-O em sua modesta casa de pescador, junto à sua família.
Se a multidão de necessitados procurava o Mestre e ameaçava esmagá-Lo, era Pedro que se interpunha e O protegia.

Quando Jesus pregava para o povo nas sinagogas, na beira do lago ou nas montanhas, ele ficava de olhos fixos no Mestre, embevecido com a Sua mensagem.

Pedro foi um dos principais personagens do Novo Testamento. Na maioria dos acontecimentos ele estava presente. Na transfiguração de Jesus no Monte Tabor, nas inúmeras curas feitas pelo Mestre, vamos encontrar o amigo sempre dedicado e atencioso.

O próprio Jesus o perdoou por tê-Lo negado, dizendo que o homem do mundo é mais frágil do que perverso, porque conhecia a debilidade das almas, que considerava Suas ovelhas bem-amadas.

Assim era Pedro, possuidor de fragilidades, mas com a alma sempre afável disposta a ajudar a todos quantos o buscavam.

Mas foi após a partida de Jesus que Pedro mais se revelou, erguendo a Casa do Caminho, para atender a toda sorte de necessitados.

Na Casa do Caminho o sofrimento encontrava lenitivo. Eram velhos ulcerados, loucos, crianças paralíticas, e outros enfermos do corpo que ali descansavam e se refaziam.

Quando Pedro fora preso, todos os doentes capazes de se moverem, cercaram-no chorando comovidamente. Algumas crianças o chamavam de pai. Anciões trêmulos afagavam-lhe as mãos.

Quem se compadecerá de nós agora?! Perguntava uma velhinha debulhada em pranto.

Meu pai, onde vão levá-lo agora? - Dizia um órfão afetuoso, abraçando-se ao prisioneiro. Assim era Pedro, o amor em pessoa.

Pelas suas mãos muitos foram curados. O povo lhe prestava grandes louvores, e cada vez aumentava a multidão de necessitados a procurá-lo em busca de alívio para suas dores.

Pedro, como tantos outros apóstolos do Cristianismo nascente, não se furtou ao testemunho por amor ao Cristo.

Foi perseguido, preso, e sofreu todo tipo de humilhações em nome do Evangelho.

Como último gesto de humildade, não aceitou ser crucificado como o Seu Mestre, pediu para que o crucificassem de cabeça para baixo, pois não se julgava merecedor de morrer como morrera o Mestre amado.

Redação do Momento Espírita. Em 12.06.2009.

Páscoa

Você já deve ter percebido, pelas prateleiras abarrotadas de ovos e coelhos de chocolate, que se aproximam os dias da Páscoa. Os meios de comunicação, em geral, não lhe deixariam esquecer tal data.

Se, no entanto, alguém lhe perguntasse o que é a Páscoa, você saberia responder? Qual a relação com ovos, coelhos e chocolates?

Tem-se notícias de que os israelitas, bem antes de Moisés, celebravam a Páscoa, sempre na primeira lua cheia da primavera, quando ofereciam à Divindade os primogênitos do seu rebanho.

A palavra em aramaico pashã, em hebraico pesah (pessach), significa a passagem. Segundos uns, do sol pela constelação do carneiro ou da lua pelo seu ponto mais alto. Nas línguas saxônicas o nome indica uma associação com o mês de abril, quando se comemorava a morte do inverno e a recuperação da vida, a chegada da primavera.

O sentido de passagem é relacionado no livro bíblico Êxodo. Foi na época da Páscoa que se deu a libertação do povo hebreu.

Cerca de quinze séculos antes de Cristo, depois de ter vivido cerca de quatro séculos no Egito, duramente tratado pelos faraós, conseguiu o povo de Israel abandonar para sempre a terra da escravidão. Naquela noite, os hebreus se serviram da carne assada de um cordeiro, pães ázimos, isto é, sem sal e fermento e alfaces amargas.

Em memória daquela noite, todo ano, pelo catorze de Nisan (o mês de abril), os chefes de família celebravam a Páscoa comemorando agora a libertação do cativeiro egípcio.

Os Evangelhos nos dão notícias da última ceia de Jesus com os Apóstolos justamente à época da Páscoa. A paixão, morte e ressurreição de Jesus coincidiram com essa festa.

Para os cristãos, a data deve lembrar a ressurreição do Cristo. Após a Sua morte na cruz, Ele se mostra vivo para os Apóstolos, discípulos e amigos.

Em corpo espiritual, Ele penetra em recintos fechados, aparece e desaparece, fala em tom breve. Seus discípulos sentem que já não é um homem. É, no entanto, o amigo que retorna para orientar, esclarecer.

Jesus voltou, indicando que a morte não existe, provando todas as Suas palavras, dando testemunho da Imortalidade. Paulo de Tarso, o Apóstolo dos Gentios, afirmava que se o Cristo não ressuscitara, vã seria nossa fé.

O costume de oferecer ovos como presente, nessa época, remonta aos antigos egípcios. Entre nós, o costume foi trazido por missionários que visitaram a China.

Só que antigamente, eram ovos mesmo, de pata ou de galinha, coloridos e enfeitados, depois transformados em ovos de chocolates.

Para alguns historiadores, o coelho, por ser o animal que mais se reproduz, traduz antigos ritos da fertilidade.

Assim, a Páscoa para o cristão deve lhe trazer à memória o ensino vivo da Imortalidade, atestado pelo próprio Cristo.

Recordar Jesus, pois, Seus ditos e Seus feitos: eis a verdadeira comemoração da Páscoa.

Importante que nos libertemos de ritualismos, de cultos exteriores, que nos retardam o progresso. Só então o Reino de Deus fará morada em todos os corações, realizando-se a reforma íntima de todos os homens.

                                          * * *

Os ovos de chocolate foram introduzidos no Brasil entre os anos de 1913 e 1920, por imigrantes alemães.

Foi a partir do século XVIII que se passou a incorporar o ovo de chocolate na comemoração da Páscoa.

Redação do Momento Espírita. Em 22.08.2011.

terça-feira, 20 de março de 2012

Valorização das tarefas


Conta-se que, em certa localidade, havia dois irmãos. Um, desde cedo se aprimorou nas ciências, estudando e trabalhando com afinco. Conquistou um bom emprego como ministro do rei.

O outro não desejou estudar e, dadas as necessidades, empregou-se como remador. Mas vivia reclamando da boa vida do irmão e da nulidade que era a sua.

Certo dia o rei realizou uma viagem, com seu ministro, e utilizou justamente o barco onde ele servia como remador.

Durante todo o dia, o rei observou-o a reclamar da sua má sorte e da boa estrela do irmão, sentado confortavelmente ao lado do monarca.

Quando caiu a noite e eles atracaram em um porto, o rei o chamou e lhe disse: Ouvi um barulho na margem esquerda. Você pode verificar de que se trata?

O remador foi ao local e voltou dizendo que o que o soberano ouvira fora os ruídos de uma gata dando à luz.

E quantos gatos ela pariu? - Perguntou o rei.

O remador saiu a correr e retornou com a resposta: São cinco, meu senhor.

Quantos machos e quantas fêmeas? - Tornou a perguntar o rei.

Retornou o remador, voltando com a resposta mais tarde:

Senhor, são três fêmeas e dois machos.

E a quem pertencem? - Indagou de novo o governante.

Cansado, foi novamente o remador até o local para descobrir que pertenciam a um velho barqueiro.

Então, o monarca chamou pelo seu ministro, irmão do remador e lhe fez o mesmo pedido:

Ouvi ruídos na margem esquerda.Pode verificar e me informar do que se trata?

Algum tempo depois, retornou o ministro com a resposta:

Senhor, o ruído ouvido por Vossa Alteza foi de uma gata dando à luz cinco filhotes: três fêmeas e dois machos. A gata pertence a um velho barqueiro, com quem falei. Ele me disse que, tão logo tenham sido desmamados os filhotes, ele se sentirá honrado em presenteá-lo com um deles, se for do seu agrado.

O soberano olhou para o remador e disse:

Percebeu, meu filho, por que cada um de nós possui uma tarefa diferente a realizar? Cada um realiza aquilo para o que possui melhores qualidades. Uns mandam, outros executam.

Uns estudam e alcançam grandiosidades. Outros realizam o trabalho braçal, por se adaptarem bem a essa tarefa. Contudo, são todos importantes.

Volta ao teu trabalho e deixa de reclamar. Teu irmão mereceu o posto que lhe dei, que muito lhe exige.

Por tua vez, executa com amor o teu trabalho e o dignificarás. Pensa em quantas vidas transportas na tua embarcação e pelas quais és responsável. Não te desvalorizes, nem a tua tarefa. cresce, executando-a.

                                                  * * *

A profissão é também uma forma de servir à Humanidade, enquanto o Espírito se encaminha para Deus.

É oportunidade de crescimento e de aprimoramento. Não desprezemos a tarefa que nos compete, por mais insignificante que nos pareça.

Redação do Momento Espírita. Em 10.02.2010.

Valer-se da luz


Em uma passagem do Evangelho segundo São João, Jesus afirma:

Andai enquanto tendes luz, para que as trevas não vos apanhem.

Trata-se de uma curiosa advertência feita aos seguidores do Mestre.

Não se há de imaginar que ela se dirigisse apenas àquela pequena multidão que O rodeava na oportunidade.

Cuida-se de um alerta de que a oportunidade de autoiluminação precisa ser bem aproveitada.

O homem na Terra encontra-se situado entre o passado e o futuro.

Suas experiências anteriores na Terra, de modo geral, não lhe são acessíveis à memória.

Para que não se perca em vaidades, rancores e culpas, ele esquece o que já viveu antes de renascer.

De outro lado, o futuro é uma incógnita.

O passado e o futuro somem nas trevas do esquecimento e da incerteza.

Já os tesouros do presente representam oportunidades preciosas.

Para que o futuro surja ornado de bendita luz, importa bem aproveitar o tempo atual.

A esmagadora maioria das personalidades humanas não possui outra paisagem.

Raros são os que trazem do passado uma bagagem de feitos nobres e vivências dignas.

A maioria aporta na existência atual com inúmeros problemas para superar.

Sejam vícios, inimizades ou fragilidades morais as mais diversas.

Esse quadro desolador precisa ser revertido com a santa oportunidade do momento presente.

Urge valorizar a existência terrena, tal qual se apresenta.

Não sonhar com facilidades indevidas e nem reclamar dos desafios que surgem.

A vida na Terra, embora transitória, é a chama que coloca o homem em contato com o serviço de que ele necessita.

O caminho que surge difícil, por vezes áspero, faculta a jornada de ascensão.

Representa a luz a ser bem aproveitada.

No esforço do viver digno, torna-se possível resgatar, corrigir, reconciliar e enriquecer-se de valores espirituais.

É conveniente pensar na advertência do Mestre: andar enquanto há luz, para não ser apanhado pelas trevas.

A vida na carne passa muito rápida.

Quem escolhe o caminho do vício ou do egoísmo em pouco tempo se arrepende.

Toda conquista malsã fica na borda do túmulo.

Já a consciência segue imortal, luminosa ou entenebrecida pelo que se decidiu viver.

Para não ser surpreendido por um coração trevoso, urge aproveitar a dádiva do tempo no trabalho edificante.

Afastar-se da condição inferior, mediante a aquisição de mais alto entendimento.

Sem os característicos da melhoria e do aprimoramento no ato da marcha, o homem é dominado pelas trevas.

Pense nisso.

Redação do Momento Espírita, com base no cap. 6 do livro Pão nosso,
pelo Espírito Emmanuel, psicografia de Francisco Cândido Xavier, ed. Feb.
Em 13.06.2011.

Uma vaga tristeza...

Você já percebeu que, às vezes, uma vaga tristeza se apodera dos nossos corações e nos leva a considerar amarga a vida?

É que nosso Espírito, aspirando a felicidade e a liberdade, se sente esgotado, cativo ao corpo que lhe serve de prisão, em vãos esforços para sair dele.

Reconhecendo inúteis tais esforços, caímos no desânimo e, como o corpo sofre essa influência, toma-nos o cansaço, o abatimento, uma espécie de apatia. E nos julgamos infelizes.

A saudade dos amores que já se foram comprime-nos o peito, e a solidão aproveita para se instalar em nossa alma sofrida.

Os dias se sucedem e a tristeza teima em nos fazer companhia...

No entanto, é preciso que resistamos com energia a essas impressões que nos enfraquecem a vontade.

São inatas no Espírito de todos os homens as aspirações por uma vida melhor.

O próprio Cristo falou da felicidade que Deus nos reserva, na vida futura, após vencidas as etapas que nos competem na estrada evolutiva.

Devemos, por nossa vez, aguardar pacientemente o anjo da libertação, para nos ajudar a romper os liames que nos mantém cativos ao corpo carnal.

Lembremo-nos de que, durante a nossa estada na Terra, temos de desempenhar uma missão de que não suspeitamos, quer dedicando-nos à família, quer cumprindo outras obrigações que Deus nos confiou.

E se, no decorrer desse período, advierem as inquietações, as tribulações, as noites sem estrelas, os dias amargos, devemos manter-nos fortes e corajosos para os suportar.

Nesses dias difíceis, é importante que cerremos os olhos e voltemos nossos sentimentos ao alto, numa oração sincera, buscando forças.

E, ainda que tudo pareça envolto em escura neblina, perceberemos os sons de uma melodia distante, convidando-nos a dar alguns passos a mais...É a voz do suave Pastor que jamais nos deixa sós.

É a cantiga dos imortais, que superaram com bravura as refregas da vida física, dizendo-nos que os momentos amargos duram pouco, e nos conduzirão à companhia dos amigos por quem choramos e que, felizes por ver-nos de novo entre eles, nos estenderão os braços, a fim de guiar-nos a uma região inacessível às aflições da Terra.

                                                          * * *

Todos os sofrimentos: misérias, decepções, dores físicas, perda de seres amados, encontram consolação na fé, na confiança em Deus e nos demais ensinos do Cristo.

Sobre aquele que, ao contrário, nada espera após esta existência, ou que simplesmente duvida, as aflições caem com todo o peso e nenhuma esperança lhe alivia a amargura.

Foi isso que levou Jesus a dizer: Vinde a Mim todos vós que estais fatigados, que Eu vos aliviarei.

Redação do Momento Espírita, com base no cap. V, item 25 e no cap. VI, item 2 do livro
O evangelho segundo o Espiritismo, de Allan Kardec, ed. Feb.
Em 25.07.2008.

domingo, 26 de fevereiro de 2012

Valeu a Pena?

Você, que é um homem de negócios, e se diz bem sucedido, está feliz com a vida que leva?

Se você sabe dividir bem o seu tempo entre o trabalho e a família, entre as coisas da Terra e os valores espirituais, então você é alguém muito bem sucedido.

Todavia, se é daqueles que não trabalha para viver mas vive para trabalhar, chegará um dia em que você perguntará a si mesmo: Valeu a pena?

E chegará à conclusão de que não valeu a pena tanta correria, para ganhar dinheiro e não usufruir.

Vai ver que o tempo passou e o cansaço tomou conta do seu corpo.

Vai perceber que mesmo rodeado de muita gente, você se sente só.

Um dia, você vai recolher-se no quarto e vai ter vontade de abraçar o travesseiro, porque não sobrou ninguém para abraçar.

Vai ver que foi entrando numa roda viva, que não é mais dono do tempo que dizem que é seu, e que não pode gastá-lo com qualquer um.

Vai ver que o carro já está se tornando um problema, e não um conforto, que o telefone perturba, que a gravata incomoda...

Perceberá que o seu patrimônio lhe exige tempo demais, e que acabou sendo possuído ao invés de possuir.

E, por mais que tente se livrar de tudo isso, é um escravo, embora invejado por muitos.

Vai ver que não valeu a pena passar vários anos sem férias, sem descanso.

Vai ver que não tem mais ilusões e a esperança anda com vontade de dormir...

Um dia você vai ver que passou pela vida e não viveu.

Freqüentou o mundo sem saber porquê, rodou, rodou, e não saiu do lugar...

Pensou que foi, mas ficou.

Teve tudo e não sentiu nada.

Um dia, você verá que o tempo escoa tão rápido como areia fina por entre seus dedos.

E, quando chegar esse momento, você vai sentir vontade de voltar no tempo e gastar suas horas de forma diferente.

Vai querer sorrir, amar, estar com a família, misturar-se com as crianças e estender a mão ao próximo.

Vai desejar o abraço da esposa, sempre relegada a segundo plano.

Vai querer sentir a mão do seu filho acariciando-lhe os cabelos...

Vai preferir uma pizza com a criançada em vez de um jantar de negócios.

Vai desejar ser dono das horas, tirar férias, curtir tudo o que gosta...

Mas, se você deixar isto para pensar só um dia... que nunca chega, talvez você não tenha mais tempo...

Por essa razão, se você se permitiu alguns minutos para refletir sobre esta mensagem, não deixe para depois tudo o que você pode fazer agora.

Sorria, ame, curta a sua família, role no chão com seus filhos, abrace a esposa, beije sua velha mãe, diga a seu pai que o ama e gaste uma porção do seu tempo com os amigos...

Tire férias, faça um check-up, cuide da saúde, invista um pouco em você.

E aproveite para refletir sobre as coisas espirituais, já que você é um ser imortal, criado para a eternidade...

                                                 * * *

Se você nunca sentiu o perfume de uma flor...

Jamais estendeu a mão a alguém necessitado de amparo...

Nunca observou o crepúsculo ou contemplou uma aurora...

Não tem tempo para dedicar aos familiares...

Não sai de férias há anos, para manter o serviço em dia...

Nunca emprestou um pouco do seu tempo a algum tipo de serviço social...

Então você já está morto, e ainda não percebeu.

Pense nisso, mas pense agora!

Redação do Momento Espírita, com base em texto da página geocities.com/heartland/village/1660. Em 14.01.2008.

O Valor de Um Sorriso

Não custa nada e rende muito.

Enriquece quem o recebe, sem empobrecer quem o dá.

Dura somente um instante, mas seus efeitos perduram para sempre.

Ninguém é tão rico que dele não precise. Ninguém é tão pobre que não o possa dar a todos.

Leva a felicidade a todos e a toda parte.

É o símbolo da amizade, da boa vontade. É alento para os desanimados, repouso para os cansados, raio de sol para os tristes, consolo para os desesperados.

Não se compra nem se empresta.

Nenhuma moeda do mundo pode pagar seu valor.

Você já sabe do que se trata?

Trata-se de um sorriso.

E não há ninguém que precise tanto de um sorriso como aqueles que não sabem mais sorrir.

Aqueles que perderam a esperança. Os que vagueiam sem rumo. Os que não acreditam mais que a felicidade é algo possível.

É tão fácil sorrir! Tudo fica mais agradável se em nossos lábios há um sorriso.

Tudo fica mais fácil se houver nos lábios dos que convivem conosco um sorriso sincero.

Alguns de nós pensamos que só devemos sorrir para as pessoas com as quais simpatizamos.

São tantas as que cruzam nosso caminho diariamente. Algumas com o cenho carregado por levar no íntimo as amarguras da caminhada áspera. Poderemos colaborar com um sorriso aberto, no mínimo para que essa pessoa se detenha e perceba que alguém lhe sorri, já que o sorriso é um alento.

Sorrir ao atender os pequeninos que acorrem nos semáforos à procura de moedas.

É tão triste ter que mendigar e mais triste ainda é receber palavras e gestos agressivos como resposta.

Se é verdade que essa situação nos incomoda, não é menos verdade que não gostaríamos de estar no lugar deles.

Eles são tão pequeninos!

Se têm a malícia dos adultos é porque os adultos os induzem a isso. Mas no íntimo são inocentes treinados para parecer espertos, em meio às situações mais adversas.

O sorriso é uma arma poderosa, da qual nos podemos servir em todas as situações.

Se, ao levantarmos pela manhã, cumprimentarmos os familiares com um largo sorriso, nosso dia certamente será melhor, mais alegre. Se, ao entrarmos no elevador, saudarmos com um sorriso os que seguem conosco, ao invés de fecharmos o rosto e olharmos para cima ou para baixo, na tentativa de desviar os olhares, com certeza o nosso dia será mais feliz. Porque todos nos verão com simpatia e nos endereçarão energias salutares.

O sorriso é sempre bom para quem sorri e melhor ainda para quem o recebe.

O sorriso tem o poder de fazer mais amena a nossa caminhada.

Dessa forma, se não temos o hábito de levar a vida sorrindo, comecemos a cultivá-lo, e veremos que sem que mude a situação à nossa volta, nós, intimamente, nos sentiremos mais felizes.

                                              * * *

O cenho carregado, ou seja, a cara amarrada, como se costuma dizer, traz ao corpo um desgaste maior que o promovido pelo sorriso.

Isto quer dizer que, quando sorrimos, utilizamos menos músculos e fazemos menos esforços.

Assim sendo, até por uma questão de economia, é mais vantajoso sorrir.

  Redação do Momento Espírita, com base em mensagem de autoria desconhecida.
Disponível no CD Momento Espírita, v.4, ed. Fep.
Em 22.04.2009.

Valores do Corpo e do Espírito

Viver no mundo é estar em contato permanente com o desejo de ter coisas, pessoas, riquezas.

Nos shoppings e meios de comunicação, o apelo é sempre para comprarmos mais, consumirmos mais, acumularmos mais.
O que fazer, já que somos treinados desde pequenos para desejar conforto, prazeres, bens?

Como escapar a esse verdadeiro fascínio que as coisas materiais exercem sobre nós e nos tornam escravos do trabalho e do dinheiro?

Havia um homem muito rico, um milionário cujas terras pareciam não ter fim. Certa noite, ele olhava para a extensão de suas propriedades e alegrava-se profundamente.

Via os imensos campos, os trigais maduros, os celeiros cheios, as moedas que enchiam os cofres.

Ele pensava: “Tenho tanta coisa que já nem cabe nos depósitos. Amanhã mandarei derrubar estes celeiros e construirei outros maiores.”

E o homem dizia para si mesmo: “Alegra-te, minha alma, pois tens riquezas para muitos anos. Descansa, come, bebe, diverte-te.”

O que esse homem não sabia é que naquela mesma noite morreria. Suas terras, riquezas e todos os seus bens materiais ficariam para trás.

A história desse homem rico é adaptação de uma parábola contada por Jesus.

Era uma ocasião em que o Mestre queria ensinar que não devemos nos fixar excessivamente nas coisas materiais, pois elas são temporais, passageiras.

Ensinava Jesus que os verdadeiros valores são os do espírito. Esses continuam conosco: seguem com a nossa alma quando a morte chega. Por isso eles devem ser a nossa principal fonte de atenção.

O mundo exerce um enorme fascínio sobre as pessoas. Ao nascermos, esquecemos nossa verdadeira origem: a natureza espiritual. E mergulhamos em um ambiente onde quem é mais esperto e competitivo leva a melhor.

Para piorar, somos julgados pelo modo de vestir, pelo lugar em que moramos, pelo tamanho da conta bancária.

Muitas vezes desejamos escapar dessa lógica perversa, mas como fazer isso?

Alguns mais radicais acreditam que a solução é fugir do mundo, escapar das regras sociais, viver como ermitão, longe de tudo e de todos.

É uma opção extrema, mas não é a solução.

A vida em sociedade lapida os nossos relacionamentos. Isolar-se é fugir. No relacionamento com as pessoas é que podemos ver quem realmente somos.

Viver em isolamento é uma artificialidade. Coragem real é expor-se às situações e tornar-se vencedor.

Por isso, para escapar da atração das coisas materiais a solução é o equilíbrio. Trabalhar sim, mas sem se tornar escravo.

Acumular o suficiente para o sustento do corpo, mas sem ceder à ganância. Desejar as coisas boas, mas sem exageros.

Uma frase resume tudo isso: viver no mundo e não para o mundo.

E a fórmula para manter os pés no chão é bem simples: basta lembrar que um dia deixaremos roupas, jóias, imóveis, dinheiro. Tudo ficará aqui na Terra.

E, ao morrermos, a pergunta então será: o que levamos com a nossa alma? Que exemplos deixaremos? Que boas lembranças nossos amigos e parentes terão de nós? Acredite: isto, sim, é essencial.

Texto da Redação do Momento Espírita.

Marcadores

Arquivo do blog