Leia as mensagens com o coração e reflita . Que elas possam fazer o bem a pelo menos uma pessoa que por aqui passar.

Jesus o Grande Mestre.

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sábado, 11 de fevereiro de 2012

Valores Reais

O nome do casal Curie, Pierre e Marie, estará para sempre associado à radioatividade. Desde o momento em que Marie Curie conseguiu isolar um precioso grama de radium, a vida de ambos se modificou
.
Em 1903, foram convidados para uma conferência sobre o radium, que se realizaria em famosa instituição de Londres.

O casal foi. Pela primeira vez uma mulher era admitida às sessões daquela instituição londrina.

Eles compareceram a muitas recepções, pois todos desejavam conhecer os pais do radium.

Pierre foi às brilhantes recepções vestido de preto. A mesma roupa que utilizava no curso que ministrava em Paris. Marie era olhada como um animal muito raro. Ela era um fenômeno, uma mulher física.

Ela usava vestido escuro com leve decote e mãos sem luvas. As mãos que se apresentavam roídas pelos ácidos das experiências.

Contudo, as damas que compareciam aos banquetes usavam nos dedos e no colo as mais preciosas pedras do Império Britânico.

Marie sentia um verdadeiro prazer em contemplar essas joias. Observou também que o marido olhava as joias de forma fixa, passeando o olhar por todas aquelas belas mulheres, carregadas de preciosidades.

À noite, quando se recolheram ao quarto para o repouso, ela comentou:

Nunca imaginei que existissem joias assim. Que coisa maravilhosa!

O marido sorriu e falou:

Durante o jantar, fiquei observando os anéis, os colares e os brincos. Enquanto todos conversavam comecei a fazer a conta de quantos laboratórios seria possível construir com as pedras que cada uma dessas damas carregava. E para nós seria suficiente um laboratório.

Quando chegou o fim do jantar, acredite, a minha conta já tinha alcançado um número astronômico.

                                                     * * *

Assim são as grandes almas. Tudo o que veem, o que para os outros é simplesmente beleza, ornamento ou capricho, para elas se transforma em algo incrivelmente útil.

Grande é a sua capacidade de ver o bem a ser feito e espalhado, nas maiores proporções possíveis.

Eles nos ensinam, com suas vidas, que existem valores mais preciosos do que aqueles perecíveis, que mudam de mãos ao sabor das questões financeiras.

Convidam-nos, igualmente, a olhar em nossos lares, em nossos armários com atenção e descobrir o que se encontra ali guardado há muito tempo, sem uso, e que, em mãos sábias se transformaria em agasalho, alimento ou abrigo às criaturas necessitadas.

                                                    * * *

O casal Curie renunciou à riqueza, ao partilhar suas descobertas na íntegra com todos os demais sábios.

Eles poderiam ter se considerado os descobridores do radium e patenteado a sua descoberta. Teriam, assim, assegurado os seus direitos de participação na indústria do radium.

Mas como perceberam que o radium poderia servir para a cura de doentes, acreditaram ser errado retirar vantagens disso.

Com incrível senso de humanidade e doação, cederam todas as suas informações, partilhando a descoberta que hoje beneficia inumeráveis vidas.

Redação do Momento Espírita, com base no cap. 16, do livro Madame Curie, de Eva Curie, ed. Companhia Editora Nacional.
Disponível no livro Momento Espírita, v.2, ed. Fep. Em 22.11.2011.

Valores

Como anda a sua escala de valores?

Ser imortal que você é, tem buscado valorizar o que tem valor efetivo, ou ainda tem dado importância às coisas efêmeras e fúteis?

  Tem ocupado seu tempo com coisas úteis ao seu progresso intelectual e moral ou somente com as coisas passageiras, na busca de satisfações imediatas?

  Esses questionamentos devem ser uma constante em nossas vidas, ou, pelo menos na vida daqueles que realmente anseiam por melhores dias.

  Alguns de nós dedicamos muito tempo relembrando ou lamentando o passado.

  Ou, ainda, pensando no futuro próximo nos esquecemos de viver o presente. O momento atual. O nosso hoje.

O passado deve nos servir de lição, de experiência, mas é passado e não pode ser modificado.

  O futuro, esse sim, é construído agora, no momento atual. E não pode ser antecipado.

  Por vezes, a sociedade tem se ocupado com coisas que não contribuem em nada e até são prejudiciais ao desenvolvimento do ser.

Exemplo disso, nós encontramos na mídia. Madre Teresa, que dedicou sua vida ao bem, fazendo das suas mãos uma extensão das mãos do suave Rabi da Galiléia, atendendo os necessitados de Calcutá, dava menos ibope, nos meios de comunicação, do que uma luta de boxe, por exemplo.

  Homens se esbofeteando ocupam os horários nobres nos telejornais, nas revistas e em outras mídias.

  São pagos milhões de dólares para vê-los esmurrarem-se mutuamente e ficamos satisfeitos.

  Cientistas que dedicam a vida inteira, comprometendo a saúde, em busca de melhores dias para a humanidade, são desconhecidos, quase não se ouve falar deles.

Os piores traficantes, assassinos, sequestradores, esses sim, são notícia.

Talvez esses venham a ser os ídolos dos nossos filhos, pois desses eles ouvem falar, e muito.

Assim, vale a pena pensar sobre o que temos valorizado. Sobre que valores temos passado aos nossos filhos.

Enquanto pessoas vazias dão respostas tolas, quando entrevistadas, Madre Teresa expressou um pouco da sua grande sabedoria, ao responder um pequeno questionário:

  O dia mais belo? Hoje.
  A coisa mais fácil? Errar.
O maior obstáculo? O medo.
O maior erro? O abandono.
A raiz de todos os males? O egoísmo.
  A distração mais bela? O trabalho.
A pior derrota? O desânimo.
Os melhores professores? As crianças.
A primeira necessidade? Comunicar-se.
O que mais a faz feliz? Ser útil aos outros.
O maior mistério? A morte.
O pior defeito? O mau humor.
A pessoa mais perigosa? A mentirosa.
O pior sentimento? O rancor.
O presente mais belo? O perdão.
  O mais imprescindível? O lar.
A rota mais rápida? O caminho certo.
  Sensação mais agradável? A paz interior.
A proteção efetiva? O sorriso.
  O melhor remédio? O otimismo.
  A força mais potente do mundo? A fé.
  As pessoas mais necessárias? Os pais.
A mais bela de todas as coisas? O amor.
Vale a pena anotar essas pérolas de sabedoria de alguém que foi um exemplo de vida, comprometida com os mais nobres e duradouros valores. ***

Um dia, Jesus nos chamou a atenção dizendo: Porque onde estiver o teu tesouro, aí estará também o teu coração.

Nesta frase curta e profundamente filosófica, Jesus nos deu uma fórmula infalível de avaliar onde estão depositados nossos verdadeiros valores, que é onde nosso coração está empenhado.

  Redação do Momento Espírita.
  Disponível no CD Momento Espírita, Coletânea v. 8 e 9, ed. Fep. Em 04.05.2009.

Valor imperecível

O homem vale mais do que o mundo inteiro com as suas jazidas, os seus diamantes e todo tipo de pedras preciosas.
No entanto, esquecido de seu próprio valor, o homem consome-se e esgota-se na conquista do que é perecível.
Perde-se na busca frenética de bens cujo valor é discutível, uma vez que só valem diante de convenções estabelecidas pelos caprichos e vaidades do próprio homem.
Acostumou-se a dar elevada importância ao que tem valor muito relativo, ou não tem valor algum.
Acaba esquecendo do valor de si próprio, positivo e incalculável.
Ao dinheiro, à prata e ao ouro, bens considerados como preciosos, o homem sacrifica a si mesmo.
Vende por moedas a sua paz de consciência e seu bem-estar.
Exaure suas melhores energias na corrida incessante e cruel pela posse de tesouros e pela sensação ilusória de poder e glória.
Por isso, equivocadamente, costuma-se julgar perdida a existência que transcorre na humildade de um lar ignorado, ou na reclusão de um hospital, porque se acredita que em tais circunstâncias, o homem se vê impedido de buscar aquilo que se supõe valioso.
No entanto, é certo que tais vidas podem ser tão fecundas e brilhantes quanto quaisquer outras.
O mundo admira e se deixa levar por meras exterioridades.
Ostentação e brilho seduzem os sentidos e enganam, por curto tempo, mentes despreparadas.
O verdadeiro valor, porém, está no interior do homem.
Está no seu caráter, nos seus sentimentos e na sua inteligência.
Não é a forma que encerra o valor a que nos estamos referindo: é o Espírito; é a alma, o eu imortal, sede das faculdades e poderes cuja origem é divina.
Desenvolver os próprios talentos é realizar o objetivo supremo da vida.
Aquele que mais e melhor desenvolve seus próprios recursos mais aumenta o seu valor intrínseco.
É tão importante e tão sagrada a conquista desse ideal que Deus, em Sua soberana justiça, mantém assegurada e intangível, em todos os homens, a possibilidade de realizá-la.
O paralítico, o cego, o enfermo, não está impedido de visar, com êxito, o alvo grandioso da vida.
Mesmo que encerrem o homem em um calabouço escuro e infecto, ainda assim ele conservará a capacidade de aprimorar seus sentimentos e galgar novos degraus na escala evolutiva.
Mesmo que o algemem, acorrentem-no e cravem-no em uma cruz, mesmo dessa forma ele poderá ser um vencedor.
Embora crucificado, apelando para suas próprias forças, ele logrará elevar-se das misérias da Terra, em direção às grandezas do Céu.
***
Arrastados pelas convenções humanas, somos levados a crer que o ter é mais importante do que o ser.
Ter belas casas, ter luxuosos carros, ter um corpo de plástica impecável...
Ter poder, ter sucesso, ter reconhecimento...
Eis aí os requisitos que o mundo impõe como necessários à felicidade humana.
No entanto, são quimeras incapazes de resistir à ação do tempo e do próprio egoísmo humano.
São tesouros sujeitos à ação da ferrugem e das traças.
E, no dizer de Jesus, fica a questão: De que vale ao homem ganhar o mundo inteiro e perder-se a si mesmo?
Redação do Momento Espírita, com base no cap. Valor imperecível,
do livro Nas pegadas do Mestre, de Vinícius, ed. Feb.
Em 08.04.2009.

sábado, 10 de dezembro de 2011

Não desistir jamais!



Você já pensou em abandonar algum compromisso, alguma atividade antes de acabá-la, só porque estava difícil demais?

Já se viu desistindo de resolver um grande problema, porque ele se mostrou maior do que você estava disposto a solucionar?

Talvez muitos de nós já tenhamos passado por alguma dessas situações. O de desistir de algo, de algum intento, de algo previamente planejado.

Algumas vezes o motivo é o cansaço, outros o desestímulo, ainda pode ser a falta de perspectiva... Seja qual for a causa, o resultado é sempre o mesmo: tarefa inacabada, tarefa adiada.

Nosso livre-arbítrio nos permite tal ação, mas a resposta da vida será sempre a mesma: em algum momento, nos encontraremos novamente com o compromisso, a fim de concluí-lo.

Quanto mais importante for o compromisso adiado, mais tormentos e dificuldades, e mais energia vai-nos exigir para a sua continuidade.

Será sempre mais trabalhoso retomar o compromisso mais tarde pois, ao abandoná-lo, ele não se extingue, apenas continua lá, do mesmo tamanho e tão desafiador como sempre.

Desses compromissos que, algumas vezes pensamos em adiar, abandonar, fugir, sem dúvida, o maior deles é a própria vida.

Você já se deu conta de que viver é um grande compromisso de nós para conosco mesmo e para com Deus?

Ninguém vive por acaso, por obra do acaso e de maneira aleatória.

A vida de cada um de nós é experiência de extrema importância em nossa história de Espíritos imortais.

A cada vida, um planejamento, uma programação, sob a tutela e os cuidados da Providência Divina, para que tudo ocorra da melhor maneira possível.

Dessa forma, é natural que, para nossa vida, também estejam programados embates, desafios, alguns dissabores... São os resultados do ontem refletindo no hoje.

Mas todas as experiências que a vida nos oportuniza são para aprendizado, nada ao acaso, nada tempo perdido.

Por isso, evadir-se da vida pelo caminho infeliz do suicídio é opção insensata dos que imaginamos que todos os nossos problemas se solucionarão ao darmos as costas para eles.

Os problemas não só continuarão, como estarão aguardando nossas ações para sua solução, em momento oportuno.

É ilusão imaginar que a morte irá trazer a solução dos problemas. Pelos caminhos tristes do suicídio, ela nos trará apenas a decepção para quem se iludiu, imaginando que a vida acaba com a morte do corpo, esquecendo-se que a alma permanece.

Os nossos problemas são os mais adequados para a nossa estrutura emocional e para nossas capacidades.

Ninguém no mundo está abandonado. Deus, como Pai amantíssimo, cuida de cada um de nós, com um desvelo que poucas vezes nos damos conta.

* * *

Se algum dia tal ideia infeliz lhe passou pela cabeça, liberte-se dessa infame ilusão, pois que, por esses caminhos, a morte nada lhe trará a não ser a certeza de que tudo o que você quer abandonar hoje, terá que ser retomado mais tarde, sob a injunção de maiores dificuldades e dores.

Sem dúvida, o dia de hoje, o momento atual, é o mais adequado, favorável e feliz para a solução dos seus problemas.

Redação do Momento Espírita.
Em 19.03.2010.

Não desista do bem


Por vezes nos sentimos impotentes diante das próprias limitações.

Gostaríamos de fazer tanta coisa, de mudar as situações que nos infelicitam e fazem sofrer aqueles que nos rodeiam, mas não logramos sequer dar o primeiro passo.

Os problemas do mundo são tantos que temos a impressão de que não há nada que possamos fazer, considerando a nossa pequenez.

Talvez você também já tenha pensado em desistir do bem e deixar que as coisas sigam ao sabor dos ventos...

Talvez você desejasse ser tanta coisa e muito pouco consiga ser... Mas mesmo assim, nunca desista do bem.

Há dias em que você desejaria ser um grande e produtivo pomar...

Ante a dificuldade de consegui-lo, torne-se uma árvore frondosa e acolhedora, que produza flores e frutos.

Por vezes, você gostaria de ser uma fonte cristalina.

Não o logrando, transforme-se num vaso de água fresca e aplaque a sede de alguém.

Você desejaria ser uma montanha altaneira a apresentar horizontes infinitos ao homem que a conquistasse.

Diante da impossibilidade, seja um degrau humilde para a ascensão de quem ambiciona a glória estelar.

Você pretenderia ter um sol emboscado no coração, a fim de clarear os viajantes da noite.

Em face do impedimento, acenda uma lâmpada de esperança no caminho de um desalentado.

Você almejaria ser um jardim de bênçãos para o enriquecimento da paisagem dos homens.

Não o conseguindo, converta-se numa flor, abençoando com seu perfume, a estrada dos desesperados.

Você ambicionava as gemas preciosas do seio generoso da Terra, a fim de diminuir a dor e a miséria dos caminhantes da aflição.

Não as possuindo, distenda a palavra de renovação como pérola de inigualável valor, soerguendo quem se recusa a levantar para prosseguir na luta.

Você pensava em escrever poemas de engrandecimento à vida, enriquecendo as mentes e os corações com painéis de luz e sabedoria.

Na impossibilidade de fazê-lo por lhe faltarem os requisitos essenciais, redija uma carta singela com expressões de amor, a quem se encontra na curva da queda e perdeu a confiança na afeição dos outros.

Você esperava a melhoria das criaturas e do mundo...

Decepcionado por não poder alcançar essa difícil meta, erija no altar dos sentimentos um santuário à fraternidade e ao dever superior.

Não desista do bem, não desfaleça no bem, não duvide da vitória do bem.

Agasalhe-o no imo da alma e seja uma expressão do bem em triunfo, mesmo convertido num grão de mostarda que, todavia, produzirá estímulos vigorosos para o bem de todos.

Seja qual for a situação, jamais desista de fazer o bem.

Jamais duvide da força do bem, porque o mal não tem vida própria, ele só se insinua quando o bem não está presente.

O mal, assim como a sombra, bate em retirada aos primeiros raios de luz.

* * *

Faze o bem em toda parte com as mãos e com o coração, orando e esclarecendo, a fim de que o trabalho da verdade fulgure em teus braços como estrelas luminescentes em forma de mãos.

Redação do Momento Espírita, com base no cap. 8 do livro Momento de decisão, pelo Espírito Marco Prisco e no verbete Bem, do livro Repositório de sabedoria, v. I, pelo Espírito Joanna de Ângelis, ambos psicografados por Divaldo Pereira Franco, ed. Leal.

Em 04.07.2011.

Não deixe para depois





O pai de família chegou em casa e se sentou à mesa com as contas do mês a pagar, e algumas já vencidas, quando seu filhinho, cheio de alegria, entrou correndo na sala e disse com entusiasmo:

Feliz aniversário, papai! Mamãe disse que você está completando cincoenta e cinco anos hoje, por isso eu vou lhe dar cincoenta e cinco beijos, um para cada ano.

O garoto começou a fazer o que prometera, quando o pai exclamou:

Oh! Filho, agora não! Estou tão ocupado!

O menino fez silêncio imediato. Mas o seu gesto chamou a atenção do aniversariante.

Olhando-o, o pai percebeu que havia lágrimas em seus grandes olhos azuis.

Desculpando-se, disse ao filho: Você pode terminar amanhã.

O menino não respondeu e não foi capaz de disfarçar o seu desapontamento, enquanto se afastava.

Naquela mesma noite o pai lhe falou: Venha cá e termine de me dar seus beijos agora, filho.

Ou ele não ouviu ou não estava mais com vontade, pois não atendeu ao pedido.

Dois meses depois, um acidente levou o garoto. Seu corpo foi sepultado num pequeno cemitério, perto do lugar onde ele gostava de brincar.

Aquele pai constantemente se sentava ao lado do túmulo do seu pequeno e, observando a natureza, pensava consigo mesmo:

O canto do sabiá não é mais doce que a voz do meu filho, e a rolinha que canta para os seus filhotes não é tão gentil como o menininho que deixou de completar a sua declaração de amor.

Ah! Se eu pudesse ao menos lhe dizer como me arrependo daquelas palavras impensadas, e como o meu coração está doendo agora por causa de minha falta de delicadeza.

Hoje eu fico aqui sentado, pensando em como pude não retribuir seu afeto, e entristeci seu pequeno coração, cheio de ternura.

* * *

Às vezes, por motivos banais, deixamos passar oportunidades únicas, que jamais se repetirão em nossas vidas.

São momentos em que uma distração qualquer nos afasta do abraço afetuoso de um ser querido...

Um compromisso, que poderíamos adiar, nos impede de ficar um pouco mais com alguém que nos deixará em breve...

Depois, como aconteceu ao pai que recusou os beijos do filho, só resta a dor do arrependimento.

E essa dor é como um fogo que queima sem consumir.

E não é necessário que a pessoa a quem negamos nossa atenção seja arrebatada pela morte, para que sintamos o desconforto do arrependimento.

Quantos filhos deixam de procurar os pais, por falta de atenção, e se vão, em busca de alguém que ouça seus desabafos ou responda suas perguntas.

Quantas esposas se fecham no mutismo, depois de várias tentativas de diálogo com o companheiro indiferente ou frio.

Quantos esposos se isolam, após tentativas frustradas de entendimento.

Por todas essas razões, vale a pena prestar atenção nos braços que se distendem para um abraço, os lábios que se dispõem para um beijo, as mãos que se oferecem para um carinho.

* * *

Um gesto de ternura deve ser sempre bem recebido, mesmo que estejamos sobrecarregados, cansados, sem vontade de atender.

Uma demonstração de amor é sempre bem-vinda, para dar novo colorido às nossas horas, ao nosso dia a dia, às nossas lutas.

O amor, quando chega, dissipa as trevas, clareia o caminho, perfuma o ambiente e refaz o ânimo de quem lhe recebe a suave visita.

Pense nisso!

Redação do Momento Espírita, com base em história de autoria ignorada.

Disponível no CD Momento Espírita, v. 7 e no livro Momento Espírita, v. 3, ed. Fep.

Em 10.03.2011.

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Um tempo a mais


No parque, uma mulher sentou-se ao lado de um homem em um banco, perto do playground.

Aquele, logo ali, é meu filho, disse ela, apontando para um pequeno menino usando um suéter vermelho e que deslizava no escorregador.

Um bonito garoto, respondeu o homem e completou: Aquela, usando vestido branco, pedalando sua bicicleta, é minha filha.

Então, olhando o relógio, o homem chamou a menina.

Filha, o que você acha de irmos?

A garota suplicou: Mais cinco minutos, pai. Por favor, só mais cinco minutos.

O homem concordou e Melissa continuou pedalando sua bicicleta, para alegria do seu coração.

Os minutos se passaram, o pai levantou-se novamente e falou para a filha: Hora de ir agora?

Outra vez, ela pediu: Mais cinco minutos, papai. Só mais cinco minutos.

O homem disse: Está certo!

O senhor certamente é um pai muito paciente! Falou a mulher.

O homem, com um sorriso um tanto melancólico, falou: O meu filho mais velho foi morto por um motorista bêbado no ano passado, quando pedalava sua bicicleta perto daqui.

Eu nunca passei muito tempo com ele e agora eu daria qualquer coisa por apenas mais cinco minutos com meu filho.

Eu me prometi não cometer o mesmo erro com a irmã dele.

Ela acha que tem mais cinco minutos para andar de bicicleta. Mas, na verdade, eu é que tenho mais cinco minutos para vê-la brincar.

* * *

Com a agitação da vida moderna, nem sempre nos damos conta da importância de dedicar um pouco mais de tempo para nossos amores.

Sob o império do relógio, estamos sempre apressados, atrasados, atropelados e atropelando os passos despreocupados dos pequerruchos.

Tanto isso é uma realidade que encontramos muitas crianças contaminadas pelas neuroses dos pais.

Num período de tempo em que a criança deveria andar devagar, observar o mundo ao seu redor, esse mundo totalmente novo para ela, muitas já são vítimas da correria desenfreada que os pais lhes impõem.

A criança entra numa roda viva em que não tem tempo de brincar, de conversar com um amiguinho, de observar despreocupadamente uma vitrine, uma cena da natureza pois é arrastada pelas mãos nervosas de pais que estão sempre correndo, sempre em busca de um tempo que já se foi.

Você que é mãe ou pai, faça uma pequena pausa no seu dia, repense suas atividades, estabeleça prioridades e considere a importância de cinco minutos a mais de atenção aos filhos, sejam eles crianças, adolescentes, jovens ou adultos.

Dia desses, uma mãe nos disse que seu filho é uma pérola preciosa de valor incalculável. E falou isto com o coração cheio de ternura. O filho tem quase trinta anos, mas a mãe o conhece muito bem e sabe o valor que ele tem.

Certamente, ela o acompanha desde o ventre, dando-lhe atenção e carinho, sem se preocupar com o relógio, embora não negligenciando com suas obrigações.

Hoje em dia, muitos pais só sabem enumerar os defeitos dos filhos porque não têm tempo para conhecer suas virtudes, nem de apreciá-las.

O que ressalta é sempre o fato de estarem atrasados para levantar, para se deitar, para ir à escola ou ir para o curso disto ou daquilo.

O tempo passa breve e um dia os filhos crescem, se casam ou viajam para a Pátria espiritual. E deixam, nos pais descuidados, uma enorme sensação de vazio, por não terem percebido que os minutos se transformaram em anos.

Por todas essas razões, pare um pouco e se pergunte: Quais são as minhas prioridades?

E pense na possibilidade de dar a alguém que você ama mais cinco minutos do seu tempo, ainda hoje!

* * *

O rio das horas corre, levando em suas vibrações-tempo as oportunidades perdidas.

Redação do Momento Espírita, com base em fatos.
Em 10.08.2009.

Tempo certo


Em um dos livros bíblicos – o Eclesiastes – há um texto de grande beleza. É o capítulo 3.

Esse texto, que é atribuído ao sábio Rei Salomão, versa sobre o tempo e é uma preciosa lição.

Diz que tudo tem o seu tempo determinado, e que há tempo para todo o propósito sob o céu.

Há tempo de nascer, e tempo de morrer. Tempo de plantar, e tempo de arrancar o que se plantou.

Tempo de derrubar, e tempo de edificar. Tempo de chorar, e tempo de rir ou de dançar.

Tempo de abraçar, e tempo de afastar-se. Tempo de buscar, e tempo de perder.

Tempo de guardar, e tempo de lançar fora. Tempo de rasgar, e tempo de costurar.

Tempo de calar, e tempo de falar.

É uma sábia avaliação do ritmo e das leis que regem a vida. Nascemos quando precisamos de mais uma experiência na Terra.

E devemos deixar o corpo, no momento exato em que já cumprimos nossa missão na Terra. Nem antes, nem depois, mas no exato momento em que Deus nos convida a voltar para a nossa casa celeste.

Há a hora certa para falar: é quando nos dispomos a consolar o que chora, a emprestar um ombro amigo, a dar um bom conselho.

Há o momento de silenciar, quando basta segurar a mão de alguém e transmitir solidariedade.

E há o momento de calar, para não ofender, magoar, maltratar.

Há o momento de plantar e o de colher. Não podemos esquecer que tudo o que semearmos livremente, seremos obrigados a colher mais tarde.

É uma lei universal chamada causa e efeito: a vida nos devolverá na exata medida do que fizermos.

Seríamos tão mais felizes se observássemos o momento adequado de todas as coisas.

A vida requer olhos atentos. Não apenas os olhos físicos, mas as janelas da alma que são capazes de identificar necessidades e potenciais alheios.

As almas sensíveis reconhecem a hora certa de agir.

Diz o texto do Eclesiastes que não há coisa melhor do que alegrar-se e fazer o bem. Somente um sábio seria capaz de dizer tão profunda verdade com tanta simplicidade!

Viver contente com todos os aprendizados que a vida traz é uma arte pouco praticada e quase desconhecida.

Saber alegrar-se com as pequeninas coisas de todo dia. Descobrir poesia em pétalas de flor, luares e poentes.

E fazer o bem? Há atividade mais agradável aos olhos de Deus que amar todos os seres, respeitar a Criação Divina, impregnar-se de ternura?

É esse sentimento de admiração à obra Divina que fez o sábio Salomão escrever:

Eu sei que tudo quanto Deus faz durará eternamente. Nada se lhe deve acrescentar, e nada se lhe deve tirar.

Sim, diante da obra Divina, só nos cabe entender que nada acontece sem que o Pai Celeste saiba e permita.

Embora debaixo do sol haja mais impiedade que demonstrações de amor, mais iniqüidade que justiça, acredite: tudo está correto e seguindo a vontade Divina.

Isso é tranqüilizador.

O importante não é a maneira como os outros agem, mas como nós agimos.

* * *

Não se preocupe com os outros. Preste contas apenas de sua vida e de seus atos.

Alegre-se com o amor de Deus, aja de forma reta, tenha a consciência asserenada pelo dever cumprido. Tudo isso se transforma automaticamente em felicidade.

Redação do Momento Espírita.
Disponível no livro Momento Espírita, v. 7, ed. Fep.
Em 19.05.2008..

Tempo de amolar o machado



Conta-se que um jovem lenhador ficara impressionado com a eficácia e rapidez com que um velho e experiente lenhador da região onde morava, cortava e empilhava madeiras das árvores que cortava.

O jovem o admirava, e o seu desejo permanente era de, um dia, tornar-se tão bom, senão melhor, que aquele homem, no ofício de cortar madeira.

Certo dia, o rapaz resolveu procurar o velho lenhador, no propósito de aprender com quem mais sabia.

Enfim ele poderia tornar-se o melhor lenhador que aquela cidade já tinha ouvido falar.

Passados apenas alguns dias daquele aprendizado, o jovem resolvera que já sabia tudo, e que aquele senhor não era tão bom assim quanto falavam.

Impetuoso, afrontou o velho lenhador, desafiando-o para uma disputa: em um dia de trabalho, quem cortaria mais árvores.

O experiente lenhador aceitou, sabendo que seria uma oportunidade para dar uma lição ao jovem arrogante.

Lá se foram os dois decidir quem seria o melhor.

De um lado, o jovem, forte, robusto e incansável, mantinha-se firme, cortando as suas árvores sem parar.

Do outro, o velho lenhador, desenvolvendo o seu trabalho, silencioso, tranqüilo, também firme e sem demonstrar nenhum cansaço.

Num dado momento, o jovem olhou para trás a fim de ver como estava o velho lenhador, e qual não foi a sua surpresa, ao vê-lo sentado.

O jovem sorriu e pensou: Além de velho e cansado, está ficando tolo. Por acaso não sabe ele que estamos numa disputa?

Assim, ele prosseguiu cortando lenha sem parar, sem descansar um minuto.

Ao final do tempo estabelecido, encontraram-se os dois, e os representantes da comissão julgadora foram efetuar a contagem e medição.

Para a admiração de todos, foi constatado que o velho havia cortado quase duas vezes mais árvores que o jovem desafiante.

Este, espantado e irritado, ao mesmo tempo, indagou-lhe qual o segredo para cortar tantas árvores, se, uma ou duas vezes que parara para olhar, o vira sentado e tranqüilo.

Ele, ao contrário, não havia parado ou descansado nenhuma vez.

O velho, sabiamente, lhe respondeu:

Todas as vezes que você me via assentado, eu não estava simplesmente parado, descansando. Eu estava amolando o meu machado!

* * *

Reflitamos sobre o ensino trazido pelo conto.

Obviamente, com um machado mais afiado, o poder de corte do velho lenhador era muito superior ao do jovem.

Este, embora mais vigoroso na força, certamente não percebeu que, com o tempo, seu machado perdia o fio, e com isso perdia a eficácia.

Quando chegamos em determinadas épocas de nossas vidas, como o fim de mais um ano de trabalho, de esforço, de empreendimento, esta lição pode ser muito bem aplicada.

É tempo de amolar o machado!

Embora achemos que não possamos parar, que tempo é dinheiro, que vamos ficar para trás, perceberemos, na prática, que se não pararmos para amolar o machado, de tempos em tempos, não conseguiremos êxito.

Amolar o machado não é apenas descansar o corpo, é também refletir, avaliar, limpar a mente e reorganizar o nosso íntimo.

Amolar o machado é raciocinar, usar da inteligência para descobrir se estamos usando nossas forças da melhor forma possível.

Assim, guardemos algum tempo para essas práticas realmente necessárias, e veremos, mais tarde, que nosso machado poderá cortar as árvores com muito mais eficiência.

Redação do Momento Espírita com base em
conto da obra S.O.S. Dinâmica de grupo, de
Albigenor e Rose Militão. ed. Qualitymark.
Em 27.02.2008.

quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Apenas um voltou



Explicar as parábolas de Jesus, para crianças, requer arte nas palavras, requer linguagem própria e muito cuidado.

Recentemente, encontramos texto com tal iniciativa nobre, que alcança o seu objetivo com muita propriedade.

Diz assim:

Certa vez Jesus andava pelo caminho, quando uns homens se aproximaram Dele.

Aqueles homens estavam doentes. Eles eram vítimas de hanseníase, uma terrível doença de pele, na época, chamada lepra.

Naquele tempo, não havia tratamento para esse tipo de doença e as pessoas que ficavam enfermas eram retiradas da cidade, e tinham que ficar longe de suas famílias, de sua casa.

Quando alguém se aproximasse, elas deveriam gritar bem alto: "Imundo, imundo...", que quer dizer "sujo, impuro", para que as pessoas se afastassem.

Já pensou que vida triste? Não poder abraçar seus pais e amigos, dormir em sua cama confortável e ter de viver isolado de todo mundo?... Pois é... Aqueles homens viviam assim.

Mas eles ouviram falar de Jesus, e esperavam ansiosamente o dia em que pudessem encontrá-Lo.

Quando ouviram dizer que Jesus se aproximava, não ligaram para as regras nem para os homens, e correram até o Mestre.

Eles sabiam que Jesus tinha o poder de curar os doentes e sarar suas feridas. Eles sabiam que Jesus era amoroso e bom.

Ao se aproximarem daquele Homem de semblante tranquilo, se ajoelharam e falaram bem alto: "Senhor, cura-nos!"

Jesus ficou muito comovido ao ver aqueles homens, pois o Senhor conhece nosso coração e nossos sentimentos.

Ele sabia o quanto eles eram infelizes. Então Jesus ordenou que fossem curados e a doença imediatamente desapareceu.

Aquela pele machucada e cheia de cicatrizes foi transformada em uma pele lisinha e limpa igual à pele de uma criança.

Os homens ficaram tão felizes que começaram a se abraçar e pular de felicidade.

* * *

O que você faria se acontecesse um milagre assim em sua vida? Você sairia correndo para comemorar? Você iria correndo agradecer a Jesus?

Pois é. Nove homens pensaram da primeira forma, nem se lembraram de agradecer ao Mestre. Só um voltou correndo, ajoelhou-se diante de Jesus e agradeceu tão grande amor.

* * *

Podemos refletir sobre a mesma questão proposta à alma infantil: como temos agido em nossos dias, perante os tantos gestos de carinho que recebemos?

Desde a ajuda mais simples, os pequenos favores e cortesias às grandes dádivas que recebemos, como a saúde, o corpo perfeito ou não, a oportunidade da vida.

Será que estamos nos comportando como os nove que nem sequer voltaram para um simples agradecimento? Ou já conseguimos valorizar tudo o que recebemos, e cultivamos em nós a virtude da gratidão?

Se pararmos para pensar, perceberemos que são tantas coisas para agradecer!

Tantas coisas, que talvez, se as percebêssemos mais frequentemente, teríamos menos espaço nos pensamentos para as reclamações, as queixas, as tristezas.

Reflitamos se estamos sendo suficientemente gratos em nossas vidas...

Redação do Momento Espírita.
Em 01.04.2009.

Aparências



O ser humano costuma se preocupar com a imagem que transmite ao mundo.

Há regras de comportamento e de vestimentas para as mais variadas ocasiões.

Conforme o local, as exigências mudam.

Há ambientes formais e informais, mais ou menos sofisticados.

Para ter uma boa aparência, as pessoas cuidam de seu vestuário e de seu corpo.

Uma imagem desleixada em geral dificulta o sucesso profissional.

Também a vida social oscila conforme o apuro da apresentação pessoal.

É bom e necessário que haja preocupação em ser asseado, agradável no trato e em se vestir conforme a ocasião.

Esse acatamento das regras sociais constitui sinal de respeito às pessoas com quem se convive.

Contudo, convém não cuidar apenas do que aparece.

Tudo o que é material é sempre efêmero.

Boas roupas, corpo bem cuidado e maneiras sofisticadas podem ser apenas uma capa para esconder o que realmente se é.

A polidez é importante, mas representa apenas uma aparência, que pode ser enganosa, ou a porta de entrada das virtudes.

É possível adotar expressões que traduzem atenção e respeito, sem ter o menor interesse no bem estar do próximo.

A título de princípio, vale a disciplina do exterior.

Entretanto, é preciso que o coração também seja convocado a participar.

Não dá para cuidar apenas do exterior e achar que basta.

Cedo ou tarde, as aparências cessarão.

Todo homem é um Espírito momentaneamente vestindo um corpo de carne.

Por lindo que seja esse corpo, seu destino é a sepultura.

A essência da criatura reside em sua realidade íntima.

Cada qual transcende com o que é, não com o que aparenta.

Há pessoas que se ocupam de aparentar pureza.

Mas cultivam pensamentos e sentimentos desonestos e lascivos.

Para os que estão a sua volta parecem exemplos de dignidade.

Mas os Espíritos, que podem perceber seus pensamentos, os veem de modo bem diverso.

Conforme a realidade íntima, assim é a constituição espiritual.

Alguém de aparência e modos irretocáveis pode ter estrutura espiritual apodrecida.

Talvez passe uma imagem respeitável à sociedade, que lhe ignora o íntimo.

Contudo, é visto pelos Espíritos como um decaído.

Exala fluidos deletérios, literalmente cheira mal, para quem consegue perceber.

Será como um lascivo decadente que ressurgirá após a morte do corpo.

Convém pensar nisso, para evitar surpresas desagradáveis.

Mais cedo ou mais tarde, sua realidade íntima aparecerá, sem nenhum disfarce.

Redação do Momento Espírita.
Em 21.05.2010.

Apelo da esperança voltar


Minha querida amiga:

Hoje, estou escrevendo especialmente para você. Tenho acompanhado os seus últimos dias, e muito tem me preocupado a tristeza e a surda revolta que encontrei em seu olhar.

Não me passaram desapercebidas as suas preocupações e medos e, apesar de ter-me colocado ao seu lado, abrindo os meus braços para confortá-la, você passou ao largo, sem abrir o seu coração ao meu.

Por isso estou aqui, insistindo com você! Não desista!

A notícia da gestação inesperada surpreendeu-a com violência e você olha ao seu redor sem encontrar um caminho seguro para seguir.

Aquele que compartilhou com você as horas mornas dos prazeres fáceis, talvez não queira saber mais da sua companhia e menos ainda, do fruto do instante que já é passado.

Sua família talvez não queira saber dos seus problemas e, como de outras vezes, apenas lhe virará as costas, dizendo que você plantou e agora faz a colheita.

Mas, amiga querida, o que cresce em seu íntimo não é um problema. É seu filho!

Uma alma cara ao seu coração, um amor que volta aos seus braços para lhe acompanhar os dias que ainda estão para serem vividos.

Não aborte! Não mate a felicidade que bate às portas de sua alma, pedindo-lhe pouso seguro!

Pela sua mente passam imagens de todos os prazeres que terá que abandonar em nome de uma condição indesejada: as festas, os encontros, a liberdade de ir e vir como queria e com quem queria...

Pensa em seu corpo... Em vê-lo deformado, em perder a forma cobiçada, no desconforto, na dor, no parto.

Pensa nas despesas...nos gastos...

Mas eu sei!... Eu sei de você! Sei que traz tantas coisas guardadas dentro do coração, tantos sonhos que não compartilha com ninguém, tanta doçura que não expressa...

Amiga, eu a conheço! Sei que tem fome de amor, desse amor profundo e sem jaça que procurou nos braços de tantos que não a compreenderam e que muitas vezes, desprezam o seu valor.

Aquele que retorna pelo seu ventre também sabe, por isso, escolheu-a para chamá-la pelo mais sublime nome humano que já pousou nos lábios dos seres que habitam essa terra : Mãe!

Reconheço que não terá dias fáceis, que alguns serão de noites sem estrelas.

Prometo, contudo, estar ao seu lado e ao lado de seu filho, observando, alegre, seu ventre crescer, pleno de vida!

E digo mais: não contará apenas com a minha presença, mas, com a presença de muitos que a amam e que velam pela sua paz e pela paz de seu filho!

Não desista de ser feliz! Não aborte seu sonho! Não mate seu filho, para o seu próprio bem!

Com todo o carinho de meu coração.

Sua amiga e companheira eterna: A esperança.

Redação do Momento Espírita
Em 19.07.2010.

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terça-feira, 2 de agosto de 2011

Obediência às leis


Na esteira do progresso por onde todos passamos, temos vivenciado variadas experiências no campo da educação.

Desde tempos imemoriais, a Humanidade tem-se deparado com leis que devem ser respeitadas para o bem comum.

No entanto, confundindo as leis com a autoridade, na ausência desta, as burlamos com naturalidade.

Dessa forma, conhecemos as leis, mas se não nos depararmos com a autoridade, e nos convém, damos um jeitinho de burlá-las.

Um exemplo disso é quando estamos no trânsito, diante de um sinal vermelho. Damos uma olhadinha para um lado... para o outro... não vemos o guarda, então avançamos o sinal. E temos uma justificativa: estamos com pressa.

O guarda, nesse caso, seria a autoridade. Na ausência dele, nós infringimos uma lei de trânsito.

Outro exemplo bem conhecido ocorre no ambiente profissional. Quando o chefe não está por perto, o comportamento de grande parte dos funcionários é bem diverso daquele expressado na sua presença.

Se atentarmos para as atitudes de alguns pais, encontraremos a base dessas distorções no comportamento das crianças, dos jovens, e dos adultos.

A educação é transmitida de forma que sempre temos que temer algo ou alguém, e não respeitar a nossa própria consciência.

Quando um dos filhos pega alguma coisa que pertence ao irmão, os pais imediatamente alertam: Não faças isso porque o teu irmão não vai gostar.

Se se está no supermercado, e a criança toma uma guloseima qualquer para comer, os pais imediatamente intervêm: Não comas isso senão o guarda te prenderá.

Quando o jovem vai dirigir o automóvel, a recomendação é que ele não fure o sinal senão o guarda o multará.

Não é de se espantar quando vemos o motoqueiro com o capacete no braço. É que ele aprendeu que só deve se preocupar com o guarda, e não com a sua vida.

Os próprios pais, nesse caso, são para os filhos a figura da lei e, na sua ausência, esses se julgam livres para fazer o que querem e não o que devem fazer.

A educação eficaz é aquela que desenvolve a autonomia na criança. A capacidade de autogerir-se com as leis que já conhece. É o homem de bem, que age conforme sua consciência, e não porque alguém lhe impõe isto ou aquilo.

Se a criança quer abrir uma mercadoria no supermercado, os pais devem orientá-la que a mercadoria não lhe pertence, explicando que só podemos dispor do que compramos. Essa informação servirá também para quando ela estiver sozinha.

Se vai dirigir o automóvel, é bom que saiba que existem leis no trânsito que devem ser respeitadas para o bem de todos, e não porque sofrerá uma multa.

Que deve usar o capacete para sua própria segurança, e não para mostrar ao guarda.

Diante disso, é bom pensarmos mais na importância da educação correta dos nossos filhos, desenvolvendo neles a capacidade de autogerir-se, estando ou não diante de uma autoridade.

Quando passamos para a criança as informações corretas, capacitando-a para refletir em torno de seus atos, não teremos que nos preocupar com o adolescente, e estaremos formando um cidadão honesto e responsável.

Ele saberá que, além das leis dos homens, existem também as Leis de Deus, e que essas são invioláveis, porque as trazemos inscritas na nossa própria consciência.

Assim sendo, façamos o melhor que pudermos àqueles a quem Deus nos confia a educação. Só assim estaremos construindo uma sociedade justa no porvir.

* * *

Desde os tempos de Moisés a lei se expressa numa figura exterior.

Percebendo que os homens da época só obedeciam pela força, Moisés criou uma série de leis austeras e lhes deu caráter divino, para poder conduzir aquela multidão rebelde.

Jesus trouxe leis de acordo com a atual psicologia, que conclui que a melhor forma de educação não é a do não, não roubar, não cobiçar, etc. E sim, a do agir: amar o próximo como a si mesmo, fazer ao próximo o que gostaria que ele lhe fizesse, e assim por diante.

Redação do Momento Espírita.
Em 09.03.2009.

Observando aprendemos


Cheng era o discípulo de um sábio monge de nome Ling.

Um dia, quando Cheng acreditava estar pronto para assumir a condição de liderar seu povo, foi conversar com seu mestre, que lhe disse:

Observe este rio. Qual a importância dele?

Eles se encontravam no alto de uma montanha.

Cheng observou o rio, o seu vale, a vila, a floresta, os animais e respondeu:

Este rio é a fonte do sustento de nossa aldeia. Ele nos dá a água que bebemos, os frutos das árvores, a colheita da plantação, o transporte de mercadorias, os animais que estão ao nosso redor e muito mais.

Nossos antepassados construíram estas casas aqui, justamente por causa dele. Nosso futuro também depende deste rio.

O monge Ling colocou a mão na cabeça do discípulo e pediu-lhe que continuasse a observar.

Os meses se passaram e o mestre procurou Cheng.

Observe este rio. Qual a importância dele? - Repetiu a pergunta ao discípulo.

Este rio é fonte de inspiração para nosso povo. Veja sua nascente: ela é pequena e modesta, mas com o curso do rio, a correnteza torna-se forte e poderosa. Este rio nasce e tem um objetivo: chegar ao oceano, mas para lá chegar terá de passar por muitos lugares e por muitas mudanças. Terá de receber afluentes, contornar obstáculos.

Como o rio, temos de aprender a fluir. O formato do rio é definido pelas suas margens assim como nossas vidas são influenciadas pelas pessoas com as quais convivemos. O rio sem as suas margens não é nada. Sem nossos amigos e familiares também não somos nada.

O rio nos ensina, ainda, que uma curva pode ser a solução de um problema porque, logo depois, podemos encontrar um vale que desconhecíamos. O rio tem suas cachoeiras, suas turbulências, mas continua sempre em frente porque tem um objetivo. Ensina-nos que uma mudança imprevista pode ser uma oportunidade de crescimento. Veja no fim do vale: o rio recebe um novo afluente e, assim, torna-se mais forte.

O monge Ling colocou a mão na cabeça do discípulo e pediu-lhe que continuasse a observar.

Os meses se passaram e novamente o mestre perguntou:

Observe este rio: qual a importância dele?

Mestre, vejo o rio em outra dimensão. Vejo o ciclo das águas. Esta água que está indo já virou nuvem, chuva e penetrou na terra diversas vezes. Ora há a seca, ora a enchente.

O rio nos mostra que, se aprendermos a perceber esses ciclos, o que chamamos de mudança será apenas considerada como continuidade de um ciclo.

O mestre colocou a mão na cabeça do discípulo e pediu-lhe que continuasse a observar.

Os meses se passaram e o mestre voltou a perguntar a Cheng:

Observe este rio, qual a importância dele?

Mestre, este rio me mostrou que cada vez que eu o observo, aprendo algo de novo.

É observando que aprendemos.

Não aprendo quando as pessoas me dizem algo, mas sim quando as coisas fazem sentido para mim.

O mestre sorriu e disse-lhe com serenidade:

Como é difícil aprender a aprender.

Vá e siga seu caminho, meu filho.

* * *

Tantas palavras sábias já nos foram ditas.

Tantos ensinos maravilhosos o Mestre Nazareno nos deixou.

Mas, quanto disso realmente passou a integrar nossa consciência, alterando nossas atitudes perante a vida?

Redação do Momento Espírita, com base no livro As mais
belas parábolas de todos os tempos, v. I, organizado por
Alexandre Rangel, ed. Leitura.
Em 31.01.2010.

Olhar de amor



Foi um choque para aquela jovem mãe quando recebeu o diagnóstico de câncer. Sucederam-se os tratamentos e, naquele dia, após o internamento, quando ela voltava para casa, se sentiu muito triste.

Ela estava consciente da sua aparência. Estava sem cabelos, por causa da radioterapia.

Sentia-se desencorajada. Seu marido continuaria a amá-la? E seu filho? Ele tinha apenas seis anos.

Quando chegou em casa, sentou-se na cozinha, pensando em como explicar a seu filho porque estava tão feia.

Ele apareceu na porta e ficou olhando-a, curioso. Quando ela iniciou o discurso que ensaiara para ajudá-lo a entender o que via, o menino se aproximou e se aconchegou em seu colo, quietinho, a cabeça recostada em seu peito.

Ela acariciou a cabecinha do filho e disse: “você vai ver como daqui a pouco o meu cabelo vai crescer e eu vou ficar melhor, como era antes”.

O menininho se levantou, olhou para ela, pensativo. Depois, com a espontaneidade da sua infância, respondeu: “seu cabelo está diferente, mãe. Mas o seu coração está igualzinho.”

A mãe não precisava mais esperar pordaqui a pouco para melhorar. Com os olhos cheios de lágrimas, ela se deu conta de que já estava muito melhor.

O essencial é invisível aos olhos, dizia o pequeno príncipe, no livro de Antoine de Saint Exupéry. Quem ama vê além da aparência física e é isto que ama: a essência.

Por isto os casamentos em que o amor é o autêntico laço de uniãoperdura,apesar dos anos transcorridos. Para quem têm olhos de amor, o olhar penetra além do corpo físico que perdeu um tanto do vigor e já não apresenta a exuberância plástica dos verdes anos.

Para esses, o amor amadurece a cada ano, solidificando-se a cada dificuldade enfrentada, a cada óbice superado, a cada batalha vencida.

Enquanto os cabelos vão sendo prateados pelo exímio pintor chamado tempo, enquanto a artista plástica chamada idade vai colocando pequenos sinais na face, aqui e ali, o amor mais cresce.

O sentimento se engrandece à medida que o passo deixa de ser tão vigoroso e um se apóia no outro para descer os degraus, para subir uma escadaria.

A solidariedade se torna mais intensa, enquanto a vista se embaça um pouco e o extraordinário computador que é o cérebro já não consegue fazer as corretas equações matemáticas, para aquilatar se dá ou não tempo para atravessar a rua. Uma mão segura a outra, muda, para afirmar: esperemos um pouco.

Envelhecer ao embalo do amor é maravilhoso. Desfrutar do aconchego um do outro é reconfortante.

Felizes os casais que envelhecem juntos. Felizes os filhos que sabem aproveitar da companhia generosa de pais e avós que o tempo alcançou.

***

De todos os momentos da vida os mais preciosos são os desfrutados com amor.

Quando as dificuldades se avolumam, os problemas crescem, os dias solitários chegam, é maravilhoso ter momentos de carinho para serem recordados.

Momentos que recebemos ou que ofertamos. Momentos que nos fizeram extremamente felizes. Momentos que, revividos, pelos fios invisíveis do pensamento, ainda nos reconfortam e aquecem o coração.

Por tudo isso, ame muito e permita-se amar por seus amores.

Equipe de Redação do Momento Espírita com base no cap. O prognóstico de Rochelle m. Pennington, do livro Histórias para aquecer o coração das mães, ed. Sextante.(somente o conto).

Ofereça a primeira flor


Quando tudo parecer caminhar errado, seja você a dar o primeiro passo certo.

Se tudo parecer escuro, se nada puder ser visto, acenda você a primeira luz, a pequena lâmpada.

Quando todos estiverem chorando, tente você o primeiro sorriso. Seja você um coração que compreenda, estenda braços que confortem.

Se a vida inteira for um imenso não, parta você em busca do primeiro sim, ao qual tudo de positivo deverá seguir.

Quando alguém estiver angustiado na procura, observe bem o que se passa, pois talvez seja em busca de você mesmo que esse irmão esteja.

Quando a terra estiver seca, que sua mão seja a primeira a regá-la.

Quando a flor estiver murcha, seja a primeira mão a separar o joio, a arrancar a praga, a acariciar a flor.

Se sua porta estiver fechada, busque você a primeira chave.

Se o vento sopra frio, que seu calor humano seja a primeira proteção e o primeiro abrigo.

Se o pão for apenas massa, e não estiver assado, seja você o primeiro forno para transformá-lo em alimento.

Não atire a primeira pedra em quem erra. De acusadores o mundo está cheio. Nem, por outro lado, aplauda o erro.

Ofereça sua mão, primeiro, para levantar quem caiu, e dê sua atenção para mostrar o caminho de volta, compreendendo que o perdão regenera, que é a compreensão edificada que o possibilita e que o entendimento reconstrói.

Toda escada tem um degrau, para baixo ou para o alto.

Toda escada tem um primeiro passo, para frente ou para trás.

Toda vida tem um primeiro gosto de vitória ou derrota.

Ofereça pois, você, com ternura e vontade de entender, quando tudo for pedra, a primeira e decisiva flor.

* * *

A vida de muitos de nós é uma constante espera.

Esperamos pela oportunidade, pelo alento, pelo amor, pelo sucesso.

Esperamos pela riqueza, pela certeza; esperamos pelo perdão; esperamos por dias melhores; esperamos pela paz no mundo.

Será que esperar, muitas vezes, não é simplesmente aceitar tudo como está, ou simplesmente se acomodar?

A mensagem que nos convida a oferecer a primeira flor, fala-nos sobre iniciativa, sobre a coragem de deixar a inércia espiritual para trás.

Os grandes Espíritos que habitaram e habitam a Terra e são chamados por nós de mártires, de heróis, todos foram almas de iniciativa, que ousaram dar os primeiros passos, mesmo sendo, por vezes, passos difíceis de serem dados.

Assim, quando as oportunidades surgirem, ofereça você a primeira flor, e caso elas não apareçam, aí já estará sua chance de criá-las.


Redação do Momento Espírita com base em texto de autoria ignorada.

Em 02.05.2011.


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sexta-feira, 8 de julho de 2011

Pai nosso


Jesus de Nazaré, durante os poucos anos em que emprestou Sua presença amiga aos sofredores e ignorantes da Terra, foi visto muitas vezes orando.

Um dia, um dos Apóstolos rogou a Ele, com desejo sincero de aprender: Mestre, ensina-nos a orar.

E Jesus, elevando o pensamento, ensinou a mais bela síntese de como se deve fazer uma prece, proferindo a oração dominical, mais conhecida como Pai nosso.

Considerando todos os demais ensinamentos do Cristo, podemos perceber em Sua oração mais que uma simples prece, mas um roteiro seguro do qual podemos extrair profundas lições.

Quando Ele diz Pai nosso, evoca o Criador com suprema humildade e submissão, como quem busca a proteção Divina de alma aberta. No entanto, será inútil dizer: Pai nosso, se meus atos me desmentem e meu coração está sempre fechado aos apelos do amor fraternal.

Quando Ele diz, que estais nos céus, reconhece a supremacia e a grandeza do Senhor do Universo, que a tudo governa com extrema sabedoria. Mas de nada valerá dizer: que estais nos céus, se meus olhos só percebem as coisas materiais e meus valores são bem terrenos.

Quando Jesus fala, santificado seja o vosso nome, demonstra o respeito e a veneração pelo Ser Supremo. Todavia, se só busco Deus por formalidade e O nego sistematicamente nos mínimos gestos, não adianta dizer: santificado seja o vosso nome.

Quando Jesus roga: venha a nós o vosso reino, Sua alma se abre para nos ensinar que o reino de Deus está dentro de cada um e que para encontrá-lo é preciso buscar com todas as forças.

Mas, se gasto a maior parte do meu tempo construindo um reinado de aparências e futilidades, será inútil dizer: venha a nós o vosso reino.

Quando Jesus profere as palavras: seja feita a vossa vontade, submete-Se fielmente ao Pai, confiante em Suas soberanas Leis. Entretanto, será inútil dizer seja feita a vossa vontade se, em verdade, o que eu quero mesmo é que todas as minhas vontades e os meus desejos mesquinhos se realizem.

Jesus pede: o pão nosso de cada dia nos dai hoje. Sua rogativa é de um filho agradecido, que reconhece a misericórdia e a providência Divinas. Mas direi em vão, o pão nosso de cada dia nos dai hoje, se nada faço para conquistar o pão que me dá o sustento ou, se o possuo em abundância e desprezo aqueles que padecem fome e frio.

Jesus fala: perdoai as nossas ofensas, assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido. Neste pedido ensina uma Lei simples e imutável que estabelece o perdão como condição básica para se ser perdoado.

No entanto, se injusto, gosto de oprimir os mais fracos, desprezo as mínimas regras de solidariedade, e guardo toda mágoa como um tesouro precioso, será inútil dizer: perdoai as nossas ofensas, assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido.

Ao rogar ao Pai: não nos deixeis cair em tentação, Jesus nos convida a buscar o amparo do Alto para as nossas intenções de autossuperação, de renovação íntima, de construção do homem novo.

Mas, de nada adiantará dizer: Não nos deixeis cair em tentação, se atendo os apelos íntimos dos instintos inferiores que teimam em comandar os meus atos, afastando-me do caminho do bem.

Jesus solicita ao Criador: livrai-nos do mal. Um ensinamento valioso para todos aqueles que buscam agir com retidão e desejo sincero de não se afastar das soberanas Leis de Deus.

Todavia, será inútil dizer: livrai-nos do mal...

Se por minha livre vontade busco os prazeres materiais, e tudo o que não é lícito me seduz.

E, por fim, será inútil dizer: amém ou, assim seja, se admito que sou assim e alego fraqueza para alterar meu mundo íntimo, nada fazendo para melhorar a minha condição espiritual.
* * *
Importante atentar para a grandeza dos ensinos do Sublime Galileu.
Atendendo a um simples pedido de um Apóstolo, Jesus legou à Humanidade um roteiro que poderá nos conduzir com segurança na escalada para a autorrealização.

Basta que procuremos seguir esse roteiro com disposição e coragem e, acima de tudo, com muita vontade.
Pensemos nisso.

Redação do Momento Espírita
Em 22.12.2010.
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O Pai


O livro dos Espíritos, publicado em 1857, em sua primeira pergunta, traz à baila a questão acerca de que é Deus?

Verdade que, até então, as doutrinas sempre haviam indagado acerca de quem era Deus, entendendo-O como uma personalidade, um personagem.

A resposta é sucinta e inquestionável: Deus é a inteligência suprema, causa primária de todas as coisas.

Através dos tempos, muitas têm sido as definições sobre Deus.

O Apóstolo João, evangelista, teve oportunidade de afirmar que Deus é amor.

Contudo, ninguém melhor do que Jesus O traduziu para nós. Ele nô-Lo apresenta como nosso Pai. Assim, Deus não é o injusto e parcial que escolheu somente um povo para proteger contra todos os demais. É o Deus do Universo.

Acima dos preconceitos da Sua época, Jesus demonstra a universal paternidade de Deus. Reserva para Ele um nome doce: Pai.

E O chama meu Pai e vosso Pai.

Ao pregar Sua moral, frisa: Sede perfeitos como perfeito é vosso Pai, que está nos céus.

Descreve-O como o Deus misericordioso que faz crescer a erva do campo, vestindo-a com maior pompa do que as vestimentas do grande rei Salomão.

O Pai que ama a Seus filhos e que por eles vela. Que providencia alimento para as aves do céu, que não semeiam, nem aram.

Ao lecionar-nos a forma de orar, afirmou: Quando orardes, entrai em vosso quarto, e, fechada a porta, em segredo, orai a vosso Pai, e vosso Pai, que vê o que se passa em segredo, vos dará a recompensa.

E Ele mesmo iniciou a oração com os vocábulos: Pai nosso...

Referindo-Se à revelação mediúnica do apóstolo Pedro acerca da Sua identidade como o Cristo, Filho do Deus vivo, diz: Bem-aventurado és, Simão, porque não foi a carne nem o sangue que to revelou, mas meu Pai, que está nos céus.

Para nos dar a ideia da grandeza do Pai, preconizou: Ninguém conhece o Pai, senão o filho, Ele mesmo, Jesus.

Quando falou das bênçãos do trabalho, mostrou-nos Deus como o trabalhador incansável que labora sempre a favor dos Seus filhos: Meu Pai trabalha até hoje, e eu trabalho também.

Dando testemunho de que era Enviado da Divindade, diz: Não busco a minha vontade, mas a vontade daquele que me enviou. As obras que eu faço dão testemunho de mim, de que o Pai me enviou.

Ao despedir-Se na ceia pascal, afirma aos discípulos: Eis que vou para meu Pai. E dirigindo-Se aos céus, ora: Pai santo, guarda em teu nome aqueles que me deste, para que sejam um, assim como nós.

Enfim, Jesus, com Sua revelação de Deus aos homens, funda a consolação suprema, demonstra o apoio que cada um tem no Pai nos céus. Finalmente, que ninguém está só, pois o Pai está sempre com cada um dos Seus filhos.

* * *

Em muitos momentos de Sua vida, Jesus falou que viera para fazer a vontade de Seu Pai, não a Sua.

Encontramos nos apontamentos de João: A minha comida é fazer a vontade daquele que me enviou, e cumprir a sua obra.

No Jardim das Oliveiras, pouco antes de ser preso, antevendo Seus padecimentos, dá-nos a lição de como nos devemos portar perante as nossas dores.

Ele assim se expressa: Não se faça a minha vontade, mas a Tua.

Redação do Momento Espírita, com citações do cap. IV,
versículo 34 e cap. XV do Evangelho de João e do
capítulo XXII, versículo 42 do Evangelho de Lucas.
Em 15.09.2009.

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Paciência antes da crise


O homem moderno tem urgente necessidade de cultivar a paciência, na condição de medicamento preventivo contra inúmeros males que o espreitam.

De certo modo, vitimado pelas circunstâncias da vida ativa em que se encontra, sofre desgaste contínuo que o leva, não raro, a estados neuróticos e agressivos ou a depressões que o aniquilam.

A paciência é-lhe reserva de ânimo para enfrentar as situações mais difíceis sem perder o equilíbrio.

A paciência é uma virtude que deve ser cultivada e cuja força somente pode ser medida, quando submetida ao teste que a desafia, em forma de problema.

O atropelo do trânsito; a agitação geral; a competição desenfreada; o desrespeito aos espaços individuais; a compressão das horas...

Além disso, as limitações financeiras; os conflitos emocionais; as frustrações e outros fatores decorrentes do modo de vida dito moderno e do relacionamento social, levam o homem a desequilíbrios que a paciência pode evitar.

Exercitando-a nas pequenas ocorrências, sem permitir-se a irritação ou o agastamento, adquirirá força e enfrentará com êxito as situações mais graves.

Todas as criaturas em trânsito pelo mundo são vítimas de ciladas intencionais ou não.

Manter-se atento e saber enfrentá-las com cuidado é a única forma de superá-las com êxito.

* * *

Se te sentes provocado pelos insultos que te dirigem, atua com serenidade e segue adiante.

Se erraste em alguma situação que te surpreendeu, retorna ao ponto inicial e corrige o equívoco.

Se te sentes injustiçado, reexamina o motivo e disputa a honra de não desanimar.

Se a agressão de alguma forma te ofende, guarda a calma e a verás desmoronar-se.

A convivência com as criaturas é o grande desafio da evolução porque resulta, de um lado, da situação moral deles, e de outro, do seu estado emocional.

O amor ao próximo, no entanto, só é legítimo quando não se desgasta nem se converte em motivo de censura ou queixa, em relação às pessoas com quem se convive.

É fácil amar e respeitar aqueles que vivem fisicamente distantes.

O verdadeiro amor é o que se relaciona sempre bem com as demais criaturas.

* * *

Você já se propôs ser mais paciente? Já colocou isso como meta na vida alguma vez?

É importante ter metas claras. É importante dizer a si mesmo: Estou mais paciente agora. Não vou deixar que isto ou aquilo me abale com facilidade.

Começamos assim um processo de autopreservação, de automonitoramento e, toda vez que uma situação crítica se apresentar, poderemos voltar a dizer: Não vou deixar que isto me tire do sério.

Cada um poderá desenvolver seu método, sua forma de atuar, porém a essência deste trabalho está em começar já, imediatamente.

Quem antes inicia, antes colhe os benefícios.

Redação do Momento Espírita com base no cap. 10,
do livro Alegria de viver, pelo Espírito Joanna de Ângelis,
psicografia de Divaldo Pereira Franco, ed. Leal.
Em 06.04.2010.

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terça-feira, 10 de maio de 2011

Um abraço


O que você faz quando está com dor de cabeça, ou quando está chateado?

Será que existe algum remédio para aliviar a maioria dos problemas físicos e emocionais?

Pois é, durante muito tempo estivemos à procura de alguma coisa que nos rejuvenescesse, que prolongasse nosso bom humor, que nos protegesse contra doenças, que curasse nossa depressão e que nos aliviasse do estresse.

Sim, alguma coisa que fortalecesse nossos laços afetivos e que, inclusive, nos ajudasse a adormecer tranquilos.

Encontramos! O remédio já havia sido descoberto e já estava à nossa disposição. O mais impressionante de tudo é que ainda por cima não custa nada.

Aliás, custa sim, custa abrir mão de um pouco de orgulho, um pouco de pretensão de ser autossuficiente, um pouco de vontade de viver do jeito que queremos, sem depender dos outros.

É o abraço. O abraço é milagroso. É medicina realmente muito forte. O abraço, como sinal de afetividade e de carinho, pode nos ajudar a viver mais tempo, proteger-nos contra doenças, curar a depressão, fortificar os laços afetivos.

O abraço é um excelente tônico. Hoje sabemos que a pessoa deprimida é bem mais suscetível a doenças. O abraço diminui a depressão e revigora o sistema imunológico.

O abraço injeta nova vida nos corpos cansados e fatigados, e a pessoa abraçada sente-se mais jovem e vibrante. O uso regular do abraço prolonga a vida e estimula a vontade de viver.

Recentemente ouvimos a teoria muito interessante de uma psicóloga americana, dizendo que se precisa de quatro abraços por dia para sobreviver, oito abraços para manter-se vivo e doze abraços por dia para prosperar.

E o mais bonito é que esse remédio não tem contraindicação e não há maneira de dá-lo sem ganhá-lo de volta.

* * *

Já há algum tempo temos visto, colado nos vidros de alguns veículos, um adesivo muito simpático, dizendo: Abrace mais!

Eis uma proposta nobre: abraçar mais.

O contato físico do abraço se faz necessário para que as trocas de energias se deem, e para que a afetividade entre duas pessoas seja constantemente revitalizada.

O abraçar mais é um excelente começo para aqueles de nós que nos percebemos um tanto afastados das pessoas, um tanto frios no trato com os outros.

Só quem já deu ou recebeu um sincero abraço sabe o quanto este gesto, aparentemente simples, consegue dizer.

Muitos pedidos de perdão foram traduzidos em abraços...

Muitos dizeres eu te amo foram convertidos em abraços.

Muitos sentimentos de saudade foram calados por abraços.

Muitas despedidas emocionadas selaram um amor sem fim no aconchego de um abraço.

Assim, convidamos você a abraçar mais.

Doe seu abraço apertado para alguém, e receba imediatamente a volta deste ato carinhoso.

Pense nisso! Abrace mais você também.

Redação do Momento Espírita, com base em palestras de
Alberto Almeida, na cidade de Matinhos, nos dias 29, 30 e 31
de março de 2002 e no texto intitulado Um abraço, de autoria ignorada.
Em 07.06.2010.

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