Leia as mensagens com o coração e reflita . Que elas possam fazer o bem a pelo menos uma pessoa que por aqui passar.

Jesus o Grande Mestre.

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quarta-feira, 9 de março de 2011

Viver Agora


Este é o teu momento de viver intensamente a realidade da vida.

Desnecessário recordar que, agora, o teu momento presente é relevante para a aquisição dos bens inestimáveis para o Espírito eterno.

Há muito desperdício de tempo, que se aplica nas considerações do passado como em torno das ansiedades do futuro.

A tomada de consciência é um trabalho de atualidade, de valorização das horas, de realização constante.

A vida é para ser vivida agora.

Postergar experiências, significa prejuízo em crescimento na economia da vida.

Antecipar ocorrências, representa precipitação de fatos que, talvez, não sucederão, conforme agora, tomam curso.

As emoções canalizadas em relação ao passado ou ao futuro dissipam ou gastam a energia vital, que deve ser utilizada na ação do momento.

Se vives recordando o passado ou ansiando pelo futuro, perdes a contribuição do presente, praticamente nada reservando para hoje.

O momento atual é a vida, que resulta das atividades pretéritas e elabora o programa do porvir.

Encoraja-te a viver hoje, sentindo cada instante e valorizando-o mediante a consciência das bênçãos que se encontram à tua disposição.

A vida é um sublime dom de Deus.

Naturalmente, quando recebes um presente de alguém, sentes o desejo irrefreável de agradecer, de louvar, de bendizer.

Desse modo, agradece a Deus, o sublime legado, que é a tua vida, por Ele concedido.

Vive, jubilosamente, hoje, sejam quais forem as circunstâncias em que se te apresente a existência.

Se o instante é de aflição, resigna-te, agindo corretamente, e estarás produzindo para o futuro que te chegará com paz.

Se o momento é de gozo, recorda-te dos padecentes à tua volta e reparte alegria, ampliando o círculo de ventura.

Quem despertou para a superior finalidade da vida, vive-a, a cada momento, vivendo-a principalmente agora.


Joanna de Ângelis


segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Consciência Responsável


Responsabilidade, em bom vernáculo, é a
qualidade ou condição de responsável. O ser
responsável, por extensão, é aquele que se
desincumbe fielmente dos deveres e encargos
que lhe são conferidos, que responde pelos
próprios atos ou pelos de outrem, tornando-
se de caráter moral, quando defende os
valores éticos pertencentes aos outros e
à vida.

A responsabilidade pode ser deferida,
desde quando é delegada por uma autoridade
ou Lei, a fim de ser cumprido o estatuto
que estabelece e caracteriza os valores e
compromissos a serem considerados.

Essa é a mais comum, encontrada em toda
parte. Além dela, existe aquela que é
conquistada pelo amadurecimento
psicológico, pela conscientização
inerente às experiências resultantes da
evolução.

Muitas vezes, a responsabilidade que se
torna atributo do caráter moral do
indivíduo faz-se grave empecilho ao
processo de engrandecimento do ser, caso
o seu portador se atenha à letra ou ao
limite do estabelecido, sem examinar a
necessidade que lhe é apresentada, do
ponto de vista da compreensão.

Graças à conceituação de responsabilidade,
criminosos de guerra e servidores rudes
buscam passar a imagem de inocência ante
a crueldade que aplicaram, informando que
cumpriam ordem na desincumbência das
infelizes tarefas e que estavam sujeitos
a imposições mais altas que deveriam
atender.

Outros, responsáveis por massacres
cruéis e atitudes agressivas, refugiam-
se na transferência de responsabilidade,
elucidando que deveriam agir conforme o
fizeram, ou sofreriam as conseqüências
da desobediência.

Nas instituições militares a
responsabilidade cega o indivíduo, de
modo a obedecer sem raciocinar e a
cumprir ordens sem discuti-las ou
justificá-las.

Diz-se que, aqueles que se lhes submetem,
tornam-se pessoas responsáveis.

Nesse capítulo incluiríamos os tímidos,
os medrosos, os pusilânimes, os
aproveitadores, todos não necessariamente
portadores de responsabilidade.

Dessa forma, seria inculpado, porque
responsável, zeloso pelas suas funções e
deveres, Pilatos, que condenou Jesus à
morte, embora O soubesse inocente.

Posto em cheque pela astúcia dos doutores
judeus, de que Jesus dizia-se rei e ele
representava o imperador, que era o seu
rei, não O crucificar seria crime de
traição em relação ao seu representado,
com esse sofisma levando o pusilânime,
irresponsavelmente, a mandar crucificar
o Justo, lavando as mãos para liberar-se
da culpa.

Os sicários dos campos de concentração
e os belicosos, sistemáticos fomentadores
de guerras, que as fazem com crueldade,
assim procedem, dizem, para se desincumbir
das determinações que recebem dos seus
chefes e comandantes.

A responsabilidade, para ser verdadeira,
não pode compactuar com a delinqüência,
nem ignorar os mínimos deveres de
respeito para com a vida e para com as
demais criaturas.

A responsabilidade que resulta do
amadurecimento psicológico, e que é
adquirida pela vivência das experiências
humanas, harmoniza o dever com a
compreensão das necessidades dos outros,
conciliando o cumprimento das atividades
com as circunstâncias nas quais se
apresentam.

Quem assim age, responsavelmente,
torna-se pessoa-ponte, ao invés de
assumir a postura de ser obstáculo,
gerando dificuldades e perturbações.

Nesse sentido, a visão do ser imortal
contribui grandemente para entender a
responsabilidade que se tem no mundo,
porque é deferida desde o Mais Alto,
como redargüiu Jesus ao seu inquisidor,
que a tinha, por que lhe fora dada...

E poderia perdê-la, qual ocorreu pouco
depois, ao ser destituído da função, e
mais tarde, quando despojado do corpo
pela morte...

Para a aquisição da responsabilidade
consciente os valores eternos do Espírito
são indispensáveis, de modo a serem
absorvidos e vivenciados, ultrapassando
os limites das determinações humanas de
horizontes estreitos e curtos.

Considerando- se a existência física
como sendo um breve período de
aprendizagem, na larga faixa das
sucessivas reencarnações, o ser adiciona
ao conceito da responsabilidade os
contributos do amor, dessa forma
identificando os melhores meios para
agir, quando pode e deve - com
consciência - não se precipitando a
tomar decisão, quando deve, mas não
pode, ou quando pode, mas não deve -
responsabilidade inconsciente.



Joanna de Ângelis
Divaldo Franco]
Autodescobrimento
Editora LEAL

Contrastes


Corredores e salas suntuosos, abarrotados
de arte, representando a composição e a
técnica representativos da beleza dos tempos,
somando quilômetros de encantamento e poder,
contrastam, não obstante, com a paisagem
sórdida dos guetos e favelas, onde milhões
de criaturas se exaurem, pela fome e pela
enfermidade, sob o impositivo da ausência de
parcas moedas que lhes diminuiriam a miséria
e a dor.

Museus refinados, exibindo jóias e
ourivesaria caprichada, em inumeráveis
espaços, retratam a força e a glória das
gerações passadas, embora a orfandade e o
abandono juvenil, que, padecendo de penúria,
são armados pelo ódio e pelo descaso que
sofrem, para a delinqüência e a loucura.

Cofres fortes, atulhados de moedas e barras
de ouro, ocultando gemas de valor incalculável,
que não vêem a luz do Sol, ao mesmo tempo em
que a necessidade, corrompendo e malsinando
milhões de vidas, que são destruídas pela
abjeção em que se encontram, esquecidas pela
abastança e pela fortuna.

Luxo em excesso, pregando renúncia.

Poder desmedido, ensinando submissão.

Egoísmo enfermiço, propondo fraternidade real.

Orgulho em demasia, convocando à humildade.

Este é um mundo de contrastes, de imperfeições!

Não bastassem as situações antípodas,
chocantes, e, ao lado de tanta grandeza,
aumenta a ferida purulenta, em chaga viva,
dos vícios e licenças morais, amesquinhando e
contaminando outras vias que apenas começam.

Ante o deslumbramento que produzem a arte a
grandeza, que vês em toda parte, não feches
os olhos à dor e à sordidez que se abraçam e
passeiam em tua frente.

Depois de visitares o luxo e o refinamento em
que vivem os triunfadores de breves momentos,
não ignores a presença dos desditosos e
miseráveis que enxameiam em todos os sítios.

Uns são as causas dos estados dos outros, isto
é: os excessos de alguns produzem a escassez, e
o acúmulo em poucas mãos responde pela ausência
do necessário em verdadeiras multidões.

Aprende a lição que a vida te ministra nestes contrastes.

Ninguém escapa à morte do corpo. Aqueles
detentores que pareciam eternos envelheceram,
enfermaram e morreram como os seus vassalos
escravos.

Os opulentos e os miseráveis morrerão, deixando tudo.

Nivelar-se-ão no túmulo, embora a diferença
exterior de que se revistam as tumbas.

Deixarão tudo o que detêm e o que lhes faz
falta...

Mas, voltarão à Terra. Talvez, conforme
viveram, invertam-se as posições.

Antigos reis, chefes de Estados, ministros,
prelados e religiosos, chefes de Igrejas,
acumuladores dos tesouros que geraram miséria
de milhões, hoje mendigam à porta dos seus
antigos palácios e templos, enxotados, de quando
em quando, pelos novos detentores, iguais a eles
outrora, enganados.

Donatários e poderosos voltaram, mas, sequer,
podem olhar o que antes lhes parecia pertencer.
Uns fazem-se ladrões e tentam recuperar, na
insânia em que ainda se debatem, o que supõem
pertencer-lhes. Outros, tornam-se guardas de
salas e corredores, vigiando as jóias frias, as
estátuas mortas que os não vêem, mas que eles
prosseguem cuidando, avaros e infelizes.

É o mesmo mundo de contrastes.. .

Jesus, o ímpar amante da beleza, fez, porém,
do homem, o mais grandioso altar e, da Natureza,
o templo augusto, onde o amor é o tesouro mais
poderoso e mais fácil de ser adquirido, para
quem deseja viver, realmente, a Eternidade, sem
contrastes, nem equívocos.

Joanna de Ângelis
Divaldo Franco
Roteiro de Libertação
Editora LEAL

A Compaixão


Escasseia, na atual conjuntura terrestre, o
sentimento da compaixão.

Habituando-se aos próprios problemas e aflições,
o homem passa a não perceber os sofrimentos do
seu próximo.

Mergulhado nas suas necessidades, fica alheio
às do seu irmão, às vezes, resguardando- se numa
couraça de indiferença, a fim de poupar-se a
maior soma de dores.

Deixando de interessar-se pelos outros, estes
esquecem-se dele, e a vida social não vai além
das superficialidades imediatistas,
insignificantes.

Empedernindo o sentimento da compaixão, a
criatura avança para a impiedade e até para o
crime.

Olvida-se da gratidão aos pais e aos benfeitores,
tornando-se de feitio soberbo, no qual a presunção
domina com arbitrariedade.

Movimentando- se, na multidão, o indivíduo que foge
da compaixão, distancia-se de todos, pensando e
vivendo exclusivamente para o seu ego e para os
seus. No entanto, sem um relacionamento salutar,
que favorece a alegria e a amizade, os
sentimentos se deterioram, e os objetivos da vida
perdem a sua alta significação tornando-se mais
estreitos e egotistas.

A compaixão é uma ponte de mão dupla, propiciando
o sentimento que avança em socorro e o que retorna
em aflição.

é o primeiro passo para a vigência ativa das
virtudes morais, abrindo espaços para a paz e o
bem-estar pessoal.

O individualismo é-lhe a grande barreira, face a
sua programação doentia, estabelecida nas bases
do egocentrismo, que impede o desenvolvimento das
colossais potencialidades da vida, jacentes em
todos os indivíduos.

A compaixão auxilia o equilíbrio psicológico, por
fazer que se reflexione em torno das ocorrências
que atingem a todos os transeuntes da experiência
humana.

É possível que esse sentimento não resolva grandes
problemas, nem execute excelentes programas. Não
obstante, o simples desejo de auxiliar os outros
proporciona saudáveis disposições físicas e mentais,
que se transformarão em recursos de socorro nas
próximas oportunidades.

Mediante o hábito da compaixão, o homem aprende
a sacrificar os sentimentos inferiores e a abrir
o coração.

Pouco importa se o outro, o beneficiado pela
compaixão, não o valoriza, nem a reconheça ou sequer
venha a identificá-la. O essencial é o sentimento
de edificação, o júbilo da realização por menor que
seja, naquele que a experimenta.

Expandir esse sentimento é dar significação à vida.

A compaixão está cima da emotividade desequilibrada
e vazia. Ela age, enquanto a outra lamenta; realiza
o socorro, na razão em que a última apenas se apieda.

Quando se é capaz de participar dos sofrimentos
alheios, os próprios não parecem tão importantes e
significativos.

Repartindo a atenção com os demais, desaparece o
tempo vazio para a s lamentações pessoais.

Graças à compaixão, o poder de destruição humana
cede lugar aos anseios da harmonia e de beleza na
Terra.

Desenvolve esse sentimento de compaixão para com o
teu próximo, o mundo, e, compadecendo- te das suas
limitações e deficiências, cresce em ação no rumo
do Grande Poder.

Joanna de Ângelis
Divaldo Franco
Responsabilidade
Editora LEAL


Vida em família


Os filhos não são cópias xerox dos pais, que apenas produzem o corpo, graças aos mecanismos do atavismo biológico.

As heranças e parecenças físicas são decorrências dos gametas, no entanto, o caráter, a inteligência e o sentimento procedem do Espírito que se corporifica pela reencarnação, sem maior dependência dos vínculos genéticos com os progenitores.

Atados por compromissos anteriores, retornam, ao lar, não somente aqueles seres a quem se ama, senão aque¬loutros a quem se deve ou que estão com dívidas…

Cobradores empedernidos surgem na forma fisiológica, renteando com o devedor, utilizando-se do processo superior das Leis de Deus para o reajuste de contas, no qual, não poucas vezes, se complicam as situações, por indisposições dos consortes…

Adversários reaparecem como membros da família para receber amor, no entanto, na batalha das afinidades padecem campanhas de perseguição inconsciente, experimentando o pesado ônus da antipatia e da animosidade.

A família é, antes de tudo, um laboratório de experiências reparadoras, na qual a felicidade e a dor se alternam, programando a paz futura.

Nem é o grupo da bênção, nem o élan da desdita.

Antes é a escola de aprendizagem e redenção futura.

Irmãos que se amam, ou se detestam, pais que se digladiam no proscênio doméstico, genitores que destacam uns filhos em detrimento dos outros, ou filhos que agridem ou amparam pais, são Espíritos em processo de evolução, retornando ao palco da vida física para a encenação da peça em que fracassaram, no passado.

A vida é incessante, e a família carnal são experiências transitórias em programação que objetiva a família universal.

Abençoa, desse modo, com a paciência e o perdão, o filho ingrato e calceta.

Compreende com ternura o genitor atormentado que te não corresponde às aspirações.

Desculpa o esposo irresponsável ou a companheira leviana, perseverando ao seu lado, mesmo que o ser a quem te vinculas queira ir-se adiante.

Não o retenhas com amarras de ódio ou de ressentimento. Irá além, sim, no entanto, prossegue tu, fiel, no posto, e amando…

Não te creias responsável direto na provação que te abate ante o filho limitado, física ou mentalmente.

Tu e ele sois comprometidos perante os códigos Divinos pelo pretérito espiritual.

O teu corpo lhe ofereceu os elementos com que se apresenta, porém, foi ele, o ser espiritual, quem modelou a roupagem na qual comparece para o compromisso libertador.

Ante o filhinho deficiente não te inculpes. Ama-o mais e completa-lhe as limitações com os teus recursos, preenchendo os vazios que ele experimenta.

Suas carências são abençoados mecanismos de crescimento eterno.

Faze por ele, hoje, o que descuidaste antes.

A vida em família é oportunidade sublime que não deve ser descuidada ou malbaratada.

Com muita propriedade e irretorquível sabedoria, afirmou Jesus, ao doutor da Lei:

“Ninguém entrará no reino dos céus, se não nascer de novo…

E a Doutrina Espírita estabelece com segurança:

“Nascer, morrer, renascer ainda e progredir sempre — é a lei. Fora da caridade não há salvação.”



Divaldo Pereira Franco -Da obra: S.O.S. Família
Ditado pelo Espírito Joanna de Ângelis.

http://www.espiritismobh.net .

domingo, 12 de dezembro de 2010

Exame


“Não basta crer; é preciso, sobretudo, dar exemplos de bondade, de tolerância e de desinteresse, sem o que estéril será a - vossa fé”.
O Livro dos Médiuns - 2ª parte, Capítulo XXXI, item I (Santo Agostinho).

Aprofundar a mente na investigação minuciosa das deficiências alheias, mesmo com o propósito aparente de ajudar, seria como derramar precioso bálsamo sobre pântano infeliz com a intenção de saneá-lo ou jogar ácido cruel sobre feridas que demoram a cicatrizar com o pretexto de eliminar o foco infeccioso...

Não convertas a tua caridade mental em sombras densas para que não tropeces em escolhos.

Podes movimentar o tesouro psíquico para reorganizar o equilíbrio sem o impositivo de ampliar a infelicidade, tornado-a conhecida.

Não transformes a visão em instrumento de observação impiedosa. Nem movimentes o verbo como quem aciona látego cortante, desencadeando sofrimento.

Exalta a oportunidade de cultivar a esperança.

Difunde a excelência do otimismo.

Distende a alegria junto àqueles que a tristeza venceu.

Louva as mensagens da fé operante ao lado do amigo que caiu fragorosamente.

Acena a todos com novas possibilidades de refazimento no bem, demonstrando ânimo sereno e robusto.

Supera a tentação de inquirir muito para compreender, desdobrando o trabalho que renova e restaura.

Descobre o lado melhor do infeliz e faze o melhor.

E se notares que tudo indica insucesso do seu empreendimento, agigantando-se o mal, apela para a Espiritualidade Superior e transforma-te em viva mensagem de amor, desdobrando a bondade de Jesus Cristo, sem aguardares de imediato o êxito que te não pertence.

Quando não puderes fazer o bem pensa nele.

A noite para não ser triste veste-se de estrelas.

O espinheiro atormentado, em silêncio, adorna-se de flores.

E com o que tiveres exalta a alegria, embelezando a vida.

Nunca reclames ante a fraqueza dos outros nem examines o erro do próximo com azedume, mesmo porque, em te voltando contra eles é necessário examinar, no recesso íntimo, quanto tens sido mal sucedido e, se em lugar desses companheiros não estarias complicando a própria aflição, fazendo o que eles realizam com dificuldade, de maneira pior e mais infeliz.


Joanna de Ângelis

FRANCO, Divaldo Pereira. “Espírito e Vida”.
Pelo Espírito Joanna de Ângelis.
2.ed. Salvador, BA: LEAL, 1978, Capítulo 21.

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Fiel para sempre



No embate contínuo das inúmeras paixões
para a intransferível sublimação espiritual,
o cristão, descontente com as concessões que
frui, compreende a necessidade de prosseguir
lutando.

O triunfo imediato, as glórias fáceis, as
alegrias ligeiras não o fascinam, porque
lhes confere a transitoriedade.

Ante os monumentos colossais do passado,
agora corroídos pelo tempo, constata a
vacuidade dos bens terrenos.

Colunas de mármores raros cinzelados,
granitos preciosos ornados de metais que
produzem pujança e beleza deslumbrante,
ressurgem, frios, tristes, aos seus olhos,
narrando a história das mãos escravas que
os trabalharam, lavando com suores e
lágrimas de sangue a poeira que os
instrumentos produziram ao dar-lhes forma
arrancando dos minerais brutos a mensagem
da beleza.

Museus abarrotados de valores de alto preço,
que descrevem conquistas e poder, parecem
páginas que choram em esculturas quebradas
e ornatos incompletos, preciosidades mortas,
fitando homens que a miséria mata desde a
orfandade e que, possivelmente, foram os
mesmos, que um dia no passado, se
banquetearam na abastança da ilusão.

Lajes que suportaram, indiferentes, o
tropel de exércitos com os seus animais e
carros de guerra, continuam, gastas,
suportando máquinas velozes que a técnica
constrói...

E as paixões hoje são quase as mesmas de
ontem, senão mais açuladas, mais violentas
e devastadoras, no homem que prossegue
inquieto.

Fala-se muito sobre tais belezas, ora
transformadas em mausoléus de lembranças.
Sem dúvida, retratam a arte, expressam
grandezas espirituais, muitas delas.
Fitando-as, todavia, não há como deixar de
inquirir: "Se Deus concede ao homem ímpio e
infeliz tanta fortuna, que não reservará ao
filho generoso e trabalhador que Lhe é
fiel?!"

Luta, pois, e sofre, mesmo sozinho.

Desencarcera- te das primitivas manifestações
do instinto, por cujos impulsos tens transitado
e ascende aos panoramas da emoção superior,
buscando com os sentimentos nobres e a
inteligência lúcida, a intuição libertadora.

Não te equivoques com o sorriso dos
conquistadores iludidos, nem suponhas que,
promovendo alaridos, eles hajam encontrado a
felicidade. O júbilo que promove balbúrdia é
loucura em plena explosão.

A alegria que brota de dentro é como córrego
precioso, que nasce discretamente e
dessedenta a terra por onde cantam, docemente,
suas águas passantes.

A atroada dos infelizes é produzida pela
fuga que promovem, aparentando festa
interior.

Ei-los que se embriagam por um dia, se
entristecem no outro, murcham repentinamente
e se desgarram na excentricidade das alienações
mentais, conquanto aplaudidos por outros
enfermos, sumindo pela porta do suicídio
direto ou indireto para defrontar a realidade
dolorosa, logo depois.

Todo cristão autêntico sofre um "espinho na
carne", que lhe dói e é, também, sua
advertência.

O Calvário não é apenas a recordação ou o nome
do lugar onde Ele padeceu. É a mensagem eterna
da superação do Filho de Deus a todas as
contingências, circunstâncias e imposições
humanas, falando de amor, coragem, renúncia e
fé.

Todos os mártires da fé, os heróis do bem e
os santos do amor, caminhando entre os homens,
sofriam com alegria o seu calvário, que era o
sinal de união contínua com Ele, o Herói
Estelar.

Abre, desse modo, os teus braços, submete-te
à cruz redentora e avança. Pára a ouvir um
pouco as vozes do passado que ensinam
experiências e não temas: sê fiel a Jesus
até o fim!


Joanna de Ângelis/Divaldo Franco
Sol de Esperança/Editora LEAL

Mansidão e Piedade



Se caminhas sob chuvas de impropérios e maldições, cultiva a mansidão e
exercita a piedade.

Se atravessas provas rudes, assoalhadas por aflições contínuas, guarda-te na
mansidão e desenvolve a piedade.

Se sofres agressões prolongadas, que se não justificam, permanece com mansidão
e desenvolve a piedade.

Se tombas nas ciladas bem urdidas, propostas por adversários encarnados ou
não, mantém-te em mansidão e esparze a piedade.

Se te açodam circunstâncias rudes e tudo parece conspirar contra tuas lutas de
redenção, não te descures da mansidão nem da piedade.

Aclamado pelo entusiasmo passageiro de amigos ou admiradores, sustenta a mansidão
e insiste na piedade.

Guindado a posições de relevo transitório e requestado pelo momento de ilusão, não
te afaste da mansidão da piedade.

Carregado de êxitos terrenos e laureado por enganosas situações, envolve-te na
mansidão e não te distancies da piedade.

Recomendado pelas pessoas proeminentes ou procurado pelos triunfos humanos,
persevera com mansidão e trabalha com piedade.

Mansidão e piedade em qualquer circunstância, sempre.

A mansidão coloca-te interiormente indene à agressividade dos que se comprazem no mal
e a piedade envolve-os em vibrações de amor.

A mansidão faz-te compreender que necessitas de crescimento espiritual e, por
enquanto, a dor ainda se torna instrumento educativo. A piedade evita que mágoas ou
seqüelas de aborrecimento tisnem os teus ideais de enobrecimento.

A mansidão acalma; a piedade socorre.

Com mansidão seguirás a trilha da humildade e com a piedade prosseguirás retribuindo
com o bem a todo e qualquer mal.

A mansidão identifica o cristão e a piedade fala das suas conquistas interiores.

- "Bem-aventurados os mansos e pacificadores - ensinou Jesus - porque eles
herdarão a Terra"... feliz do continente da alma imortal.



Joanna de Ângelis /Divaldo Franco
Otimismo /Editora LEAL

A desgraça Real



Desgraça é todo acontecimento funesto, desonroso, que aturde e desarticula
os sentimentos, conduzindo a estados paroxísticos, desesperadores.

Não somente aqueles que se apresentam trágicos, mas também inúmeros outros
que dilaceram o ser íntimo, conspirando contra as aspirações do
ideal e do Bem, da fraternidade e da harmonia íntima.

Chegando de surpresa, estiola a alegria, conduzindo ao corredor escuro
da aflição.

Somente pode avaliar o peso de angústias aquele que lhes experimenta
o guante cruel.

Há, no entanto, desgraças e desgraças. As primeiras são as que irrompem
desarticulando a emoção e desestruturando a existência física e
moral da criatura que, não raro, sucumbe ante a sua presença e
aqueloutras, que não são identificadas por se constituírem conseqüências de
atos infelizes, arquitetados por quem ora lhes padece os efeitos danosos.
Essa, sim, são as desgraças reais.

Há ocorrências que são enriquecedoras por um momento, trazendo alegrias e
benesses, para logo depois se converterem em tormentos e sombras,
escassez e loucura. No entanto, quando se é responsável pela infelicidade
alheia, ao trair-se a confiança, ao caluniar-se, a investir-se contra os
valores éticos do próximo, semeando desconforto ou sofrimento, levando-o
ao poste do sacrifício, ou à praça do ridículo, a isso chamaremos desgraça
real, porque o seu autor não fugirá da própria nem da Consciência Cósmica.

Assim considerando, muitos infortúnios de hoje são bênçãos, pelo
que resultarão mais tarde, favorecendo com paz e recuperação o déspota e
infrator de ontem, em processo de recuperação do mal praticado.

Sob outro aspecto, o prazer gerado na insensatez, os ganhos desonestos, as
posições de relevo que se fixam no padecimento de outras vidas, o triunfo
que resulta de circunstâncias más para outrem, os tesouros acumulados sobre a
miséria alheia, os sorrisos da embriaguez dos sentidos, o desperdício
e abuso ante tanta miséria, constituem fatores propiciadores de dolorosos
efeitos, portanto, são desgraças inimagináveis, que um dia ressurgirão
em copioso pranto, em angústias acerbas, em solidão e deformidade de toda ordem,
pela necessidade de expungir-se e reeducar-se no respeito às Leis soberanas
da Vida e aos valores humanos desrespeitados.

O Homem-Jesus não poucas vezes chamou a atenção para essa desgraça, não
considerada, e para a felicidade, por enquanto envolta em problemas, mas
única possibilidade de ser fruída por definitivo.

Todos os que choram, os famintos e os sequiosos de justiça, os padecentes de
perseguições, todos momentaneamente em angústia, logo mais receberão o quinhão
do pão, da paz, da vitória, se souberem sofrer com resignação, após haverem
resgatado os compromissos infelizes a que se entregaram anteriormente, e
geradores da situação atual aflitiva.

Aqueles porém, que sorriem na loucura da posse, que se locupletam sobre os
bens da infâmia e da cobiça, que são aplaudidos pelas massas e anatematizados
pela consciência, oportunamente serão tomados pelas lágrimas, pela falta,
pelo tormento...

São inderrogáveis as Leis da Vida, constituindo ordem e harmonia no
Universo.


Joanna de Ângelis/Divaldo Franco
Jesus e o Evangelho – À Luz da Psicologia Profunda /Editora LEAL


quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Felicidade Possível


Acreditavas que a felicidade seria semelhante a uma ilha fantástica de prazer constante e paz permanente. Um lugar onde não houvesse preocupação, nem se apresentasse a dor; no qual os sorrisos brilhassem nos lábios, e a beleza engrinaldasse de festa as criaturas.

Uma felicidade feita de fantasias parecia ser a tua busca.

Planejastes a vida, objetivando encontrar esse reino encantado, onde, por fim, descansasses da fadiga, da aflição e fruísses a harmonia.

Passam-se anos, e somas frustrações, anotando desencantos e amarguras, sem anelada conquista.

Lentamente, entregas-te ao desânimo, e sentes que estás discriminado no mundo, quando vês as propagandas apresentadas pela mídia, nas quais desfilam os jovens, belos e jubilosos, desperdiçando saúde, robustez, corpos venusinos e apolíneos, usando cigarros e bebidas famosas, brincando em iates de luxo, ou exibindo-se em desportos da moda, invejáveis, triunfantes. ..

Crês que eles são felizes...

Não sabes quanto custa, em sacrifício e dor, alcançar o topo da fama e permanecer lá.

Sob quase todos aqueles sorrisos, que são estudados, estão a face da amargura e as marcas do ressaibo, do arrependimento.

Alguns envenenaram a alma dos charcos por onde andaram, antes de serem conhecidos e disputados.
Muitos se entregaram a drogas perturbadoras, que lhes consomem a juventude, qual ocorreu com as multidões de outros, que os anteciparam e desapareceram.

Esquecidos e enfermos, aqueles que foram pessoas-objeto, amargam hoje a miséria a que se acolheram ou foram atirados.

Felicidade, porém, é conquista íntima.

Todos os que se encontram na Terra, nascidos em berços de ouro ou de palha, homenageados ou desprezados, belos ou feios, são feitos do mesmo barro frágil de carne, e experimentam, de uma ou de outra forma, vicissitudes, decepções, doenças e desconforto.

Ninguém, no mundo terreno, vive em regime especial. O que parece, não excede a imagem, a ilusão.

Se desejas ser feliz, vive, cada momento, de forma integral, reunindo as cotas de alegria, de esperança, de sonho, de bênção, num painel plenificador.

As ocorrências de dor são experiências para as de saúde e de paz.

A felicidade não são coisas: é um estado interno, uma emoção.

Abençoa os acidentes de percurso, que denominas como desdita, segue na direção das metas, e verás quantas concessões de felicidade pela frente, aguardando por ti.

Quem avança monte acima, pisa pedregulhos que ferem os pés, mas também flores miúdas e verdejante relva, que teimam em nascer ali colocando beleza no chão.

Reúne essas florezinhas em um ramalhete, toma das pedras pequeninas fazendo colares, e descobrirás que, para a criatura ser feliz, basta amar e saber discernir, nas coisas e nos sucessos da marcha, a vontade de Deus e as necessidades para a evolução.



Joanna de Ângelis/Divaldo Franco
Momentos Enriquecedores/Editora LEAL

Convite à Solidariedade


São muitos os necessitados que desfilam
aflições, aguardando entendimento e
socorro.

Uns estão assinalados rudemente por
deformidades visíveis que constituem a
cruel recidiva de que precisam para
aprender conduta e dever.

Outros se encontram sitiados por
limitações coercitivas que funcionam como
presídio correcional, a fim de os
habilitarem para futura convivência
social.

Alguns se apresentam com dificuldades no
raciocínio e na lucidez, embora a
aparência harmoniosa, como se fossem
estetas da forma emparedando misérias
mentais que os ensinam a valorizar
oportunidade e bênção.

Diversos conduzem feridas expostas,
abertas em chagas purulentas, com que
drenam antigas mazelas e corrigem paixões
impressas nos painéis do perispírito,
submetido à terapêutica renovadora.

Vários estão estigmatizados a ferro e
fogo, padecendo dores morais quase
superlativas, em regime de economia de
felicidade, exercitando as experiências
da esperança.

Um sem número de atados à fome e à
discriminação racial sob acicates
poderosos, estão treinando humildade
para o futuro.

Todos aguardando piedade, ensejo para
conjugarem os verbos servir e amar.

Há outros, porém, esperando
solidariedade.

São os construtores do ideal edificante,
os servidores desinteressados, os
promotores da alegria pura, os
trabalhadores da fraternidade, os
governantes honestos, os capitães da
indústria forjados no aço da honradez,
os pais laboriosos, os mestres e
educadores fiéis ao programa do bem.

Sim, não apenas os que pagam o pretérito
culposo, mas, sobretudo, os que estão
levantando o Mundo Novo dos escombros
que jazem no chão da Humanidade. Nobre
e fácil chorar a dor ao lado de quem
sofre.

Felizes, também, os que podem oferecer-
se, solidários, aos que servem e amam
ao Senhor, não obstante os diversos
nomes e caminhos pelos quais se desvelam,
operários da Era Melhor do amanhã ditoso.

Solidariedade, também, para com os que
obram no bem.


Joanna de Ângelis /Divaldo Franco
Convites da Vida /Editora LEAL/

Objurgatórias


Explicas a rebeldia atual e a debandada das
trilhas luminosas da fé, porque a decepção
marcou as experiências religiosas em que te
envolveste, povoando-te de aflição e ralando-
te o coração de dor.

Pedias paz e encontraste somente lutas.

Esperavas tranqüilidade e achaste inquietude.

Desejavas saúde e enfrentaste enfermidades.

Aguardavas solicitude do Alto e os Ouvidos
Cerúleos pareciam-te moucos às rogativas.

É natural, justificas, que a revolta se
instalasse no coração.

Formulavas, a respeito do Espiritismo,
conceitos diferentes; e a decepção,
inevitavelmente, foi o amigo que te atendeu.

Todavia, és o único responsável.

Fé é lâmpada que clareia interiormente.
Roteiro, e não transporte; estrada, e não
porto de repouso.

O Espiritismo não equaciona dificuldades,
consoante o engano de observação a que
estás afeiçoado, na Terra.

Para muitos a Misericórdia divina deveria
ser uma escrava às ordens de todas as
paixões.

Todavia, o melhor remédio para determinadas
baciloses é o bacilo-vacina.

Para muitas necessidades o socorro é, ainda,
a necessidade em forma de aguilhão.

Deus nos ajuda, não como desejamos, mas
consoante nossas reais necessidades.

Para certas feridas, o cautério com ferro
em brasa é o melhor método curador...

Por que, então fazer do Nosso Pai ou da fé,
nossos servos, transformando a justiça da Lei
que nos conduz ao resgate, em preferencialismo
para conosco, de maneira negativa e danosa?

Devem receber mais os que mais pedem ou
aqueles que mais trabalham?

Abandona, portanto, objurgatórias e
reclamações injustas, e serve.

Compromisso espiritista é ligação com deveres
maiores.

Os Amigos Espirituais não te atenderão as
comezinhas apelações, solucionando os problemas
que deves resolver; no entanto, dar-te-ão, em
colóquios sem palavras e estímulos sem nome, a
harmonia que é o caminho da paz legítima e da
felicidade real, longe de toda dor, agonia e
morte, no formoso labor que se manifesta na
luta de cada dia.


Joanna de Ângelis /Divaldo Franco
Messe de Amor/Editora LEAL


sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Desespero Injustificável


Pensas: "Aceitei, confiante, a fé e a luta
me parece mais rude. A fadiga me segue e o
desespero me cerceia. Tenho a impressão de
que forças tiranizantes me amesquinham,
comprazendo- se com os meus tormentos."

Analisas: "Abracei o Cristianismo Redivivo
no Espiritismo, guardando a esperança de
esclarecido, repousar, e edificado pelo
esclarecimento, viver em paz. No entanto,
com a dilatação do conhecimento, parece-me
que problemas com os quais eu não contava
repontam multiplicados e dissabores me
assinalam as horas."

Comentas: "Que ocorre comigo? Não desejava
melhoras econômicas ao aceitar a Doutrina
renovadora, todavia, surpreendo-me com tantos
insucessos.. . Não aguardava um paraíso entre
os companheiros, mas, por que a animosidade? "

Concluis: "Desisto — eis a solução. Talvez,
quem sabe? — imaginas — eu esteja deixando
consumir-me pelo excesso do ideal... Vejo
outros companheiros com ares felizes, bem
postos, joviais... Algo, comigo, está errado"

Sim, algo está errado: a conclusão a que
chegaste.

Todo compromisso elevado exige esforço no
empreendimento, luta na execução, força no
ideal.

Quem pretende fruir antes de produzir conserva
infantilidade mental.

O homem velho para despojar-se do manto
característico não consegue fazê-lo sem uma
grande revolução íntima.

O passado de cada espírito em luta, na Terra,
é todo um amontoado de escombros a retirar para
reconstruir, reaparelhar.

Enquanto alguém se demora em charco pestilento
acostuma-se ao recender da podridão.

O horizonte visual é maior de quanto mais alto
o contemplamos.

É, pois, compreensível que, desejoso de uma
vida melhor sejam concedidas às tuas possibilidades
atuais as lutas redentoras para mais altos vôos.

Com as percepções espirituais desenvolvidas e
sintonizadas com as Esferas da Luz, teus inimigos
desencarnados, na retaguarda, redobram a vigilância
junto aos teus movimentos e, de paixões açuladas
ante a perspectiva de perderem o comensal de antigas
loucuras, atiram-se, desordenadamente, "dispostos a
tudo"...

Ora, porfia, estuda e ama.

A oração elevar-te-á além das sombras densas.

A porfia retemperará tuas forças.

O estudo dilatará a tua faculdade de discernir.

E o amor te concederá as láureas da paz,
oferecendo-te os tesouros inalienáveis da felicidade
sem jaça.


Em "O Livro dos Espíritos", Allan Kardec, o
Embaixador das Cortes Celestes, registrou: "Sob
a influência das idéias carnais, o homem, na
Terra, só vê das provas o lado penoso..." "Na vida
espiritual, porém, compara esses gozos fugazes e
grosseiros com a inalterável felicidade que lhe é
dado entrever e desde logo nenhuma impressão mais
lhe causa os passageiros sofrimentos terrenos..."
" Não é possível, no estado de imperfeição em que
te encontra, gozar de uma vida isenta de amarguras.
Ele o percebe e, precisamente para chegar a frui-
la, é que trata de se melhorar."


Joanna de Ângelis / Divaldo Franco
Dimensões da Verdade / Editora LEAL

Suspeita


Suspeita é a "crença desfavorável, acompanhada
de desconfiança" , referente a alguma coisa
ou a alguém. Mau juízo decorrente de idéia
vaga, sem apoio legítimo, que, no entanto, se
transforma em urze calamitosa, espraiando-se
no campo mental e culminando por asfixiar os
nobres ideais em que se devem sustentar as
aspirações humanas.

De maleável contextura, a suspeita, semelhante
ao miasma sutil, se adensa e se avoluma,
logrando vencer quem a cultiva.

Normalmente, reflete o estado espiritual
daquele que a agasalha.

A consciência reta não lhe dá guarida, enquanto
o sentimento atormentado padece-lhe a
constrição, o estigma.

Necessário cercear-lhe o avanço, porquanto,
de fácil aceitação corrói as melhores
estruturas, conseguindo exteriorizar- se em
maledicência vinagrosa, que numa frase decepa
uma existência digna e, num sorriso de mofa,
ceifa as mais elevadas expressões de
jovialidade e de progresso.

A suspeita é a genitora do ciúme, que dela
se nutre, passando de simples idéia leviana
a obsessão tormentosa, geradora de alucinação
e impulsionadora de crimes.

Ninguém está imune à suspeita do próximo.

Cada um vê uma paisagem conforme a cor das
lentes que tem sobre os olhos. Assim, muitos
fatos parecem o que melhor convém aos
espectadores ou às suas personagens.

Coarctado pela insidiosa suspeita dos levianos
e maliciosos, não sintonizes os teus com os
seus pensamentos enfermos.

Insiste na perseverança das realizações a que
te vinculas, sem permitir-te diminuir a
intensidade que lhe conferes.

Muitas vezes o que parece ser, verdadeiramente
tem outra significação, que não pode ser
apreendida de relance. Mesmo em acurada
observação, fatos e coisas se expressam mais
de acordo com o observador do que com a sua
própria estrutura.

Abre, assim, o espírito à tranqüilidade e
não estaciones nos degraus da mágoa que a
suspeita dos outros coloca à tua frente, nem
te facultes a leviandade de suspeitar de
ninguém.

Quem erra, faz-se escravo do gravame que
comete.

O culpado, embora se disfarce, conhece a face
do engano ou do crime perpetrado.

Ninguém se evade da província da consciência
culpada, antes de conseguiu o ônus da auto-
recuperação.

Não poucas vezes, no Colégio Galileu, quando
medravam suspeitas e maledicências, o Mestre
Irrepreensível conclamou ao amor integral e
à confiança ilimitada.

Por essa razão, toda a mensagem da Boa Nova
está estruturada no perdão e na humildade,
com que o cristão deve pavimentar o caminho
da sua ascensão espiritual.

E apesar de seguir sob a perniciosa suspeita
de quase todos que O cercavam, Jesus permaneceu
integérrimo, edificando o Reino de Deus, até
mesmo quando traído e sacrificado, atestando
do alto da Cruz ser o símbolo perene da
suprema vitória do Espírito ilibado, como
estímulo para os caminhantes da retaguarda,
que somos todos nós.

Guarda-te, portanto, na paz, sem suspeitar
de ninguém.


Joanna de Ângelis / Divaldo Franco

Celeiro de Bênçãos / Editora LEAL


segunda-feira, 2 de agosto de 2010

'Ação Da Amizade


A amizade é o sentimento que imanta as almas umas às outras, gerando alegria e bem- estar.
A amizade é suave expressão do ser humano que necessita intercambiar as forças da emoção sob os estímulos do entendimento fraternal.
Inspiradora de coragem e de abnegação, a amizade enfloresce as almas, abençoando-as com resistências para as lutas.
Há, no mundo moderno, muita falta de amizade!
O egoísmo afasta as pessoas e as isola.
A amizade as aproxima e irmana.
O medo agride as almas e infelicita.
A amizade apazigua e alegra os indivíduos.
A desconfiança desarmoniza as vidas e a amizade equilibra as mentes, dulcificando os corações.
Na área dos amores de profundidade, a presença da amizade é fundamental.
Ela nasce de uma expressão de simpatia, e firma-se com as raízes do afeto seguro, fincadas nas terras da alma.
Quando outras emoções se estiolam no vaivém dos choques, a amizade perdura, companheira devotada dos homens que se estimam.
Se a amizade fugisse da Terra, a vida espiritual dos seres se esfacelaria.
Ela é meiga e paciente, vigilante e ativa.
Discreta, apaga-se, para que brilhe aquele a quem se afeiçoa.
Sustenta na fraqueza e liberta nos momentos de dor.
A amizade é fácil de ser vitalizada.
Cultivá-la, constitui um dever de todo aquele que pensa e aspira, porquanto, ninguém logra êxito, se avança com aridez na alma ou indiferente ao enlevo da sua fluidez.
Quando os impulsos sexuais do amor, nos nubentes, passam, a amizade fica.
Quando a desilusão apaga o fogo dos desejos nos grandes romances, se existe amizade, não se rompem os liames da união.
A amizade de Jesus pelos discípulos e pelas multidões dá-nos, até hoje, a dimensão do que é o amor na sua essência mais pura, demonstrando que ela é o passo inicial para essa conquista superior que é meta de todas as vidas e mandamento maior da Lei Divina.


Joanna de Angêlis

 Divaldo Franco na obra 'Momentos de Esperança'

Responsabilidade


Não te iludas com triunfos e prazeres, com as glórias e valores amoedados, tão do agrado terreno.
Amealha virtudes.
Reúna títulos de serviço em benefício ao próximo.
Executa ações benéficas.
Desapega-te dos bens que dão status e projeção entre os fantasistas, e deixa-te conduzir pela senda que Ele percorreu.

Joanna de Ângelis

Modêlo De Perfeição


Não há notícia alguma sobre uma pessoa que Lhe haja sido igual.
Sábio incomum, manteve-se por quase trinta anos no silêncio, apenas uma vez interrompido, quando contava somente doze anos, demonstrando sua ímpar capacidade intelecto-moral.
Com um pequeno grupo de doze homens simples, quase sem cultura, fundou um Colégio em contato com a Natureza, ali ministrando em breve tempo a mais ampla gama de conhecimentos gerais de que se tem informação, que se fundamentavam na lição viva do amor.
Transitou entre os vários fogos da inveja e da impiedade, enfrentando a astúcia e a perversidade, sem nunca deixar-se chamuscar.
Compôs com ternura o mais perfeito código de justiça espiritual, que é a canção incomparável das Bem-aventuranças.
Conviveu com a miséria social, moral e econômica do mundo, sem fazer-se mesquinho ou revoltado.
Conheceu os poderosos em trânsito no mundo, os ricos e dominadores, sem os invejar ou os combater.
Ecologista nato, tomou como modelo as expressões vivas da Terra: as aves, as serpentes, os lobos, os peixes, os lírios do campo, o mar, a mostarda, para compor insuperável parábolas em respeito ao equilíbrio vigente em tudo.
Estabeleceu na fraternidade a mais salutar experiência social para a convivência humana mediante trocas, sem destaque de indivíduo ou de posse, concitando a uma experiência em comum, que resultou em êxito incomum.
Não desperdiçou palavras nem agiu com insensatez, sendo sempre comedido.
Amou a infância, os pecadores e mesmos os inimigos.
Mestre, não retirou a oportunidade da aprendizagem saudável de cada um, ensinando como ser feliz e concedendo espaço para que os discípulos aprendessem a lográ-la.
Terapeuta eficiente, curou enfermidades e explicou como erradicá-las, advertindo os pacientes sobre as recidivas e novas complicações.
Jamais ostentou os poderes de que era portador, ou os ocultou.
Disciplinado, submeteu-se à vontade de Deus, sem queixas ou receios injustificáveis, até o extremo da renúncia pessoal.
E por amar em demasia entregou-se à crucificação e à morte, para ressurgir, logo depois, a fim de confirmar todos os Seus ensinamentos e voltar à convivência afetuosa com as criaturas, aquelas mesmas que duvidaram, fugiram e O negaram.
Por isso, e muito mais, Jesus "é o ser mais perfeito que Deus ofereceu ao homem para servir-lhe de modelo e guia", conforme afirmaram os Espíritos a Allan Kardec.


Joanna de Ângelis in 'Momentos de Harmonia'
 de Divaldo Pereira Franco


quinta-feira, 15 de julho de 2010

Agredido


Evidentemente sofres agressões. Do íntimo convulsionado, petardos mentais, contínuos, produzem-te desequilíbrios; de fora chegam as investidas da ignorância e da impiedade, que te dilaceram com profundos golpes.

São incontáveis as agressões:

vibrações perniciosas que exteriorizas ou absorves em comércio psíquico, agridem os outros, que revidam, inconscientes; palavras ácidas que proferes ou que te penetram, ferintes, quando enunciadas por outrem na tua direção; atitudes descorteses que assumes ou que têm para contigo e maceram teus sentimentos...
Sim, estás agredido, porque não conseguiste, ainda, a doçura que recolhe a animosidade sem revide, a biliosidade sem azedume, a investida do desequilíbrio sem revolta...
Açodado por fatores intrínsecos que te desarmonizam, não pudeste armazenar forças para o auto-burilamento, que te imunizaria contra as investidas perturbantes.
O espírita é alguém, que, encontrando a explicação dos motivos do sofrimento, penetra-se de luz e paz.
Revida mediante os métodos da confiança ilimitada em Deus, deixando à Vida as respostas mais úteis aos que a desconsideram.
Não toma nas mãos as rédeas da Justiça, armando-se de látego e baraço ou esgrimindo os recursos coarctadores nem os da punição.
Se não concorda com o erro e a criminalidade, não se transforma em julgador, ante age e produz corretamente, reagindo pela atitude positiva e elevada com que expõe a excelência dos conhecimentos que o vitalizam.
O triunfo dos agressores é semelhante a vapor que os vence no auge do êxito, enquanto a vitória dos agredidos é a paz do coração.
Toda aflição, pois, é recurso providencial de que a Vida se utiliza para aproximar-te da Verdade. Não recalcitres, nem sintonizes com aqueles que transitam nas densas faixas do primitivismo e da agressividade.
A vida na Terra por mais longa é sempre breve...
Felizes aqueles que concluem a jornada, quites, em relação aos deveres assumidos, podendo olhar para trás sem amarras nem, dependências de qualquer natureza, livres, após os embates terminados.
Incitado a adensar a massa dos atormentadores-atormentados, recorda Jesus e prossegue manso, sofrendo sem impor desespero a ninguém.
Asseverou-nos Ele, que todo aquele que "ganhar a vida, perdê-la-á", enquanto o que a "perder, tê-la-a ganho".
Assim informado não desfaleças e prossegue, agredido, porém, jamais agressor.

Franco, Divaldo Pereira.
Da obra: Celeiro de Bênçãos.
Ditado pelo Espírito Joanna de Angelis.

A Mente em Ação



Mais graves que as viroses habituais são aquelas que têm procedência no psiquismo desvairado.

Por ser agente da vida organizada, a mente sadia propicia o desenvolvimento das micropartículas que sustentam com equilíbrio a organização somática, assim como, através de descargas vigorosas, bombardeia os seus centros de atividade, dando curso a desarmonias inumeráveis.

Mentes viciosas e pessimistas geram vírus que se alojam no núcleo das células, e as destruindo se espalham pela corrente sanguínea, dando surgimento a enfermidades soezes.

Além desta funesta realização, interferem na organização imunológica e, afetando-a, facultam a agressão de outros agentes destruidores, que desenvolvem síndromes cruéis e degenerativas.

Além dos vícios que entorpecem os sentimentos relevantes do homem, perturbando-lhe a existência, o tédio e o ciúme, a violência e a queixa, entre outros hábitos perniciosos, são responsáveis pela desestruturação física e emocional da criatura.

O tédio é resultado da ociosidade costumeira da mente acomodada e preguiçosa.

Matriz de muitos infortúnios, responde por neuroses estranhas e depressivas, culminando com o suicídio injustificável e covarde.

Entregue ao tédio, o paciente transfere responsabilidades e ações para os outros, deixam dose sucumbir na amargura, quando não se envenena pela revolta contra todos e tudo.

A mente entregue ao ciúme, fomenta acontecimentos que gostaria se realizassem, afim de atormentar-se e atormentar, aprisionando ou perseguindo a sua vítima.

Por sua vez, desconecta os centros de equilíbrio, passando à condição de vapor dissolvente da confiança e do amor.

A violência é distúrbio emocional, que remanesce do primitivismo das origens, facultando o combustível do ódio, que se inflama em incêndio infeliz, a devorar o ser que o proporciona.

Quando isto não ocorre, dispara dardos certeiros nas usinas da emoção, que se destrambelha, gerando vírus perigosos que se instalam no organismo desarticulado e o vencem.

A queixa ressuma como desrespeito ao trabalho e aos valores alheios, sempre pronta a censurar e a fiscalizar os outros, lamentando-se, enquanto vapores tóxicos inutilizam os núcleos da ação, que se enferrujamn e perdem a finalidade.

Há todo um complexo de hábitos mentais e vícios morais, prejudiciais, que agridem a vida e a desnaturam.

É indispensável que o homem se resolva por utilizar do admirável arsenal de recursos que possui, aplicando os valores edificantes a serviço da sua felicidade.

Vives consoante pensas e almejas. Consciente ou inconscientemente.

Conforme dirijas a mente, recolherás os resultados.

Possuis todos os recursos ao alcance da vontade.

Canalizando-a para o bem ou para o mal, fruirás saúde ou doença.

Tem em mente, no entanto, que o teu destino é programado pela tua mente e pelos teus atos, dependendo de ti a direção que lhe concedas.


Franco, Divaldo Pereira.
Da obra: Momentos de Felicidade.
 Ditado pelo Espírito Joanna de Ângelis

sexta-feira, 2 de julho de 2010

Não desistas


Deus dotou-te de força de vontade.
Se te parece fraca, é porque não a tens exercitado.
Toda e qualquer função orgânica ou moral necessita de exercício a fim de atender com rapidez
aos comandos mentais.
Treina-a nos pequenos hábitos viciosos, buscando corrigi-los, e,lentamente, vai passando para desafios mais expressivos.
Através de uma vontade disciplinada conseguirás atingir os objetivos máximos da tua atual
existência.
Não desistas, se, de início, fracassares.

Joanna de Ângelis

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