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Jesus o Grande Mestre.

Image and video hosting by TinyPic Jesus Cristo, Yeshua ben-Yoseph "A Cada Um Será Dado De Acordo Com Suas Obras "

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sexta-feira, 25 de novembro de 2011

05. ESPIRITISMO NO MUNDO:
Existe Espiritismo fora do Brasil? Sim, existe, é claro, embora que não conte com a mesma força que em nosso país. Mas, com muita alegria, ao longo destes seis anos frente ao Instituto De Divulgação Espírita André Luiz (Instituto André Luiz e Ideal André Luiz), tivemos o privilégio de entrar em contato com inúmeros irmãos e entidades internacionais, envolvidos com entusiasmo no projeto de criar, manter e ampliar casas espíritas nos lugares mais distantes do Planeta.
Dentre entre estes lugares, podemos citar: Bósnia (Movimento criado a partir de Embaixada de língua portuguesa, por funcionários espíritas), Canadá, Holanda, Suécia, Japão, Noruega, Itália, França, Venezuela, Argentina e Estados Unidos. Nestes países, assim como em muitos outros, o Espiritismo começa a andar, lenta, porém firmemente e sempre mantendo, para alegria nossa, fidelidade aos ensinamentos repassados pelos Espíritos Codificadores ao mestre Allan Kardec.
Nos Estados Unidos, porém, é onde o Espiritismo caminha com maior vigor e rapidez. Vejam na entrevista abaixo, um panorama do Espiritismo norte-americano:

P: - Quantos grupos espíritas existem nos Estados Unidos da América do Norte?
R: - Contam-se 50 grupos, dentre os quais 17 estão legalizados e 12 estão afiliados ao Conselho Espírita.
P: - Como se organiza, nos EUA, o movimento espírita?
R: - Como o movimento ainda é jovem e está em organização, os centros espíritas afiliam-se diretamente ao Conselho Espírita, com sede em Washington. Na Flórida existe uma Federação Espírita, anterior à criação do próprio Conselho. Lá os grupos podem se afiliar também àquela Instituição, que por sua vez, também é adesa ao Conselho.
P: - Esses grupos compreendem a importância de Allan Kardec?
R: - Sim, esses grupos estão conscientes a respeito da codificação do Espiritismo e procuram pautar suas atividades nos princípios básicos compilados por Allan Kardec, com base nos ensinos da espiritualidade superior. (Fonte: Site O Mensageiro, entrevista de Carlos Campetti. VEJA MAIS).

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06. ESPIRITISMO NO BRASIL:
JEITO BRASILEIRO DE SER ESPÍRITA - (Entrevista concedia pela antropóloga Sandra Jacqueline Stoll, que estudou a história e linhas de força que lutam pela hegemonia do Espiritismo no Brasil à reporter Paula Barcellos, do JB Online: "Apesar de contar com 6 milhões de espíritas declarados e outros milhões de simpatizantes, a história e a prática dessa religião ainda não tinham transposto os muros acadêmicos. Para suprir essa lacuna, a antropóloga Sandra Jacqueline Stoll escreveu Espiritismo à brasileira (Edusp, 296 páginas, R$ 35), originalmente uma tese de doutorado em Antropologia Cultural na USP. Confrontando dois personagens fundamentais, Chico Xavier e Luiz Antônio Gasparetto, Sandra identificou novas linhas de força da religião espírita, desde o início dividida entre uma corrente cientificista, predominante na Europa, e outra que privilegia o aspecto moral, hegemônica no Brasil. Nesta entrevista, ela explica as novas divisões do espiritismo: de um lado, a ligação com o catolicismo, expressa na aceitação voluntária, por Chico Xavier, dos votos monásticos de pobreza e castidade. De outro, a Nova Era e a auto-ajuda de Gasparetto, que prega a realização pessoal e o sucesso.

- O que a levou a estudar o espiritismo?
- Eu tinha curiosidade de rever a interpretação da inserção do espiritismo na cultura religiosa brasileira. Quando se analisam certas tendências do campo religioso, os grupos mencionados são os católicos, os carismáticos, os neopentecostais e os grupos afro-brasileiros. Suprir essa lacuna foi uma das motivações dessa pesquisa. Mas havia também a figura extraordinária de Chico Xavier, que, apesar da unanimidade conquistada dentro e fora do meio espírita, não tinha sido ainda objeto de pesquisa antropológica. O mesmo ocorre com outro médium de destaque, Luiz Antônio Gasparetto. Suas pinturas mediúnicas chamaram tanto a atenção que ele chegou a ser levado para a Inglaterra, para se apresentar na BBC.

- No livro, você compara a doutrina espírita francesa, fundada por Allan Kardec, com a brasileira. Elas acabaram se tornando religiões diferentes? Ou as diferenças são, basicamente, resultantes de comportamentos culturais distintos?
- A doutrina de Allan Kardec teve uma larga difusão na França, assim como no Brasil, no século 19. Nestes dois países, porém, as características assumidas pela doutrina não foram as mesmas. Na França, a produção das obras de Allan Kardec tinha como tema central a teoria da evolução. Essa era a tônica dos debates científicos e religiosos na Europa na época. Já no Brasil, apenas em círculos sociais restritos esse debate encontrou ressonância. Em contrapartida, o aspecto moral da doutrina espírita foi rapidamente assimilado, por seu estreito comprometimento com o ideário cristão. O que demonstro no livro é que esse ideário foi aqui reinterpretado, criando-se um ''estilo católico de ser espírita''. O médium Chico Xavier é o paradigma dessa construção. Sua imagem pública foi construída com base na noção católica de santidade. Isso se expressa no estilo de vida por ele adotado, marcado pela incorporação gradativa dos votos monásticos católicos: obediência, castidade, renúncia aos bens materiais. Traduzidas como ''sacrifício de si'', essas práticas, juntamente à caridade, também assimilada do universo católico, conferem ao espiritismo uma marca arraigadamente católica, cultura religiosa dominante no país. Não se trata, porém, de uma outra religião, já que os preceitos doutrinários do espiritismo no Brasil são os mesmos lançados na França.

- Isso teria acontecido apenas no Brasil?
- Nos países em que a religião católica é dominante, a apropriação de elementos de sua estrutura, de sua prática ritual e ideário faz parte das estratégias de inserção de doutrinas estrangeiras. Veja como outras religiões rapidamente se apropriam de símbolos do catolicismo para facilitar sua inserção nas camadas populares: as figuras dos bispos, pastores, templos, água, batismo etc. são exemplares nesse sentido. O Brasil não foge à regra. Mas é preciso também salientar que mudanças nas relações de poder no campo religioso podem alterar esse processo. Como demonstro no livro, existem hoje outras correntes bastante influentes no campo religioso. O próprio catolicismo tenta se adaptar a essas mudanças, introduzindo, de um lado, práticas rituais que o aproximam do pentecostalismo e, de outro, estimulando as peregrinações religiosas e o culto aos santos ao estilo Nova Era. Isso também pode ser observado no universo espírita: a construção de novas sínteses em que o catolicismo não ocupa lugar central. Provavelmente, como vêm demonstrando várias pesquisas recentes, a tendência reflete o solapamento da posição hegemônica que o catolicismo ocupava no Brasil.

- É inegável a importância de Chico Xavier no espiritismo brasileiro. Pode-se dizer que sua produção literária mediúnica legitimou a idéia de imortalidade da alma, uma das principais teses espíritas, a ponto de ser aceita por praticantes de outras religiões?
- A contribuição fundamental da literatura produzida por Chico Xavier foi certamente a popularização da doutrina espírita. Suas obras, acompanhadas cronologicamente, permitem perceber que os temas fundamentais do espiritismo - a idéia da imortalidade da consciência, da evolução, do carma etc. - são introduzidos de forma gradativa, articulando-se, especialmente nos romances, por meio do enredo de histórias de vida. Realizado por mais de 70 anos, esse projeto certamente contribuiu para a disseminação da idéia da imortalidade da alma, inclusive entre os que se dizem católicos, como sinalizam várias pesquisas acadêmicas e jornalísticas.

- Quais seriam as principais tendências do espiritismo brasileiro hoje?
- O espiritismo de ''viés católico'', consolidado em torno da imagem pública de Chico Xavier, ainda é hegemônico no Brasil, mas no interior deste vêm sendo gestadas novas tendências. Hoje temos duas correntes dominantes: uma, a exemplo da orientação de Kardec, vem buscando a inovação da doutrina por meio da atualização de seus conceitos científicos; a outra busca no campo religioso sua atualização, incorporando idéias e práticas de sistemas filosóficos/doutrinários diversos, precariamente reunidos em torno do rótulo de Nova Era e com grande ênfase na auto-ajuda. A Nova Era e as novas idéias científicas relativas às origens e evolução do universo tornaram-se as suas principais fontes contemporâneas de inspiração.

- Os livros de auto-ajuda têm influenciado o espiritismo?
- Essa é uma tendência que não se verifica apenas no Brasil. Hoje em inúmeras livrarias da Índia, do Nepal, da Inglaterra, de Portugal, do Chile e da Argentina, você encontra amplas seções de livros destinados à auto-ajuda. O espiritismo no Brasil acompanha essa tendência e, diga-se de passagem, a Igreja Católica também. Chico Xavier foi o primeiro best-seller do campo espírita. Hoje os livros de outros médiuns, em especial de Zíbia Gasparetto, tomaram-lhe a dianteira. Seus livros há anos constam entre os mais vendidos. Esse sucesso, em larga medida, explica-se por uma mudança do modelo convencional da literatura espírita para o filão da auto-ajuda.

- O que muda?
- Os temas principais são os mesmos - carma, evolução, intervenção dos espíritos etc. -, porém o alvo não é a vida futura, mas o aqui e agora. Usando uma linguagem mais coloquial, moderna e situações do cotidiano, essa literatura encontra ressonância especialmente entre os segmentos de classe média, ultrapassando os limites do espiritismo. Nesse sentido, esta literatura também contribui para a disseminação de temas fundamentais da doutrina espírita. A diferença é que nessa literatura o tema do livre-arbítrio ganha centralidade, enfatizado como instrumento de ''realização pessoal'', o que permite relativizar, por exemplo, a idéia do carma como destino inexorável.

- Um autor como Luiz Antonio Gasparetto une rituais mediúnicos às temáticas da Nova Era e às práticas de auto-ajuda. Como a doutrina espírita absorve tudo isso?
- Dizem os espíritas que Luiz Antônio Gasparetto já não é mais espírita. Ele mesmo recusa essa denominação. O endosso de certas idéias e práticas da Nova Era e especialmente da auto-ajuda, segundo eles, teria produzido o seu afastamento da tradição doutrinária. Entretanto, outros grupos fizeram o mesmo e ainda são considerados espíritas. O pomo da discórdia na verdade é uma questão de ordem ética: trata-se da discordância dos espíritas com relação ao uso da mediunidade para fins privados, em especial para o enriquecimento pessoal. Aí se evidencia o modelo de virtudes católico disseminado no espiritismo por Chico Xavier, que fez da prática da mediunidade um exercício do voto de pobreza. Gasparetto, ao contrário, investe por intermédio da auto-ajuda na ética do sucesso, da prosperidade. Atua em favor do próximo, porém não por meio da caridade, mas estimulando as pessoas a buscarem por si a felicidade, o prazer, a realização pessoal. Ele tem tido enorme sucesso com esse trabalho. Sustento, apesar disso, que Gasparetto continua no campo espírita. É a partir dessa matriz que ele reinterpreta os conceitos e práticas de outras tradições.

- Projetos como os de Gasparetto podem conduzir à criação de um novo espiritismo?
- A princípio é o que ele pretendia. Mas, hoje, afirma que não é espírita. Cada sistema religioso lida com a divergência e a dissidência de modos diversos. Os espíritas se debateram no Brasil durante décadas entre duas tendências, aqueles mais afinados com o discurso científico da doutrina, e os demais sintonizados com seus valores morais. Com Chico Xavier e seus seguidores tornou-se hegemônica a segunda corrente. Hoje existem novas tendências, dentro do campo espírita, disputando espaço. Não se sabe ainda qual o desfecho dessa disputa que apenas se inicia. Mas ela, forçosamente, impõe transformações.

- Muitas pessoas hoje se assumem como espiritualistas. Como você definiria esse conceito?
- Como outros conceitos, por exemplo de Nova Era ou ''neo-esoterismo'', estes são rótulos que demarcam um campo de trocas, disputas e diálogos e não um modo de identidade. Quem se diz espiritualista pode num dado momento estar realizando meditação de estilo zen, freqüentar sessões de ioga, massagem tibetana, consumir incensos, colecionar medalhas de santos católicos. Meses depois, pode ter abandonado um ou mais destes itens e estar envolvido numa nova síntese. Esse exercício da espiritualidade pouco afeito a fidelidades institucionais é o que caracteriza a religiosidade contemporânea. Talvez seja um dos principais desafios das instituições religiosas. [28/FEV/2004 - JEITO BRASILEIRO DE SER ESPÍRITA].


VEJA também artigo sobre "Espiritismo no Brasil - Suas Origens" no site do Centro Espírita Ismael..

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07. O ESPIRITISMO E AS RELIGIÕES AFRO-BRASILEIRAS:
Espiritismo não é Umbanda - FREQÜENTEMENTE, AS PESSOAS MENOS AFEITAS AO ESTUDO, CONFUNDEM O ESPIRITISMO COM OUTROS SEGMENTOS RELIGIOSOS. ISTO GERA PRECONCEITO E ATITUDES NEGATIVAS PARA AMBOS OS LADOS. NADA MELHOR QUE ESCLARECER, ENTÃO, NOSSOS LEITORES, SOBRE ESTAS QUESTÕES. O QUE HÁ DE SIMILAR, POR EXEMPLO, ENTRE ESPIRITISMO E UMBANDA?
Com todo respeito que nos merecem todas as religiões que induzam à prática do bem, respondemos que não.
Religião científico-filosófica, o Espiritismo não pretende demolir aquelas que o precederam, antes reconhece a necessidade da existência delas para grande parte da Humanidade, cuja evolução se processa lenta, mas inexoravelmente.
Espiritismo e Umbanda ensinam a reencarnação e trabalham com a mediunidade. A primeira usa o pensamento; a segunda, a Natureza.
O Espiritismo veio quando chegaram os tempos, através dos Espíritos Superiores que foram apóstolos e discípulos de Jesus quando ele esteve na Terra e que voltaram, no século passado, transmitindo seus ensinamentos a Allan Kardec, que os codificou. Ele objetiva o progresso espiritual dos homens, com a implantação da fraternidade entre eles.
Umbanda é basicamente prática religiosa dos africanos bantos e sudaneses, trazidos para o Brasil como escravos. É o resultado do sincretismo com o Catolicismo, reunindo ainda folclore, superstições e crendices, sem doutrina codificada.
A tendência natural é o umbandista se tornar espírita, como aconteceu, por exemplo, em Goiânia, à antiga Tenda do Caminho, hoje Irradiação Espírita Cristã, com um admirável acervo de obras assistenciais.
O Espiritismo não adota em suas reuniões: paramentos ou quaisquer vestes especiais; vinho, cachaça, ou qualquer outra bebida alcoólica; incenso, mirra, fumo ou quaisquer outras substâncias que produzam fumaça; altares, imagens, andores e velas; hinos ou cantos em línguas mortas ou exóticas; danças ou procissões; atendimento a interesses materiais, terra-a-terra, mundanos; pagamento de qualquer espécie; talismãs, amuletos, orações miraculosas, bentinhos e escapulários; administração de sacramentos, concessão de indulgências, distribuição de títulos nobiliárquicos; horóscopos, cartomancia, quiromancia e astrologia; rituais e encenações extravagantes; promessas e despachos; riscar cruzes e pontos, praticar, enfim, a longa série de atos materiais oriundos de velhas e primitivas concepções religiosas.
O Espiritismo não tem profissionais. Só amadores. Gente que ama o que faz, buscando a fé com a razão e o servir ao próximo sem qualquer recompensa material.
O Espiritismo é para ser estudado, discutido e aplicado, visando a reforma intima do seu adepto. (Fonte : Revista Espírita Allan Kardec, edição 36. VEJA MAIS!)

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