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quarta-feira, 31 de março de 2010
CHICO XAVIER - O HOMEM
Nascido em um lar humilde, a 2 de Abril de 1910, na cidade de Pedro Leopoldo-MG, foram seus pais João Cândido Xavier e Dona Maria João de Deus; ele, cambista (vendedor de bilhete de loteria) e ela de afazeres domésticos.
Aos cinco anos de idade Chico Xavier assiste o falecimento de sua mãe, a qual, momentos antes, confia o menino à sua madrinha, Dona Rita. Esta, por ser muito nervosa, segundo a bondade de Chico Xavier, não tem para com o pequeno órfão o afeto que o menino mais tarde encontraria em Dona Cidália, a segunda esposa de João Cândido Xavier.
Dona Rita aplicava no menino, diariamente uma surra com vara de marmeleiro, o que lhe causava, é óbvio, dores horríveis. Aquela senhora tinha um filho adotivo, seu sobrinho - o Moacir. Um dia apareceu umas feridas no pé do menino; uma vizinha ensina para Dona Rita uma "simpatia infalível" para que tais feridas sejam curadas: numa sexta-feira mandar uma criança lamber as ditas feridas. Não resta dúvida que o Chico foi o escolhido para tal "simpatia". Mais tarde Chico Xavier, em entrevista, conta que sua mãe auxiliou-o na cura das feridas.
Aos nove anos de idade Chico consegue empregar-se em uma Fábrica de Tecelagem, graças às boas recomendações do virtuoso Vigário Scargelli, seu confessor, do qual Chico Xavier até hoje guarda imenso carinho e inapagável gratidão.
Além do trabalho na Fábrica, Chico estuda no Grupo Escolar "São José", levantando-se às seis horas da manhã, pois às sete inicia as tarefas escolares. O serviço na fábrica inicia às 15 horas e o término é às 23 horas.
O trabalho era por demais exaustivo e Chico se vê obrigado a deixar aquele emprego e vai trabalhar no estabelecimento comercial do Senhor José Felizardo Sobrinho, onde o serviço iniciava às seis horas da manhã até às oito da noite. No referido estabelecimento o jovem Chico Xavier executava vários serviços - escrituração, faxina, até mesmo cuidar das hortaliças. Devido seus afazeres e a necessidade de auxiliar o pai, Chico se vê obrigado a abandonar os estudos antes mesmo de concluir a quinta série do antigo primário.
Anos mais tarde, quando Chico Xavier já era funcionário do Ministério da Agricultura, alguém lhe diz que seu ex-patrão, José Felizardo Sobrinho, havia falecido após muitos anos de enfermidade e vicissitudes, inclusive informa-o da falência total de seu estabelecimento. Chico Xavier pergunta a que horas seria o sepultamento.
- Creio que vão sepultá-lo a qualquer hora, como indigente, em caixão doado pela Prefeitura, isto é, no rabecão.
Chico fica meditativo e diz o seguinte:
- Por gentileza, faça-me um favor: vá à casa em que desencarnou o Senhor José e peça para aguardarem. Vou ver se consigo um caixão, mesmo barato.
Após avisar seu chefe que iria chegar com um certo atraso à repartição, Chico sai de porta em porta, pedindo a caridade de um auxílio para comprar um caixão para sepultar seu extinto amigo. Pouco tempo depois, toda cidade de Pedro Leopoldo tinha conhecimento do fato e todos correram ao encontro do Chico na nobilíssima iniciativa. Até mesmo um cego, por vulgo NEGO, que vivia de esmolas públicas, foi ter com o Chico dizendo_lhe: "-Tenho aqui um dinheirinho que me deram ontem..." E deixou nas laboriosas mãos do Chico alguns trocados. Chico olhou aqueles olhos mortos e sem luz e viu neles muitas lágrimas. Chico abraçou o NEGO e disse-lhe: "- Obrigado, meu amigo. Que Jesus abençoe seu sacrifício..."
Ninguém deve esquecer que o menino Chico teve um grande período de infelicidade em sua infância, pois além de ver-se na orfandade materna aos cinco anos, o menino não teve em Dona Rita, sua madrinha, o necessário afeto. Mais que isso: aquela senhora batia constantemente no menino, mormente quando este dizia ver e ouvir as pessoas já falecidas. Acreditando que o menino estava com o "diabo no corpo", a madrinha lhe introduzia garfos na pele para afastar o "astuto".
Até que um dia o senhor João Cândido Xavier, pai de Chico, resolve casar novamente. A noiva, a jovem Cidália, impôs uma condição ao viúvo: aceitaria casar, mas somente se o noivo reunisse todos os filhos para os dois cuidarem de sua criação.
Quando o pequeno Chico foi trazido à D. Cidália, esta pergunta para o Chico se ele sabia quem era ela, no que o menino responde, candidamente: "-A Senhora é um anjo bom que minha mãe mandou..." Realmente, Dona Cidália foi um anjo para Chico. Espírito sublimado pela renúncia e pela bondade doou aos filhos de João, amor e ternura de Mãe.
Mas aos dezessete anos de idade, Chico assiste, com profunda tristeza, a desencarnação de sua segunda mãezinha, que momentos antes pediu ao jovem amparar todos os seus irmãos, ao que Chico atendeu-a, sempre, pois naquele momento e para toda sua existência, Chico Xavier sentiu-se um chefe de família.
Antes de desempenhar as funções de datilógrafo no Ministério da Agricultura, Chico foi até mesmo faxineiro, e como tal teve que limpar escarradeiras, em uso naquela época.
DO LIVRO: Chico Xavier - O Homem, o Médium, o Missionário
AUTOR: Antônio Matte Noroefé
http://www.ger.org.br/
às
20:52
Postado por
Suely C Bezerra
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Amada irmãzinha,
ResponderExcluirA Páscoa simboliza união, momento de parar para refletir, de ver a vida de um modo diferente, de dizer sim ao amor,de investir na fraternidade, de vivenciar a solidariedade e lutar por um mundo melhor.
Desejo nesse dia, que possamos renascer também em nossos corações.
Um abraço com laços de afeto.
Valerie.
Usando o amor e a humildade, no clima do serviço incessante, encontraremos, cada dia, mil recursos de recomeçar a nossa jornada, com bases no Infinito Bem.
ResponderExcluirUma feliz Páscoa
Muita luz sempre
Julimar